Caso Henry Borel: pol�cia apreende computadores e celulares de pais e padrasto

A Pol�cia Civil do Rio apreendeu nesta sexta-feira, 26, onze celulares e dois computadores que pertencem ao pais e ao padrasto de Henry Borel Medeiros, de 4 anos. O menino morreu na madrugada de 8 de mar�o, v�tima de hemorragia interna e lacera��o hep�tica causada por a��o contundente, segundo laudo necrosc�pico do Instituto M�dico Legal do Rio.

Henry � filho da professora Monique Medeiros da Costa Almeida e do engenheiro Leniel Borel de Almeida. O casal se separou em setembro, e Monique passou a namorar o m�dico e vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos J�nior, o Doutor Jairinho (Solidariedade).

A professora e o filho foram morar no apartamento de Jairinho, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Estavam l� quando a crian�a, segundo o casal, passou mal. A m�e contou � pol�cia que na noite de 7 de mar�o, enquanto o filho dormia, ela e Dr. Jairinho foram assistir TV.

Por volta das 3h30, segundo a vers�o que contou � Pol�cia, foi ao quarto e encontrou o menino ca�do no ch�o. A crian�a tinha m�os e p�s gelados, al�m de olhos revirados. Henry chegou morto ao Barra D'Or, e a per�cia identificou v�rias les�es pelo corpo.

O caso � investigado em inqu�rito na 16� DP (Barra da Tijuca), pelo delegado Henrique Damasceno. Na quinta-feira, 25, o policial pediu � Justi�a a apreens�o dos celulares e computadores. O pedido foi atendido e cumprido nesta sexta-feira.

Desde que a crian�a morreu, o casal saiu do im�vel onde morava. Monique est� na casa dos pais, em Bangu (zona oeste). Jairinho est� na resid�ncia do pai, o ex-deputado estadual e policial militar Coronel Jairo, tamb�m em Bangu.

A pol�cia esteve nesse endere�os e tamb�m no do pai de Henry, no Recreio dos Bandeirantes (zona oeste). Com Jairinho, apreendeu cinco celulares e um computador. Monique teve apreendidos quatro celulares, e Leniel, dois celulares e um computador.

A pol�cia considera pouco prov�vel a hip�tese de o pai ter responsabilidade sobre a morte de Henry. Ele esteve com o filho no fim de semana antes da morte do garoto, mas o entregou � m�e, �s 19h do domingo, 7. Aparentemente, a crian�a estava em boas condi��es de sa�de. Apesar disso, Almeida tamb�m foi alvo da busca e apreens�o de hoje.

Al�m das apreens�es, a Justi�a autorizou a quebra dos sigilos telef�nico e telem�tico de Monique, Almeida e Jairinho. Al�m das liga��es, ser� poss�vel verificar eventuais trocas de mensagens pelo Whatsapp, por exemplo, a partir desses telefones.

Outra decis�o judicial foi interditar, por trinta dias, o apartamento em que Henry, segundo a m�e, passou mal, no condom�nio Majestic, na Barra da Tijuca. Horas ap�s a morte da crian�a, o im�vel foi submetido a uma limpeza pela faxineira que trabalha para o casal. Essa faxina comprometeu a per�cia da Pol�cia Civil e envolve o primeiro conflito de vers�es do caso.

A faxineira afirmou � TV Globo que trabalhou, no dia em que Henry morreu, sem saber do ocorrido. Em depoimento � Pol�cia Civil na quarta-feira, 24, disse o oposto: que Monique havia lhe contado sobre a morte. Jairinho afirmou � pol�cia ter ouvido de Monique que relatou o epis�dio � faxineira. J� Monique disse n�o ter contado nada � empregada. O advogado do casal, Andr� Fran�a Barreto, considera que as vers�es contradit�rias n�o t�m import�ncia por n�o mudarem a din�mica dos fatos.

Advogados dos pais e de Dr. Jairinho disseram aprovar as medidas cumpridas nesta sexta. Afirmaram ainda que seus clientes confiam na investiga��o.

Outro inqu�rito

O depoimento de uma ex-namorada de Jairinho ocasionou, nesta semana, a abertura de outro inqu�rito, este na Delegacia da Crian�a e Adolescente V�tima (DCAV). A mulher, cujo nome n�o foi divulgado, afirmou que, no per�odo em que namorou o vereador, em 2010, o pol�tico agrediu a filha dela. O caso ser� investigado.

Sobre essa acusa��o, o advogado Barreto, que defende Jairinho, afirmou ao jornal O Globo que a autora perseguia seu cliente.