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Estado de Minas ''TENHO DUAS FILHAS''

Mulher opta por 'tratamento precoce' e chora ap�s ter altera��es card�acas

'Tenho duas filhas', disse a paciente com COVID-19 ao m�dico Gerson Salvador, especialista em infectologia que trabalha em um hospital de S�o Paulo


22/03/2021 21:45 - atualizado 22/03/2021 22:00

Cloroquina é um dos remédios que compõem o ''tratamento precoce'', kit contraindicado pelos médicos para combater a COVID-19(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 08/04/2020)
Cloroquina � um dos rem�dios que comp�em o ''tratamento precoce'', kit contraindicado pelos m�dicos para combater a COVID-19 (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 08/04/2020)

 

O infectologista Gerson Salvador, que trabalha em um hospital de S�o Paulo, relatou o desespero manifestado por uma mulher que sofreu altera��es card�acas nesta segunda (22/3). Ela fez uso do chamado “tratamento precoce” contra a COVID-19, contraindicado pelos m�dicos.

 

"Hoje admiti na emerg�ncia uma mulher jovem com COVID-19. Ela tomava: hidroxicloroquina, azitromicina e clavulin. Al�m de necessidade de oxig�nio, tinha uma altera��o no eletrocardiograma, ent�o desconhecida. Ela chorou dizendo 'eu tenho duas filhas pequenas'", escreveu o m�dico no Twitter.

 

 

 

O chamado “tratamento precoce” tem sido indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para combater a COVID-19. O “kit” re�ne f�rmacos como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina.

 

Na semana passada, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tamb�m disse que o uso desses rem�dios possibilitou a acelera��o da recupera��o de pacientes no estado.

 

Em nota, a assessoria de Zema informou que se tratava de “uma opini�o pessoal” do governador.

 

“� absolutamente falso. Estudos mostram que esse ‘tratamento precoce’ n�o faz isso de forma alguma. Tanto � que n�o � recomendada por qualquer organiza��o s�ria do mundo: OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de), NHS (National Health Service, o servi�o de sa�de p�blica do Reino Unido), o CDC (Centro de Controle e Preven��o de Doen�as, dos EUA) e a Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria), por exemplo", afirma o infectologista Geraldo Cunha Cury, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

O especialista explicou os perigos que circundam o uso desses rem�dios, sobretudo no comportamento da popula��o.

 

"� uma informa��o falsa que cria mais confus�o e ajuda o v�rus a se espalhar mais, porque tem gente que toma esses medicamentos e acha que est� protegida do v�rus", diz.


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