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Estado de Minas GERAL

Kit intuba��o: 'Acima de 7 dias de estoque � um luxo', diz secret�rio da Sa�de


25/03/2021 17:49

O secret�rio de Aten��o Especializada � Sa�de do Minist�rio da Sa�de, coronel Luiz Ot�vio Franco Duarte, declarou nesta quinta-feira, 25, que os estoques de medicamentos do chamado "kit intuba��o" devem ser para no m�ximo sete dias e, ainda, defendeu a��es em n�vel regional para remanejar estoques acima dessa meta entre as redes de sa�de. "Essa interlocu��o tem que ter o discernimento que acima de 7 dias de estoque � luxo para atual situa��o", afirmou, referindo-se ao agravamento da pandemia da covid-19 no Pa�s.

"Hoje, � um luxo um estabelecimento de sa�de ter mais de 7 dias desse 'kit intuba��o'. Se estiver ultrapassando 7 dias, por obs�quio, empreste a medica��o para o hospital ao lado", disse em audi�ncia p�blica na C�mara dos Deputados.

O coronel afirmou que a orienta��o do minist�rio sobre esse tema precisa ser repassada regionalmente, inclusive em rela��o aos estoques de hospitais particulares. "N�o temos que fazer diferen�a do setor p�blico e privado. Se eu tenho a medica��o de posse do setor p�blico e o setor privado n�o tem essa medica��o, por favor, passe para o setor privado. E vice-versa."

Ele destacou que essa "equaliza��o" dos estoques pode ser feita pelos conselhos regionais de Farm�cia. Segundo ele, a produ��o atual e as medidas de requisi��o de estoque feitas pelo minist�rio s�o suficientes para garantir abastecimento para as pr�ximas duas semanas. "Iremos respirar, no m�nimo, para 15 dias", apontou, embora diversos munic�pios e Estados tenham relatado desabastecimento ou risco de falta de rem�dios.

Mais cedo, na mesma audi�ncia, o coronel defendeu a atua��o da pasta. "A �nica finalidade nossa, nesse momento, � salvar vidas. E, nesse momento, a maior quantidade poss�vel."

O coronel ainda disse que o governo federal tenta fazer uma aproxima��o com o setor da avia��o civil para que possa ampliar o transporte a�reo de oxig�nio l�quido. Hoje, esse tipo de procedimento � feito exclusivamente pelas For�as Armadas, pelo risco de explos�o.

�Quantos cilindros tem dispon�vel hoje no mercado? Nenhum�, diz assessor especial do Minist�rio da Sa�de
Na mesma audi�ncia p�blica, o assessor especial de Log�stica do Minist�rio da Sa�de, general Ridauto Fernandes, resumiu que, hoje, "tudo � problema" no abastecimento de oxig�nio medicinal. "Quantos cilindros tem dispon�vel hoje no mercado? Nenhum. Tudo o que tinha, n�s estamos requisitando, adquirindo, transportando e entregando pra quem nos pede socorro", declarou. "Estamos em tempo de guerra."

Ele voltou a dizer que a maior dificuldade � obter insumos para munic�pios do interior e pequenas unidades de sa�de, pois grande parte depende do produto na forma gasosa, que tem um transporte mais limitado e demorado. "Estou com dificuldade imensa para conseguir 1 mil cilindros para alguns problemas que est�o surgindo, Rond�nia, Acre, Cear�, Rio Grande do Norte, agora no Mato Grosso, regi�o Sul", citou.

"O maior gargalo, a parte mais importante que precisa ser atacada urgentemente, � com rela��o aos pequenos hospitais, as unidades de pronto atendimento, que funcionam no interior. Particularmente as do interior, mas tamb�m atinge algumas unidades de pronto atendimento das capitais", salientou. "Oxig�nio em cilindro: esse hoje � o maior gargalo", comentou. "Pode acreditar: a situa��o no interior est� bastante complicada. Os cilindros cada vez se sente que s�o em quantidade menos suficiente."

Ele disse que a instala��o de tanques para armazenamento do produto l�quido � invi�vel neste momento, pelo tempo e recursos exigidos. Uma alternativa � a implanta��o de miniusinas de produ��o, que o general disse tamb�m estar com uma demanda limitada hoje.

Al�m disso, falou que h� dificuldade para a compra do cilindro para envasamento e de carretas para o transporte de oxig�nio. Sobre o primeiro, disse que a pasta pediu ajuda � Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas) e ao Minist�rio das Rela��es Exteriores, "mas n�o � uma coisa f�cil", diante da alta demanda mundial.

Por isso, defendeu a compra de compressores de oxig�nio como uma alternativa "fora da caixa" para atender pacientes menos graves, que necessitam de um menor fornecimento de oxig�nio por minuto. Segundo ele, esses equipamentos s�o port�teis, geralmente de uso no tratamento dom�stico de pacientes e t�m o tamanho de um ar condicionado, com um custo m�dio de R$ 5 mil. "� (como se fosse) um cilindro que se enche sozinho."

Fernandes anunciou que o governo federal est� com uma negocia��o avan�ada para a compra de 5 mil unidades dos Estados Unidos e da China. Parte desse material, segundo ele, ser� doado pela iniciativa privada. "Vai ajudar muito, aliviando o consumo de pacientes de baixa e m�dia gravidade, em consequ�ncia reservar cilindros para pacientes mais graves."

Em rela��o �s carretas, ele anunciou que uma das principais empresas atuantes no Pa�s vai conseguir importar 13 ve�culos usados do Canad�. "Tenho certeza que, quando chegarem, automaticamente ser�o empenhadas", comentou. "(Hoje) N�o tem uma carreta dispon�vel no Brasil".

Al�m disso, o general afirmou que o minist�rio fez a requisi��o de mil cilindros industriais do Grupo MAT ap�s a libera��o do uso desses vasilhames para o oxig�nio medicinal. "Tinha linha produ��o que poderia ser ampliada. Automaticamente, requisitamos toda a produ��o extra", apontou, embora admita que o n�mero � "muito pouquinho" para a necessidade atual.

Outro ponto que abordou aos deputados � de tomar a��es legislativas para liberar as fabricantes de oxig�nio de cumprirem contratos com ind�strias (que tamb�m compram oxig�nio) neste momento de crise e, ainda, de taxas adicionais de empresas de fornecimento de energia el�trica pelo aumento do consumo na pandemia.


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