O Brasil poder� receber em at� quatro semanas medicamentos usados no processo de intuba��o de pacientes, disse neste s�bado, 3, a representante da Organiza��o Pan-Americana de Sa�de (Opas) no Brasil, Socorro Gross, em coletiva junto ao ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga. O Pa�s enfrenta um momento dif�cil em rela��o ao estoque desses itens. Como mostraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado) nesta semana, um levantamento do Minist�rio da Sa�de aponta que todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal est�o em "estoque cr�tico" de abastecimento de medicamentos para intuba��o de pacientes em meio ao agravamento da pandemia da covid-19.
Segundo Gross, a solicita��o pelo governo envolve 22 tipos de medicamentos, sendo oito priorit�rios. Ela citou que esses itens podem chegar ao Pa�s entre duas a quatro semanas, e em cinco semanas no caso de alguns dos medicamentos.
"Temos recebido solicita��o do Minist�rio da Sa�de de n�mero de medicamentos, 22 tipos de medicamentos, oito priorit�rios, e temos oferta que estamos apresentado ao minist�rio para fazer as primeiras ordens de compra, que estariam chegando ao Pa�s entre duas, quatro semanas, cinco semanas para alguns itens", disse Gross. "N�o s� kit intuba��o, como testes", completou Queiroga.
O ministro destacou que a responsabilidade pela aquisi��o dos medicamentos de intuba��o n�o seria do governo federal, mas dos munic�pios, mas que na atual condi��o n�o haveria como o minist�rio se "eximir".
As declara��es � imprensa foram dadas ap�s o ministro se reunir com o diretor-Geral da Organiza��o Mundial da Sa�de, Tedros Adhanom. Queiroga disse que, na conversa, foram discutidas formas de se assegurar mais vacinas ao Pa�s dentro dos pr�ximos meses. "N�s temos com a Opas e OMS um acordo de colabora��o t�cnica para ampliar a produ��o de vacinas no Brasil", disse Queiroga.
O ministro afirmou tamb�m que atualmente o governo negocia com as farmac�uticas Astrazeneca, Pfizer e Janssen para que haja antecipa��o na entrega de doses. "� uma negocia��o sens�vel que � feita � n�vel internacional, e que estamos trabalhando com esse tema", comentou.
Questionado sobre as discuss�es no Parlamento em torno da compra de imunizantes pelo setor privado, Queiroga respondeu que "quest�o de Congresso � decidida pelo Congresso". Para o ministro, todas as a��es para fortalecer a vacina��o s�o bem-vindas, mas ponderou que o programa nacional de imuniza��o do Brasil "� um dos maiores" do mundo, e tem "capacidade extraordin�ria".
Ao ser perguntado ainda se uma pol�tica de quebra de patentes pode ampliar a oferta de vacina, o ministro se mostrou c�tico. "Se quebra de patente ampliar oferta de vacina, seria uma situa��o a ser analisada, mas na minha an�lise inicial essa quebra n�o vai ampliar oferta de vacinas, temos que discutir com todas as ind�strias que produzem vacinas. Fazer com que nosso complexo seja fortalecido", afirmou, citando que o Brasil � o "quinto do mundo" em aplica��o de vacinas contra a covid-19. "J� que temos possibilidade concreta de ter doses dispon�veis todos os meses", disse.
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