Subprocurador do TCU pede afastamento de Salles por gest�o em favor de madereiros

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado enviou representa��o ao Tribunal de Contas da Uni�o pedindo que a corte analise poss�vel 'ato de gest�o ilegal' do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles decorrente de 'inger�ncia indevida' a favor de alvos da Opera��o Handroanthus - GLO, aberta pela Pol�cia Federal do Amazonas para investigar extra��o ilegal de madeira na Amaz�nia. Furtado ainda apresentou um pedido de medida cautelar, para que a corte de contas determine � Casa Civil da Presid�ncia da Rep�blica que afaste temporariamente Salles, at� que haja delibera��o sobre o caso.

O subprocurador-geral alega 'fundado receio' de que a manuten��o de Salles � frente da pasta 'pode retardar ou dificultar a realiza��o da apura��o dos fatos, causar novos danos ao meio ambiente (patrim�nio p�blico), interferir indevidamente na Opera��o bem como inviabilizar a cobran�a das multas decorrente de infra��es ambientais'.

A representa��o foi encaminhada ao TCU nesta quinta, 15, na esteira da not�cia-crime enviada pelo chefe da Pol�cia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, ao Supremo Tribunal Federal. O documento imputa ao ministro do Meio Ambiente supostos crimes de obstru��o de investiga��o ambiental, advocacia administrativa e organiza��o criminosa.

Segundo Furtado, as condutas descritas por Saraiva, 'pelo fato de serem imputadas � autoridade m�xima encarregada da prote��o do meio ambiente nacional, atentam frontalmente contra os princ�pios constitucionais informativos da administra��o p�blica da legalidade, impessoalidade, moralidade e efici�ncia'.

"A atua��o do ministro do Meio Ambiente revela um total descolamento das atribui��es do cargo que exerce, que deveria se pautar pela defesa do meio ambiente e pela fiscaliza��o de atividades ilegais que resultam em dano ao patrim�nio ambiental brasileiro. Ao contr�rio do que se esperava da atua��o do ministro, ele vem atuando, segundo narrado na not�cia crime, em defesa dos interesses dos madereiros que realizaram as extra��es ilegais e criminosas", diz o subprocurador-geral no documento.