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Estado de Minas CORONAV�RUS

Em alguns Estados, COVID j� 'rouba' mais de 3 anos da expectativa de vida

O Distrito Federal � o local mais afetado, com uma redu��o estimada de 3,68 anos - de 79,08 anos para 75,40


19/04/2021 13:04 - atualizado 19/04/2021 14:00

(foto: Diego Vara/Agência Brasil)
(foto: Diego Vara/Ag�ncia Brasil)

O brasileiro poder� esperar viver menos por causa da pandemia de COVID-19. A expectativa de vida no Brasil poder� cair at� mais de tr�s anos e meio, dependendo da regi�o, por causa do impacto da doen�a nos �ndices de mortalidade. O Distrito Federal � o local mais afetado, com uma redu��o estimada de 3,68 anos - de 79,08 anos para 75,40. O Norte, por�m, � a regi�o mais afetada. L�, as piores situa��es s�o a do Amap� (com redu��o de 3,62 anos, de 74,88 para 71,26 anos), de Roraima (recuo de 3,43, de 72,69 para 69,26) e do Amazonas (menos 3,28, de 72,81 para 69,53 anos).

Em S�o Paulo, a perda deve chegar a 2,17 anos, passando de 79.11 para 76,94 anos. Caso a proje��o - que considera �bitos por COVID no ano passado - se confirme oficialmente, ser� a primeira redu��o nesse indicador nacional desde 1940, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Em m�dia, a redu��o em todo o Brasil ser� de praticamente dois anos (1,94).

O n�mero � resultado direto das mortes j� registradas no Pa�s pela doen�a e integram estudo liderado pela pesquisadora brasileira Marcia Castro, do Departamento de Sa�de Global e Popula��o da Escola de Sa�de P�blica da Universidade Harvard. O trabalho usa dados do Minist�rio da Sa�de foi submetido para publica��o na MedRxiv, da Universidade de Yale.

Em 1940, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era muito baixa, de 45,5 anos. Depois disso, com redu��o da mortalidade infantil e outros avan�os da Medicina e do Pa�s, o n�mero vem crescendo consistentemente. Em 1980, chegou a 62,5 anos e, no ano 2000, a 69,8. Atualmente, a expectativa de vida do brasileiro � de 76,6 anos.

E essa queda n�o ser� pontual. "Quando acontece um conflito, uma pandemia, algo severo assim, � comum ver esse decl�nio de expectativa de vida; foi assim na gripe espanhola e nas guerras mundiais", afirma a dem�grafa M�rcia Castro. "Mas se espera sempre que seja algo tempor�rio, um ponto fora da curva, e logo depois tudo retorne � normalidade. No caso do Brasil, j� estamos vendo que 2021 vai ser pior que o ano passado. Existem Estados que somam mais mortes agora do que ao longo de todo 2020, como Amazonas e Rond�nia."

A Regi�o Nordeste tamb�m sofreu um impacto importante. Ali, entre os Estados mais afetados est�o Sergipe (redu��o estimada de 2,21 anos), Cear� (2,09) e Pernambuco (2,01). No Sudeste, a situa��o mais grave � a do Esp�rito Santo (com perda estimada de 3,02 anos), seguido de Rio (2,62) e de S�o Paulo (2,17). No Sul, as estimativas de perda de expectativa de vida est�o abaixo dos dois anos para os tr�s Estados - a menor redu��o � em Minas (1,18, de 78,19 para 77,01 anos). "Essas diferen�as, em grande parte, eram esperadas pois refletem as desigualdades regionais, no que diz respeito ao n�mero de m�dicos, de leitos hospitalares, infraestrutura. No Amazonas, por exemplo, todos os leitos de UTI est�o concentrados em Manaus", afirma M�rcia.

"Por outro lado, a maioria dos governadores da Regi�o Norte s�o apoiadores do governo federal e tomaram decis�es muito alinhadas �s da Presid�ncia", continua ela. "A Regi�o Nordeste, a despeito de ter desigualdades compar�veis �s da Regi�o Norte, n�o teve uma perda de expectativa de vida t�o grande, porque os governos adotaram mais medidas de preven��o. S�o v�rios fatores. Desigualdades importam, decis�es pol�ticas importam; � um mosaico complicad�ssimo." 


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