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Estado de Minas GERAL

Em despedida, Pazuello liga sa�da do Minist�rio da Sa�de � conspira��o pol�tica


24/03/2021 17:38

Ao se despedir do Minist�rio da Sa�de, nesta quarta-feira, 24, Eduardo Pazuello ligou a sua demiss�o a um compl� pol�tico. O general disse que at� boatos de que seria contra o uso de hidroxicloroquina foram levados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Desgastado, Pazuello foi substitu�do pelo cardiologista Marcelo Queiroga, mas deve receber novo cargo no governo.

Em discurso feito ao inaugurar a sua imagem na galeria de ex-ministros, o general afirmou estar seguro de que deu o melhor no cargo e declarou n�o saber o que mais poderia ter feito. Segundo apurou o Estad�o, Pazuello disse que desagradou a interesses ao n�o distribuir recursos por crit�rios pol�ticos. Ele afirmou que recebeu uma lista de munic�pios que deveriam ser priorizados, mas n�o detalhou de onde partiram essas press�es. Disse, ainda, que n�o atendeu a estes pedidos.

Presente na despedida, Queiroga fez um discurso breve. Afirmou que Pazuello � o "general da vacina" e que a hist�ria ir� julg�-lo. Afirmou tamb�m que as a��es do militar foram importantes para salvar vidas na pandemia de covid-19.

Pressionado pelo descontrole da pandemia, Bolsonaro decidiu retirar Pazuello da Sa�de. A demiss�o do general foi apoiada por lideran�as do Centr�o, como o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL). O nome preferido por Lira e outras autoridades para o cargo, por�m, n�o era o de Queiroga, que foi uma escolha pessoal de Bolsonaro. A mudan�a na Sa�de tamb�m foi uma forma de esfriar amea�as de CPI no Congresso sobre a��es do governo contra a crise.

Pazuello � investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o colapso de sa�de no Amazonas, mas � cotado a chefe da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Ao deixar o minist�rio, o general tamb�m disse que, sem o seu aval, uma equipe da pasta tentou divulgar nota t�cnica defendendo medicamentos contra a covid-19. Ele n�o citou quais medicamentos seriam, mas, segundo apurou o Estad�o, disse que a nota poderia prejudicar a Sa�de. Essas tratativas teriam ocorrido em fevereiro. Pazuello tamb�m afirmou que esse mesmo grupo levou "fake news" a Bolsonaro, dizendo que ele seria contra a hidroxicloroquina e o tratamento precoce.

Apesar de ter distribu�do em massa medicamentos sem efic�cia contra a covid-19, Pazuello passou a afirmar em janeiro que jamais estimulou o uso do "kit covid", composto por hidroxicloroquina e outros rem�dios. Em maio de 2020, no entanto, ele determinou que a Sa�de mudasse radicalmente de discurso para orientar o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina desde o primeiro dia de sintomas da covid-19. Mesmo com a comprova��o da inefic�cia da droga para a doen�a, a nota n�o foi alterada.

Sob bombardeio pol�tico e at� interno do minist�rio, o general disse ter percebido que n�o iria durar no cargo. Afirmou que havia a��es orquestradas contra a sua gest�o.

Pazuello voltou a falar que as curvas da pandemia, no fim de 2020, apontavam para uma queda de infec��es. Disse que as muta��es abriram uma etapa mais dura da doen�a no Pa�s. No discurso, o general escondeu novamente, por�m, que especialistas j� alertavam sobre o risco de a pandemia se descontrolar ainda mais por causa da queda do isolamento social e das festas de fim de ano.

Segundo apurou o Estad�o, Pazuello chegou a afirmar que n�o queria ter deixado o comando da 12� Regi�o Militar, em Manaus, para assumir o Minist�rio da Sa�de, mas recebeu a "miss�o" de Bolsonaro. Ele tamb�m reclamou que a m�dia aponta os militares como inimigos da popula��o. O general chegou a dizer que a composi��o "perfeita" na Sa�de era com Nelson Teich como ministro e ele de "n�mero 2", no posto de secret�rio-executivo, como ocorreu na curta passagem do m�dico pela Sa�de.

Pazuello ficou seis meses como ministro da Sa�de, mas desde maio do ano passado ocupava o cargo como interino. Antes, foi secret�rio-executivo na gest�o de Teich, que durou 29 dias.

Ao repetir que h� interesse pol�tico sobre o minist�rio, o general aconselhou Queiroga a n�o ceder �s press�es. Ele afirmou, ainda, que preparou Estados e munic�pios para enfrentar a pandemia e se defendeu das cr�ticas sobre omiss�o do governo para evitar o colapso de algumas regi�es, sob o argumento de que prefeitos e governadores tamb�m t�m responsabilidades sobre o SUS.


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