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Estado de Minas IMUNIZA��O

COVID: governo Bolsonaro determina uso de todas as vacinas na 1� dose

Avan�o da pandemia leva minist�rio a mudar orienta��o: estados devem usar na primeira dose as vacinas j� entregues pelo governo federal para imunizar mais gente


22/03/2021 12:04 - atualizado 22/03/2021 12:12

(foto: Lillian Suwanrumpha/AFP )
(foto: Lillian Suwanrumpha/AFP )
A escalada de mortes e infec��es pelo novo coronav�rus no Brasil for�ou o Minist�rio da Sa�de a modificar a orienta��o para a aplica��o das vacinas contra a COVID-19 por parte de estados e munic�pios. A ideia � que mais pessoas possam ser imunizadas. Agora, a pasta orienta que os entes federativos utilizem imediatamente todas as doses j� distribu�das pelo governo federal, inclusive as que vem sendo armazenadas para atender � segunda etapa do esquema vacinal contra a enfermidade.

No s�bado, ao anunciar que entregaria aos governos estaduais mais 5 milh�es de doses da CoronaVac, produzida pela farmac�utica Sinovac com o Instituto Butantan, e da Covishield, desenvolvida pela farmac�utica AstraZeneca e a Universidade de Oxford em parceria com a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), o minist�rio pediu que todo esse lote fosse aplicado como primeira dose e que as secretarias de Sa�de n�o fizessem reserva de segunda dose. Ontem, foi a vez de a pasta recomendar que vacinas distribu�das em fases anteriores e que, porventura, estejam destinadas para a segunda dose, sejam logo aplicadas.

"Com a libera��o para aplica��o de imediato de todo o estoque de vacinas guardadas nas secretarias municipais, vamos conseguir dobrar a aplica��o esta semana, imunizando uma grande quantidade da popula��o brasileira, salvando e protegendo mais vidas", afirmou o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, em nota.

De acordo com a pasta, a estrat�gia n�o vai comprometer a imuniza��o completa dos pacientes que receberem a primeira dose das vacinas. No caso da CoronaVac, o intervalo recomendado de aplica��o entre as duas doses � de 14 a 28 dias. J� para a Covishield/Astrazeneca, o espa�o de tempo da primeira para a segunda dose � de tr�s meses. O minist�rio acredita que haver� segunda dose para todos porque tanto o Butantan quanto a Fiocruz sinalizaram que devem acelerar a produ��o dos imunizantes em solo nacional por conta da importa��o do Ingrediente Farmac�utico Ativo (IFA), mat�ria-prima usada na fabrica��o das doses.

"A medida vinha sendo estudada h� cerca de duas semanas, e foi atendida ap�s garantia da seguran�a das entregas por parte dos fornecedores, garantido assim a estabiliza��o das distribui��es aos estados por parte do Minist�rio", informou a Sa�de, tamb�m em nota.

A Fiocruz deve receber da AstraZeneca, ainda neste m�s, quatro lotes de IFA. A carga total da mat�ria-prima ser� de 1.024 litros, quantidade de insumo suficiente para a fabrica��o de cerca de 30 milh�es de doses. Com isso, segundo o instituto, a produ��o de imunizantes estar� garantida at� o fim de maio. No in�cio de mar�o, por sua vez, o Butantan recebeu 8,2 mil litros de IFA da Sinovac. � �poca, o instituto informou que o insumo seria utilizado na produ��o de 14 milh�es de doses.

S� em mar�o, de acordo com o cronograma apresentado pelas duas institui��es, ser�o entregues ao Minist�rio da Sa�de pelo menos 27,1 milh�es de doses, sendo 3,8 milh�es da Covishield e 23,3 milh�es da CoronaVac — a estimativa est� sujeita a altera��es de acordo com o ritmo de produ��o das vacinas. E at� o fim de 2021, Fiocruz e Butantan devem oferecer ao Programa Nacional de Imuniza��o (PNI), no m�nimo, 310,4 milh�es de doses.

Pr�s e contras

O aumento na quantidade de brasileiros vacinados, com o uso de mais vacinas na primeira dose, � uma estrat�gia bem avaliada por alguns especialistas. Infectologista do Hospital de �guas Claras, Ana Helena Germ�glio destaca que "a amplia��o da vacina � uma forma de reduzir o aparecimento de novas variantes e evita que as pessoas fiquem doentes, desafogando o sistema de sa�de, que n�o ter� de lidar com pacientes com uma forma grave da covid-19".

