No dia em que come�am a valer as medidas restritivas mais duras, na esteira da antecipa��o de feriados, a Prefeitura do Rio anunciou que a cidade vive seu pior momento da pandemia de interna��es em leitos de UTI. H� nesta sexta-feira, 26, 663 pessoas nessa situa��o, segundo o secret�rio municipal de Sa�de, Daniel Soranz. A letalidade no caso de pessoas que se internam em estado grave costuma ser de pelo menos 40%, disse.
"� o momento mais grave da pandemia o que a gente vive hoje. As pessoas est�o internadas em leitos de CTI de forma grave, muito mais do que aconteceu anteriormente, porque agora tamb�m tem leitos. Antes n�o tinha leito para atender as pessoas", afirmou. "Temos mais leitos hoje do que jamais tivemos em qualquer momento, mas isso tem um limite, �bvio."
A cidade se preocupa especialmente com a variante P1, que estaria correspondendo a cerca de 83% do aumento de casos. "T�nhamos mais ou menos 30, 40 solicita��es de interna��o por dia, e o n�mero passou para mais de 150, chegando a dois dias de 170 admiss�es di�rias. Cresceu muito e de maneira muito r�pida, como aconteceu em S�o Paulo, Minas e Rio Grande do Sul", observou Soranz.
A expectativa de conter essa onda est� nas medidas duras de isolamento que come�am a valer nesta sexta-feira, como o fechamento do com�rcio n�o essencial. Em entrevista coletiva, o prefeito Eduardo Paes (DEM) tamb�m apontou para a prov�vel acelera��o no ritmo da vacina��o - de acordo com ele, � poss�vel que toda a popula��o com mais de 60 anos esteja vacinada no final de abril.
Paes anunciou, nesta semana, um pacote de medidas econ�micas que busca facilitar o isolamento de quem tem mais problemas financeiros. Mesmo assim, reconheceu hoje que alguns setores da sociedade ainda t�m dificuldade de ficar em casa - e, por isso, quem tem mais facilidade n�o pode ser "ego�sta" e sair � toa.
"A partir de hoje a gente cria as condi��es para um grupo grande de pessoas se preservar. Esse grupo grande, se conseguir com as condi��es que t�m respeitar as regras, vai ajudar aqueles que muitas vezes n�o t�m condi��es, porque moram numa casa cheia de gente ou porque n�o tem como se manter isolado em casa", disse.
Al�m do apelo para o cumprimento das medidas, Paes comentou que, como o n�mero de pessoas procurando atendimento na rede de Sa�de tem crescido, � poss�vel que os registros de mortes aumentem nos pr�ximos dez dias. Isso n�o significar�, contudo, que as restri��es n�o tiveram resultado.
"Quando a gente terminar esses dez dias, o n�mero da m�dia m�vel de �bitos vai estar maior. A� o sujeito mais negacionista vai falar Ah, n�o adiantou nada. Ao contr�rio: a gente come�a a diminuir as pessoas que procuram atendimento e esse n�mero de �bitos come�a a cair de novo um pouco mais para a frente", explicou.
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