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Estado de Minas GERAL

Shoppings reabrem em S�o Paulo com filas para celular e caf�


18/04/2021 21:23

A nova fase do plano de flexibiliza��o da quarentena, entre a vermelha e a laranja, com a abertura de shopping centers e lojas de rua em hor�rios reduzidos, teve bom movimento na capital, de acordo com as entidades do setor. O Shopping Center Norte, um dos principais da cidade, localizado na zona norte, teve filas nas lojas de telefonia celular e nas cafeterias no final da tarde deste domingo, 18. Havia poucas vagas no estacionamento principal.

As atividades religiosas, tamb�m com hor�rios reduzidos, foram permitidas a partir deste domingo. Pelas novas regras anunciadas pelo governo Jo�o Doria (PSDB), restaurantes, academias, sal�es de beleza, atividades culturais e parques podem reabrir a partir do dia 24 de abril. O toque de recolher, das 20h �s 5h, foi mantido.

As lojas podem receber no m�ximo 25% da capacidade nesta fase. Por isso, as lojas do Center Norte fixaram cartazes com o n�mero permitido de clientes para seguir a regra. Para respeitar a regra, as lojas de telefonia celular, por exemplo, algumas das mais concorridas neste primeiro dia, formavam pequenas filas na entrada. A maioria n�o atingiu a lota��o permitida.

O casal de namorados Pedro Mariano, de 23 anos, e Carla Pereira, de 21 anos, foi comprar um celular novo para ele. Tiveram de esperar 15 minutos pelo atendimento na loja da Claro. "Hoje, o aparelho � uma ferramenta de trabalho. Eu estava contando as horas para poder comprar outro. Tinha de ser hoje. O shopping faz falta", diz o representante comercial da �rea de cama, mesa e banho.

As cafeterias tamb�m foram bastante procuradas. Nesta fase, o atendimento presencial n�o � permitido, apenas o take away (comprar e levar). Restaurantes permanecem fechados. Com isso, a pra�a de alimenta��o, um dos principais atrativos dos shopping centers, tamb�m est� desativada. Por causa da falta de um lugar para comer, a fam�lia do empres�rio Luis Augusto Martins, de 62 anos, desistiu da refei��o. "Talvez eles possam colocar um n�mero reduzido de mesas", sugeriu.

O movimento neste primeiro dia � resultado de uma demanda reprimida, na opini�o dos lojistas. "A quantidade de atendimentos foi menor, por�m com um t�quete m�dio maior. Por isso, a conclus�o de uma demanda reprimida. Tivemos 50% a mais nas vendas", explica Maria de F�tima Arruda, s�cia propriet�ria de uma loja da Puket, marca de roupas e acess�rios.

A boa movimenta��o tamb�m foi a t�nica em outros endere�os. De acordo com a Associa��o Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), as unidades em S�o Paulo registraram "movimento de razo�vel para bom". "Estive no Shopping Morumbi, para comprar um aparelho, e havia movimenta��o importante", disse o presidente da entidade, Nabil Sahyoun. "Existe uma demanda reprimida depois de 30 dias com as lojas fechadas. Naturalmente, as pessoas t�m necessidade de compra."

Durante o per�odo de restri��o ao atendimento presencial, a maioria dos estabelecimentos vem apostando nas vendas online e outros canais, como whattsapp e tamb�m drive thru e delivery. Nesse contexto, Guilherme Marini, diretor executivo do shopping Center Norte, criou um centro de entregas para acelerar a transi��o dos lojistas para o universo digital. A maioria, no entanto, afirma que nada se iguala ao faturamento que temos com a loja aberta.

A limita��o do hor�rio, das 11h �s 19h, fez com o que shopping anunciasse o fim das atividades a partir das 18h30. �s 19h, todas as lojas estavam fechadas.

Quinze minutos depois do hor�rio, a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo foi convidada pelos seguran�as a se retirar do shopping "para evitar multa do Doria". A mudan�a do hor�rio � a principal reivindica��o do setor. Em vez de ser de 11 horas �s 19 horas, a categoria pretende que o com�rcio funcione de meio-dia �s 20 horas.

O passo seguinte seria pedir o retorno do hor�rio integral e do funcionamento presencial de lanchonetes, sal�es de beleza e academias nas semanas que antecedem o dia das m�es. Hoje, os servi�os est�o restritos. "As negocia��es t�m sido frequentes. Acho que � importante o governo continuar com essa linha de ouvir as entidades do setor", diz Sahyoun.

"Dentro da l�gica do Centro de Conting�ncia, se ampliar o hor�rio, voc� d� liberdade ao consumidor para se espalhar mais. Restringir � que aumenta o risco de aglomera��o", disse. "De toda forma, os shoppings respeitam 20 protocolos, t�m corredores largos e �reas com 100 mil m�. � o lugar mais seguro do segmento."

Retorno promissor

Em geral, a flexibiliza��o que n�o estava prevista originalmente no Plano S�o Paulo agradou representantes de entidades comerciais. "Vimos com bons olhos essa reabertura. N�o deixa de ser um avan�o, porque j� ajuda poder abrir por 8 horas", afirmou Sahyoun. "Agora, a gente tem de trabalhar para, a uma ou duas semanas do dia das m�es, pleitear o hor�rio normal".

Vice-presidente da Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de S�o Paulo (Fecomercio-SP), Francisco de la T�rre diz que retorno � "promissor", mas ainda estaria aqu�m da necessidade do setor. "Existe um desgaste muito grande por causa da situa��o econ�mico-financeira. As empresas est�o muito combalidas", afirmou. "A expectativa era de poder trabalhar com taxa de ocupa��o de 40%."

De la T�rre, no entanto, pondera que a ocupa��o dos leitos de UTI ainda � alta em S�o Paulo. "Nessa situa��o, ou o governo dava apoio financeiro �s empresas ou fazia uma reabertura bastante regrada, muito t�mida. Ele optou pelo segundo, o que j� � um aceno", disse. "Nas fases mais restritivas, faltou esse apoio do Estado e do governo federal. Muitos n�o v�o reabrir porque j� quebraram."


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