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Estado de Minas GERAL

Fase vermelha movimenta ruas de SP com drive-thru e com�rcio informal


12/04/2021 20:44

Em S�o Paulo, o primeiro dia de retorno � fase vermelha do plano estadual de combate � covid-19 foi marcado por aumento da movimenta��o nos principais centro de com�rcio popular da capital nesta segunda-feira, 12. Nos restaurantes, a retomada � mais lenta. Nesta fase, menos restritiva que a emergencial, podem funcionar apenas servi�os essenciais, como mercados e farm�cias; lojas e restaurantes t�m autoriza��o para oferecer drive-thru, delivery e take away (retirada).

O atendimento presencial das lojas de material de constru��o, embora j� estivesse permitido por meio de liminar judicial, agora passa a ser autorizado.Tamb�m foi autorizada a reabertura das escolas de ensino b�sico na cidade.

A Rua 25 de Mar�o, um dos principais centros de com�rcio popular, esteve movimentada ao longo da manh�. A maioria dos estabelecimentos seguiu a recomenda��o de entregar produtos que j� haviam sido encomendados pelo telefone, site ou whatsapp; outros fizeram a venda ali mesmo na hora, sem deixar o cliente entrar na loja. "Conseguimos dobrar as vendas que v�nhamos fazendo s� pelo site", diz o funcion�rio de uma loja de armarinhos.

Na regi�o do Br�s, o movimento foi intenso, principalmente por causa do com�rcio informal. Diversas pessoas circulavam com sacolas e carrinhos. Houve filas e aglomera��es porque alguns comerciantes vendiam mercadorias nas cal�adas. Na Rua Rodrigues Santos, os produtos eram vendidos na pr�pria via, o que estreitava o espa�o para circula��o dos ve�culos. Muitos comerciantes e compradores n�o usavam m�scaras.

A Associa��o dos Lojistas do Br�s critica a falta de fiscaliza��o da Prefeitura. "As aglomera��es v�m acontecendo desde a fase emergencial e s�o cada vez maiores. O com�rcio continua com as portas fechadas e vendas pela internet. N�o tem fiscaliza��o para a ilegalidade. � uma discrep�ncia", critica In�s Ferreira, secret�ria executiva da entidade.

A associa��o afirma que a procura foi pequena nas lojas legalizadas neste primeiro dia. "A procura est� acontecendo, mas n�o � muita coisa. Esse servi�o representa mais ou menos 20% do faturamento dos lojistas", completa In�s Ferreira. Procurada, a Prefeitura ainda n�o se manifestou.

Na Rua Visconde de Abaet�, caracterizada pelo com�rcio de roupas de casa, mesa e banho, o movimento tamb�m foi reduzido. A maior loja da rua registrou duas vendas pelo sistema drive-thru at� as 15h. "No nosso neg�cio, as pessoas gostam de ver e tocar o tecido. � dif�cil comprar a dist�ncia. Al�m disso, os clientes est�o comprando bens essenciais, como comida", diz uma funcion�ria.

Para os lojistas, o formato de venda permitido pelo governo do Estado nesta fase tem pouco impacto na recupera��o econ�mica do setor. O e-commerce representa entre 2% e 5% do faturamento dos pequenos estabelecimentos, estima Aldo Macri, diretor do Sindicato dos Lojistas (Sindicato dos Lojistas de S�o Paulo), entidade que re�ne cerca de 30 mil estabelecimentos. "� um alento. � melhor vender 5% ou 10% do que as lojas totalmente fechadas, mas os pequenos n�o est�o preparados para o e-commerce", diz Macri.

Saudade de sair de casa

No caso dos restaurantes, o primeiro dia de presen�a dos clientes - mesmo limitada - teve experi�ncias distintas. Algumas casas celebraram a eleva��o dos pedidos. J� outras ficaram na mesma. A partir desta segunda, os clientes podem entrar no estabelecimento para retirar seu pedido, mas o consumo interno continua proibido.

A Ventana Bar & Caf� vem registrando entre 20 e 30 pedidos por dia no formato take away. Hoje, a m�dia se manteve. Esse n�mero � de 10% do faturamento normal do estabelecimento. "Acho que n�o teremos grandes impactos nos pr�ximos dias. No caso dos restaurantes, temos poucas altera��es entre a fase emergencial e a vermelha", explica Humberto Munhoz, s�cio da holding Turn The Table, que coordena tr�s estabelecimentos em S�o Paulo.

O Santo Dica, em Pinheiros, zona oeste, teve um dia acima do esperado. Foram 136 entregas feitas aos clientes - ao todo foram vendidas 320 refei��es. "Oferecemos a entrega em casa, mas as pessoas diziam que queriam buscar a refei��o para dar uma volta. Deu para matar um pouco da saudade. Esse contato estava fazendo muita falta", diz o propriet�rio Denis Nery.

Para a Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor vai conseguir avan�ar de verdade com a reabertura no hor�rio do almo�o. "Considerando que a propaga��o do coronav�rus se concentra nas aglomera��es no per�odo noturno, seria bom abrir os restaurantes entre 12h e 20h. Esse � o nosso pleito", afirma Joaquim Almeida, presidente da entidade.

Entre os argumentos do dirigente est�o, al�m da sobreviv�ncia financeira dos restaurantes, o atendimento dos trabalhadores em regime presencia e at� dos visitantes de parentes hospitalizados - os dois grupos n�o teriam onde se alimentar no regime take away e delivery.

O fim da fase emergencial, que vigorou de 15 de mar�o a 11 de abril, ocorreu ap�s o registro de ligeira queda na taxa de ocupa��o dos leitos de UTI. O patamar, no entanto, continua elevado, na faixa de 86%. A m�dia di�ria de novas interna��es caiu de 2.732 em 15 de mar�o para 2.715 em 9 de abril. Especialistas, por�m, acreditam que � cedo para relaxar restri��es.

Algumas das medidas da fase emergencial permanecem, como o toque de recolher entre 20h e 5h. A recomenda��o do teletrabalho nas atividades administrativas tamb�m foi incorporada pela fase vermelha. A proibi��o de atividades religiosas, regra que pode ser definida por prefeitos e governadores conforme decis�o tomada pelo Supremo Tribunal Federal da semana passada, est� mantida.


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