
"Em maio ou, no mais tardar, junho, a gente espera come�ar a produ��o dos primeiros lotes de pr�-valida��o ... Se tudo der certo, a gente espera distribuir vacina totalmente nacional a partir de outubro", disse Zuma durante participa��o em transmiss�o virtual feita pela Febrabran.
De acordo com o diretor de Bio-Manguinhos, a produ��o nacional, que ainda dependente de licenciamento pela farmac�utica AstraZeneca, deve ser inicialmente de aproximadamente 15 milh�es de doses por m�s. "N�o vai ter vacina para o mundo inteiro, isso � claro. Vai faltar vacina. Ent�o, precisamos ter autossufici�ncia aqui, mas n�o � um processo muito r�pido."
Zuma disse que a transfer�ncia de tecnologia para a produ��o independente dos insumos � o foco do instituto no planejamento da imuniza��o no segundo semestre. Antes disso, ele informou que, at� julho, a Fiocruz deve entregar 100,4 milh�es de doses ao programa nacional de imuniza��o, sendo este volume "mais ou menos" dividido nos pr�ximos meses.
"A gente entende que vai conseguir esse cronograma. Mesmo tendo atrasado um pouco no in�cio, conseguimos recuperar nos pr�ximos meses. Claro que vai entrar um pouco mais em julho, mas at� julho devemos entregar essas 100,4 milh�es de doses", afirmou.
O diretor de Bio-Manguinhos n�o v�, no momento, dificuldades no recebimento dos insumos. "Temos carregamentos preparados para vir ao Brasil. N�o vai ter dificuldade para receber o IFA ingrediente farmac�utico ativo necess�rio para produzir as vacinas."
Exporta��es de imunizantes
Em participa��o na mesma live, o diretor m�dico de Pesquisa do Centro de Ensaios Cl�nicos e Farmacologia do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, comentou que a possibilidade de o instituto ligado ao governo paulista exportar suas vacinas depende de autoriza��o do governo federal, dada a prioridade prevista em contrato.
"Se o Minist�rio da Sa�de disser que pode permitir a exporta��o a outros pa�ses, perfeitamente, podemos fazer isso", afirmou Palacios, para quem as exporta��es de imunizantes podem ajudar o Brasil a recuperar a lideran�a na Am�rica Latina. "Uma contribui��o muito pequena a um pa�s da Am�rica Central pode fazer enorme diferen�a", comentou Palacios, acrescentando que a "nacionaliza��o de vacinas" j� prejudicou o Brasil, referindo-se ao represamento de imunizantes na �ndia.
Sobre o tema, Zuma considerou que, embora seja importante exportar vacinas a pa�ses da Am�rica Latina, o Brasil precisa ter neste momento o "maior n�mero poss�vel" de imunizantes. "Se o Butantan tiver disponibilidade, acredito que o governo federal vai querer a vacina do Butantan".