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Estado de Minas GERAL

SP volta para fase vermelha na segunda e escolas podem reabrir com 35% dos alunos


10/04/2021 08:06

O governador Jo�o Doria (PSDB) decidiu que o Estado vai para a fase vermelha na segunda, apesar de o centro de conting�ncia, que re�ne especialistas da sa�de, ter recomendado em reuni�o na quinta-feira � noite que S�o Paulo continuasse na fase emergencial. A nova etapa do Plano S�o Paulo vai at� o dia 19, como o Estad�o adiantou.

Na pr�tica, a principal mudan�a � a libera��o de escolas p�blicas e particulares, limitadas a 35% de ocupa��o - a capital, por exemplo, vinculava o retorno � decis�o de sexta-feira, 9. A orienta��o do secret�rio de Educa��o, Rossieli Soares, � para que o foco principal da reabertura esteja na educa��o infantil e nos alunos "que mais precisam", dentre os quais o Estado lista os com dificuldade de aprendizagem e de acesso � tecnologia, com necessidade de alimenta��o, com sa�de mental sob risco e cujos pais trabalhem em servi�os essenciais. Ele citou um estudo da Universidade de Zurich e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, de acordo com o qual a abertura de escolas paulistas n�o teria afetado o avan�o da pandemia.

O governo ainda vai manter o toque de recolher entre as 20 horas e 5 horas. A vacina��o dos professores tamb�m foi adiantada para hoje - e a de idosos com 67 anos, para o dia 12. Os bares e restaurantes poder�o a voltar a realizar o take away, atividade em que os clientes retiram produtos no local. Mas ainda ser�o proibidos os cultos religiosos e recomendado o teletrabalho para escrit�rios.

As lojas de material de constru��o ser�o autorizadas a abrir. J� o restante do com�rcio, como shoppings, podem funcionar s� com o drive-thru (entrega por autom�veis) ou para delivery (compra online e entrega). Os clientes n�o podem circular dentro das lojas. Tamb�m ficam permitidos os campeonatos esportivos profissionais a partir das 20 horas, com testagens e protocolos sanit�rios, mas sem p�blico.

A fase emergencial come�ou no Estado em 15 de mar�o, dias depois de ser decretada a fase vermelha, porque houve piora nos n�meros de casos, �bitos e lota��o de UTIs. Nesta sexta-feira, o Estado registrou 1.008 mortes, chegando ao total de 81.750 vidas perdidas. No mesmo per�odo, foram registrados 20.701 novos testes positivos, totalizando 2.618.067 pessoas infectadas durante a pandemia.

Justificativa

N�meros que mostram a desacelera��o da ocupa��o de leitos de UTI, abaixo de 89%, justificariam a tese de integrantes do governo de que � hora de readequar o Plano SP. Segundo fontes oficiais, h� a inten��o de dar mais esperan�a e perspectiva para os setores fechados, como o com�rcio. J� os cientistas que colaboram nas decis�es acreditam que os n�meros s�o ainda altos demais para uma evolu��o e ela passaria uma mensagem � popula��o de que j� se pode relaxar.

"A medida tomada nesta manh�, em di�logo com o Centro de Conting�ncia, mostra claramente que a fase emergencial come�a a dar resultados", justificou o vice-governador Rodrigo Garcia. De acordo com Paulo Menezes, coordenador do Centro, a proje��o do governo estadual � a de que algumas regi�es possam ir para a fase laranja, com abertura seletiva do com�rcio, a partir do fim do m�s.

O secret�rio da Sa�de, Jean Gorinchteyn, tamb�m destacou avan�o nos �ndices. "N�o significa que estamos saindo de um momento de emerg�ncia da pandemia", ressaltou.

A expectativa � de que a m�dia de mortes di�rias pela covid comece a diminuir a partir do pr�ximo dia 15. "N�o estamos entendendo isso como um relaxamento, mas como um avan�o em rela��o �s medidas da fase emergencial. Elas s�o tomadas com base nos dados, na ci�ncia, mas principalmente nas proje��es", afirmou Garcia.

Os �ndices utilizados por ele para fundamentar a ida � fase vermelha s�o o aumento da vacina��o no Estado, que teve o envase da Coronavac temporariamente paralisado este m�s; a amplia��o de leitos de UTI, que mesmo ap�s a abertura de 6,5 mil novas vagas nos �ltimos 90 dias se manteve com taxa de ocupa��o acima dos 90% no in�cio desta semana, chegando ontem a 88,3%; e o aumento do isolamento social, que ainda na quarta-feira estava em apenas 44%, bem abaixo do ideal de 60% almejado pelo governo.

Cr�tica

Especialistas ouvidos pelo Estad�o foram un�nimes em rejeitar a decis�o e afirmam que a pandemia ainda apresenta altos �ndices de interna��es, casos confirmados, �bitos e ocupa��o de leitos e as redu��es apontadas pelo Centro de Conting�ncia n�o passam de flutua��es. "Foi uma medida incompreens�vel. Voc� ainda assiste a uma press�o muito grande sobre os servi�os de sa�de, ent�o n�o tem sentido. Se a fase emergencial foi bem sucedida, por que os n�meros n�o diminuem?", indaga Leonardo Weissmann, do Instituto Em�lio Ribas e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Walter Cintra, professor de Administra��o Hospitalar e Sistemas de Sa�de da FGV, concorda com o colega. "Est� mantido o toque de recolher, mas a sensa��o � de que ele n�o tem sido muito respeitado. Precisar�amos de medidas mais duras."

"N�o � mais uma quest�o de sa�de p�blica, mas funer�ria", alerta Domingos Alves, professor de Medicina da Universidade de S�o Paulo (USP) de Ribeir�o Preto. Renato Kfouri, presidente do Departamento Cient�fico de Imuniza��es da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) avalia que a medida foi tomada com base na press�o pela reabertura.

"Atividades econ�micas pesam bastante e n�o temos uma rede de apoio suficiente para manter o com�rcio funcionando com pessoas em casa, mas s�o os dois lados da moeda. Se flexibilizar mais cedo, temos mais casos. Se demoramos muito, impactamos a sa�de econ�mica e a fome."

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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