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Estado de Minas GERAL

Alunos de escola do Rio se protegem de tiros e tentam manter distanciamento

Segundo a secretaria municipal de Educa��o, o v�deo de 59 segundos foi gravado na Escola Municipal Morvan de Figueiredo


22/03/2021 20:05 - atualizado 22/03/2021 22:55

No início do vídeo, três das quatro crianças tapam os ouvidos diante do barulho(foto: Reprodução Twitter )
No in�cio do v�deo, tr�s das quatro crian�as tapam os ouvidos diante do barulho (foto: Reprodu��o Twitter )
Um v�deo que mostra alunos de m�scara em uma escola municipal da Pra�a Seca, em Jacarepagu� (zona oeste do Rio), sentados no ch�o de um corredor para se proteger de tiros disparados na regi�o, enquanto a professora cobra que eles mantenham dist�ncia uns dos outros pra evitar a covid-19, viralizou nas redes sociais ap�s ser postado nesta segunda-feira, 22, pelo jornalista Ren� Silva, fundador do jornal "Voz das Comunidades".

 

 


Silva escreveu: "Voc�s conseguem entender a complexidade que � viver numa favela? As crian�as no corredor pra se proteger dos tiros. A professora preocupada com o distanciamento por causa da covid... � isso, a realidade da desigualdade social".

Segundo a secretaria municipal de Educa��o, o v�deo de 59 segundos foi gravado na Escola Municipal Morvan de Figueiredo, na Rua Bar�o, na �ltima quinta-feira, 18. Diante do tiroteio no entorno da escola, "os alunos foram abrigados, de forma preventiva, em uma parte mais segura da unidade", afirmou a pasta, em nota.

No in�cio do v�deo, tr�s das quatro crian�as tapam os ouvidos diante do barulho de um intenso tiroteio que dura 11 segundos. Em seguida a professora, que n�o teve a identidade revelada, diz: "N�o tem gra�a. � muito perigoso o que est� acontecendo. Vamos chegar para c�. Por favor, n�o � pra ficar juntinho por causa do coronav�rus e tamb�m n�o � para ficar em p�".

"Infelizmente a gente tem que ficar nessas condi��es, sentado no corredor da escola, tendo que manter a dist�ncia e ao mesmo tempo se proteger dos tiros que est�o constantes, todas as tardes aqui na Rua Bar�o", lamenta a professora. Uma aluna ent�o pergunta como saber de onde v�m os tiros. "A gente n�o sabe, o tiro est� em todas as partes. Ora est� aqui pertinho, ora est� se distanciando" responde a professora, e o v�deo termina.

Embora a situa��o impressione, ela � comum naquela regi�o, segundo narram funcion�rios de escolas municipais do entorno. "Todo dia tem tiroteio na regi�o, isso � comum", contou � reportagem, por telefone, uma funcion�ria de outra escola municipal situada na Rua Bar�o. "A �nica coisa que varia � o hor�rio. �s vezes acontece quando os alunos j� est�o na escola, outras quando eles ainda n�o vieram, e ent�o acaba n�o tendo aula, porque ningu�m vai sair de casa em meio aos tiros", conclui.

H� pelo menos tr�s anos a regi�o da Pra�a Seca � palco de disputa entre fac��es criminosas e milicianos. As pol�cias Civil e Militar fazem opera��es na �rea, mas o problema persiste, como registram os funcion�rios das escolas da regi�o. "� comum ver grupos armados correndo pela rua. A gente n�o sabe se s�o traficantes ou milicianos", narra uma funcion�ria de outra escola municipal da Pra�a Seca.

O secret�rio de Educa��o do munic�pio do Rio republicou o v�deo e fez uma cr�tica � pol�tica de seguran�a p�blica adotada pelo governo estadual: ""N�o adianta insistir numa pol�tica de seguran�a p�blica ineficiente, do confronto pelo confronto, que prejudica os mais pobres e n�o est� integrada com outras �reas, especialmente a Educa��o". Ele lamentou: "Al�m dos grandes desafios educacionais, temos o problema cr�nico da viol�ncia no Rio".

A reportagem procurou as pol�cias Civil e Militar do Rio, que at� a publica��o deste texto n�o haviam se manifestado sobre os constantes tiroteios na regi�o da Pra�a Seca.


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