De todo modo, ela alerta que o governo deve intensificar os acordos para importar vacinas e acelerar os processos para garantir uma maior produ��o dos imunizantes em solo nacional. "Isso n�o s� para garantir as vacinas que ser�o aplicadas como segunda dose, mas para vacinar a maior parte poss�vel da popula��o no menor tempo plaus�vel. Quanto mais pessoas a gente tiver vacinadas, independentemente da idade, teremos menos v�rus circulando. A vacina��o � um ato coletivo."

Integrante da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o m�dico infectologista Julival Ribeiro � mais c�tico com a nova diretriz do Minist�rio da Sa�de. Ele frisa que o Executivo federal tem demonstrado dificuldades para concretizar a compra de vacinas e que, por isso, � dif�cil acreditar que haver� imunizantes suficientes para atender o esquema vacinal com as duas doses.

"Apesar da gravidade do momento, n�o concordo com essa atitude. Meu medo � que as pessoas recebam a primeira dose e, quando chegar a data de aplica��o da segunda dose, n�o haja vacina dispon�vel para completar o cronograma. A quantidade de doses que temos atualmente diminui a cada dia. Diante da falta de planejamento do governo, quem garante que teremos segunda dose?", pondera.

Entrega

Neste ano, a estimativa � de que 210,4 milh�es de doses sejam produzidas pela Fiocruz e disponibilizadas para o Minist�rio da Sa�de. Segundo a funda��o, 100,4 milh�es devem ficar prontas at� o fim do primeiro semestre e, at� dezembro, outros 110 milh�es. J� o Butantan tem um planejamento de entregar 100 milh�es de doses: 46 milh�es at� abril e, entre maio e dezembro, outros 54 milh�es.

Remessa da Covax Facility
O Brasil recebeu, ontem, a primeira remessa de vacinas contra a covid-19 adquiridas por meio do cons�rcio global Covax Facility. Foram entregues, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em S�o Paulo, 1.022.400 de doses da Covishield, desenvolvida pela farmac�utica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, fabricadas na Coreia do Sul. Segundo o Minist�rio da Sa�de, mais 1,9 milh�o de doses desse imunizante devem chegar ao pa�s at� o final de mar�o.

As vacinas foram disponibilizadas ao pa�s por meio do Fundo Rotat�rio da Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas). De acordo com a pasta, o cronograma inicial, sujeito a altera��es, prev� 2,9 milh�es de doses em mar�o e outras 6,1 milh�es at� maio. O acordo do Brasil com a alian�a global de vacinas prev� 42,5 milh�es de doses para 2021.

O governo pretende garantir outras 138 milh�es de doses de vacinas contra o novo coronav�rus gra�as a acordos assinados na semana passada com as empresas Pfizer e Janssen. A negocia��o com a Pfizer garante 100 milh�es de doses, com 13,5 milh�es sendo entregues entre abril e junho e outros 86,5 milh�es de julho a setembro. J� o contrato com a Janssen prev� 38 milh�es de doses, que dever�o ser enviadas ao Minist�rio da Sa�de entre agosto e novembro.

Atraso

Por outro lado, 8 milh�es de doses da Covishield que foram compradas no in�cio do ano pelo governo federal junto ao Instituto Serum, da �ndia, n�o chegar�o ao Brasil no prazo previsto. Por meio de nota � imprensa, a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), respons�vel pela vacina no pa�s, informou que foi avisada pelo laborat�rio indiano que a importa��o das vacinas vai atrasar.

"A negocia��o com a AstraZeneca e o Instituto Serum inclui a aquisi��o de um total de dez milh�es de vacinas importadas, al�m dos dois milh�es de vacinas entregues ao Programa Nacional de Imuniza��es (PNI/MS) em 24 de janeiro. O restante de oito milh�es de doses ser� importado ao longo dos pr�ximos meses, em cronograma ainda a confirmar. A Funda��o foi informada, por meio de uma carta em 4 de mar�o, sobre o atraso na importa��o das remessas das vacinas prontas", diz o comunicado da institui��o.

Apesar disso, tamb�m em nota, o Minist�rio da Sa�de respondeu que o contrato firmado com o Serum est� dentro do tempo previsto, pois “prev� a entrega de oito milh�es de doses da vacina AstraZeneca/Oxford importadas da �ndia at� julho de 2021, com entregas mensais de 2 milh�es de doses a partir de abril”.

“� importante esclarecer que o cronograma de entregas de doses, enviado pelos laborat�rios fabricantes para o Minist�rio, pode sofrer constantes altera��es, de acordo com a produ��o dos insumos”, disse a pasta.


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