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Estado de Minas GERAL

Na contram�o do comit�, Bolsonaro critica medidas de distanciamento


31/03/2021 16:00

Ao fim da primeira reuni�o do comit� de crise, criado para avan�ar nas medidas definidas pelos Tr�s Poderes contra a pandemia do coronav�rus, ficou claro que Jair Bolsonaro (sem partido) mant�m vis�o diferente dos demais membros do grupo. Menos de dez minutos depois de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do presidente da C�mara, Arthur Lira, e do ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, refor�arem a necessidade de uso da m�scara e do distanciamento social, apelando para que isso fosse praticado no feriado da Semana Santa, o presidente falou na dire��o oposta, criticando a pr�tica de lockdown e do isolamento.

Ao reclamar das medidas mais restritivas adotadas por governadores e prefeitos, Bolsonaro afirmou que as pessoas querem voltar ao trabalho. "N�o � ficando em casa que vamos solucionar esse problema", disse. "Essa pol�tica continua sendo adotada, mas o esp�rito dela era se preparar com leitos de UTI, respiradores, para que as pessoas n�o viessem a perder suas vidas por falta de atendimento", criticou Bolsonaro, num pronunciamento feito sem m�scara - s� colocou depois da fala e ap�s ser alertado pelo ministro das Comunica��es, F�bio Faria.

O contraste de posi��es ficou mais n�tido porque Bolsonaro acabou n�o participando da coletiva realizada pelos outros integrantes do Comit� de Crise, que falaram bastante alinhados. Na reuni�o entre os Poderes que definiu a cria��o do comit�, o presidente j� tinha criticado a a��o de governadores e de prefeitos que decidiram pela ado��o do lockdown para tentar conter o avan�o da doen�a. Agora, mais uma vez, disse que essas medidas impedem que as pessoas trabalhem e podem fazer com que passem fome. De novo, tamb�m usou a compara��o dessas medidas com as de um estado de s�tio.

Sem a presen�a do presidente, os integrantes do Comit� de Crise pareceram antever a trombada que iria acontecer. E defenderam que era importante um alinhamento na estrat�gia de comunica��o social, justamente para garantir uma atua��o uniforme na divulga��o das informa��es necess�rias para a popula��o no combate da pandemia.

"� muito importante a comunica��o. Que haja um alinhamento da comunica��o social do governo, da assessoria de imprensa da Presid�ncia da Rep�blica, no sentido de haver uma uniformiza��o do discurso", disse Rodrigo Pacheco. "Que � necess�rio se vacinar, usar m�scara, higienizar as m�os. Que � necess�rio o distanciamento social de modo a prevenirmos o aumento da doen�a no nosso Pa�s", afirmou.

J� sabendo da posi��o de Bolsonaro, Queiroga usou jogo de cintura para n�o bater totalmente de frente com ele. O ministro admitiu que h� dificuldade da popula��o para seguir medidas extremas. Por isso, refor�ou a defesa do distanciamento, do uso de m�scaras e que cada um fa�a sua parte j� na Semana Santa.

"No feriado, n�o pode haver aglomera��es desnecess�rias. � importante usar m�scara, manter o isolamento. � importante fazer isso. Medidas extremas n�o s�o desejadas. Ent�o vamos fazer isso", ponderou.

Mesmo sem conseguir o alinhamento do presidente, o Comit� de Crise vai tentar avan�ar em outros gargalos para frear a expans�o da pandemia. Queiroga afirmou que vai discutir com o ministro da Infraestrutura, Tarc�sio Gomes de Freitas, medidas relativas aos transportes urbanos. Hoje, a proximidade entre esses passageiros, que precisam se deslocar diariamente para suas atividades, � vista como ponto de risco na transmiss�o do v�rus.

Arthur Lira e Rodrigo Pacheco aproveitaram a reuni�o para defender a atua��o mais intensa da iniciativa privada no combate � pandemia e tamb�m para a compra de vacinas. "� importante que se comece um amplo di�logo, um debate que permita que empresas possam adquirir vacinas para seus funcion�rios, mesmo com o repasse obrigat�rio para o SUS. Cada brasileiro vacinado � um a menos que possa contrair o v�rus", defendeu.

Lira insistiu que a amplia��o da vacina��o e a garantia de que haver� mais leitos de UTI e medicamentos segue sendo prioridade. "O nosso problema � vacinar e esse � o nosso foco. A C�mara dos Deputados est� discutindo solu��es e votando projetos importantes para que se amplie a vacina��o, leitos, insumos e toda a infraestrutura necess�ria no combate � pandemia", disse.


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