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Estado de Minas GERAL

Bolsonaro: Vamos atacar o v�rus, n�o o governo


22/03/2021 18:51

Diante da press�o para o combate � pandemia da covid-19, o presidente Jair Bolsonaro pediu nesta segunda-feira, 22, que o novo coronav�rus seja o foco do "ataques" e n�o o seu governo. O chefe do Executivo refor�ou ser contra uma pol�tica de lockdown e pediu para que a covid-19 n�o seja politizada.

O apelo ocorre ap�s pesquisas de opini�o mostrarem queda na avalia��o do governo quanto � atua��o durante a crise sanit�ria. "Vamos destruir o v�rus, e n�o atacar o governo. N�o pode essa quest�o continuar sendo politizada em nosso Brasil", disse em evento do Pal�cio do Planalto nesta tarde.

Com ironia, o presidente chegou a dizer que adotaria a pol�tica de lockdown por 30 dias, caso esta de fato funcionasse. "Se ficar em lockdown 30 dias e acabar com o v�rus eu topo, mas sabemos que n�o vai acabar", declarou. "Pesquisas s�rias dos Estados Unidos mostram que a maior parte da popula��o contraiu o v�rus em casa", disse sem citar fontes.

Em seguida, o chefe do Executivo afirmou que s� mudaria o seu discurso contra pol�ticas de isolamento e de restri��o de circula��o caso fosse convencido da efic�cia dessas a��es. "Eu devo mudar meu discurso? Eu devo me tornar mais male�vel? Eu devo ceder? Fazer igual a grande maioria est� fazendo? Se me convenceram do contr�rio, fa�o, mas n�o me convenceram ainda. Devemos lutar � contra o v�rus, e n�o contra o presidente", acrescentou.

A pol�tica de isolamento � uma recomenda��o da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), que a avalia como a melhor alternativa para conter a propaga��o do v�rus. No seu discurso, contudo, Bolsonaro usou a institui��o para embasar a sua defesa pessoal contra o isolamento.

Ele citou fala de David Nabarro, enviado especial da OMS, durante uma entrevista para a revista brit�nica The Spectator. Na entrevista original, Nabarro diz que � preciso encontrar uma forma de retomar a vida social e a atividade econ�mica sem que isso signifique aumento no n�mero de casos e mortes pela covid-19.

O enviado cita que uma consequ�ncia dos fechamentos � "tornar pobres mais pobres", mas, em nenhum momento, diz para governantes n�o confiaram nas pol�ticas de fechamento. "Diz ent�o a OMS que a �nica consequ�ncia do lockdown � transformar as pessoas pobres em mais pobres. E alguns no Brasil querem que eu decrete lockdown, me chamam de negacionista, ou de ter um discurso agressivo", comentou Bolsonaro depois de citar a entrevista.

Apesar de o Pa�s passar pelo momento mais grave da pandemia e avan�ar de forma lenta na vacina��o, Bolsonaro elogiou o trabalho desempenhado pelo ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello. "Orgulho em ter o ministro Pazuello, o trabalho que fez no tocante � vacina", disse. O chefe do Executivo citou que Marcelo Queiroga, indicado para suceder Pazuello, � um "m�dico experiente" e dar� continuidade ao trabalho desempenhado at� ent�o na pasta agora "muito mais voltada para a quest�o da medicina".

O presidente ressaltou ainda as negocia��es do governo para a compra de imunizantes e justificou que outros pa�ses no mundo tamb�m enfrentam problemas quanto � vacina��o. "Est� faltando vacina? Quer�amos mais, mas dentro da disponibilidade do mundo, somos realmente algo excepcional. Qual pa�s do mundo n�o tem problema com vacina? Contratamos at� o final do corrente ano 500 milh�es de doses de vacina", disse. Ele prometeu que "daqui poucos meses" o Pa�s ir� fabricar e exportar imunizantes, uma vez que tenha condi��es de produzir o Ingrediente Farmac�utico Ativo (IFA) das imuniza��es.

Na tarde de hoje, Bolsonaro assinou decreto que regulamenta o Fundo de Manuten��o e Desenvolvimento da Educa��o B�sica (Fundeb). O presidente tamb�m sancionou projeto de lei em prol de portadores de vis�o monocular (cegueira de um dos olhos). A cerim�nia para as assinaturas de projeto considerado positivos para a imagem do governo foi fechada � imprensa, mas transmitida ao vivo - fato que desagradou Bolsonaro.

Com a popularidade abalada por conta das cr�ticas quanto ao enfrentamento da crise sanit�ria, o presidente deu "uma bronca p�blica" direcionado a sua assessoria. "Num momento como esse n�o pode minha assessora deixar a imprensa l� fora. � inadmiss�vel isso da�, � uma bronca, uma bronca p�blica. Isso � inadmiss�vel", disse.

Militares

Bolsonaro tamb�m disse nesta segunda que recorrer� ao Minist�rio da Defesa para tentar refor�ar a campanha de vacina��o no Pa�s. Por�m, o presidente n�o entrou em detalhes se a demanda foi solicitada pelo Minist�rio da Sa�de. A ideia faz parte de uma recente mudan�a no tom do presidente em favor dos imunizantes.

"Vou levar hoje � Defesa a possibilidade dos batalh�es nossos ajudarem na vacina��o", disse Bolsonaro na sa�da do Pal�cio da Alvorada. O chefe do Executivo citou ainda que o Brasil poder� "daqui alguns meses" vender vacinas. A proposta j� havia sido mencionada pelo mandat�rio antes. "Hoje, s� l� embaixo na Fiocruz (Funda��o Oswaldo Cruz), s�o 5 milh�es (de doses da vacina produzidas) por semana. J� come�amos a produ��o", afirmou.


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