
A professora Gabriela Corr�a � a propriet�ria do abrigo Adoce uma Vida, que funciona em uma casa alugada na regi�o, e n�o estava no local na hora do ataque. Na manh� seguinte, ela foi alertada pela vizinha do que havia acontecido.
"Peguei o carro e corri para l�, ligando para bombeiro e veterin�rio. Passei chorando de desespero, primeiro porque a gente n�o viu a tempo. Se tivesse visto, n�o teria perdido esses dois, mas n�o teve barulho, foi uma coisa muito silenciosa", relata.
Ao chegar � casa, Gabriela se deparou com os animais desfalecidos e v�rias abelhas mortas pelo ch�o. Ela levou os feridos ao veterin�rio. Um deles teve sequelas neurol�gicas pela grande quantidade de picadas.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) chegou a ser acionado, mas n�o conseguiu resgatar os bichos. "Foi averiguado se havia alguma colmeia estabelecida no local ou na vizinhan�a, mas foi constatado que se tratava de enxame migrat�rio, n�o houve atua��o da equipe na quest�o de captura dos insetos", informou a corpora��o.
Segundo Gabriela, a colmeia estava na casa da vizinha, que agora tenta resolver a situa��o. Enquanto isso, ela se planeja para instalar telas no canil para evitar novos ataques. Parte dos c�es e gatos que dormiam do lado de fora da casa foram colocados para dentro e nove animais est�o em lares tempor�rios.
Ao todo, Gabriela cuida de 30 cachorros e 20 gatos no abrigo e sonha em comprar uma ch�cara onde possa aloc�-los. Para tanto, promove uma vaquinha virtual para arrecadar recursos. Paralelamente, a professora tamb�m realiza rifas para juntar dinheiro e pagar as contas e custos com os animais: s�o oito sacos de ra��o por m�s. "Assim que a gente conseguir um lugar para comprar, a gente vai construir e mudar para l� e vai ficar bem mais f�cil".
A rela��o com os animais come�ou em 2017, quando Gabriela dava aulas em uma escola na zona rural. "Uma gata me adotou. Depois disso entrou uma cachorra sangrando na minha sala de aula. Liguei para minha m�e e avisei que estava voltando para casa com cinco cachorros. Ela tinha parido", conta.
Ela postava o dia-a-dia com os animais nas redes sociais para obter ajuda para mant�-los. Desde ent�o, j� vendeu at� dindin no carnaval para arrecadar fundos. A m�e dela comercializa doces para ajudar a filha. "A gente faz o que pode e o que n�o pode por eles", afirma.