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Estado de Minas GERAL

Anvisa libera coquetel contra covid-19 para pacientes do grupo de risco


20/04/2021 12:30

Por unanimidade, a diretoria colegiada da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) deliberou em reuni�o nesta ter�a-feira, 20, pela autoriza��o tempor�ria do uso emergencial do coquetel Regen-Cov2 no tratamento de pacientes com a covid-19. Liberado em car�ter experimental, o tratamento re�ne os medicamentos casirivimabe e imdevimabe (cujos nomes originais s�o, respectivamente, casirivimab e imdevimab) e � destinado a casos leves e moderados com resultado positivo para o novo coronav�rus de pacientes do grupo de risco da doen�a e que n�o necessitam de suplementa��o de oxig�nio.

O uso ser� restrito a hospitais, com venda proibida no com�rcio. Este � o segundo tratamento para a doen�a liberado para uso emergencial no Pa�s, ap�s a aprova��o do remdesivir em mar�o.

O tratamento foi desenvolvido pela empresa norte-americana Regeneron Pharmaceuticals, em parceria com a su��a Roche, respons�vel pelo pedido de autoriza��o de uso no Brasil, protocolado na Anvisa em 1.� de abril.

O coquetel est� liberado para uso em car�ter emergencial nos Estados Unidos desde novembro passado, tendo sido um dos utilizados pelo ent�o presidente Donald Trump, al�m do Canad� e da Su��a. Al�m disso, teve parecer positivo da Ag�ncia Europeia de Medicamentos (EMA) em fevereiro, com posterior autoriza��o de uso emergencial na It�lia, na Alemanha, na Rep�blica Checa, na Fran�a e na Isl�ndia.

Como explicou Gustavo Mendes Lima Santos, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biol�gicos da ag�ncia, o tratamento re�ne dois anticorpos monoclonais que t�m o objetivo de se ligar � prote�na spike do v�rus a fim de impedir que entre na c�lula e possa se replicar. O tratamento n�o � recomendado para pacientes que est�o em estado grave, em que pode piorar o quadro de sa�de.

"Deve ser iniciado assim que poss�vel ap�s o teste viral positivo, dentro de dez dias do in�cio dos sintomas", destacou. "Reduziu significativamente o risco de hospitaliza��o ou morte relacionadas � covid nos pacientes ambulatoriais sintom�ticos com um ou mais fator de risco."

Os fatores de risco considerados para a indica��o do medicamento s�o: idade avan�ada (65 anos ou mais), obesidade, doen�a cardiovascular, hipertens�o, doen�a pulmonar cr�nica, asma, diabete, doen�as renais cr�nicas, incluindo pacientes em di�lise, imunossuprimidos e doen�as hep�ticas cr�nicas.

No caso da autoriza��o no Brasil, a dose � de 600 mg de cada um dos dois medicamentos, que devem ser administrados juntos e por meio de infus�o intravenosa �nica (por meio de uma bolsa, semelhante � administra��o de um soro, por exemplo). A posologia �, portanto, distinta da autorizada nos Estados Unidos e na Europa, que prev� o 1,2 mil mg. Segundo Santos, a empresa submeteu a nova posologia nos locais citados.

Santos destacou que o tratamento passou por quatro estudos n�o cl�nicos distintos, nos quais n�o foram identificadas "quest�es maiores" em rela��o � seguran�a, considerada com perfil "aceit�vel". "Os ensaios realizados n�o geraram preocupa��o que ensejasse uma investiga��o espec�fica", apontou.

O benef�cio seria percept�vel a partir do segundo dia ap�s a aplica��o. Segundo o estudo considerado pela Anvisa, houve redu��o de 70,4% no n�mero de pacientes hospitalizados por covid-19. quando comparado ao grupo que recebeu placebo.

Nesse estudo, os eventos adversos graves foram mais frequentes no grupo placebo. Ao todo, 0,3% do total que recebeu o tratamento teve uma rea��o de hipersensibilidade. No caso das doses de 2,4 mil mg, a redu��o foi semelhante, de 71,3%, destacou Santos.

O medicamento tem validade de 12 meses quando armazenado de 2�C a 8�C. Quando dilu�do, pode ser armazenado por at� quatro horas em temperatura ambiente e, se refrigerado, por at� 36 horas.

O gerente-geral de Medicamentos pontuou, contudo, que h� incertezas sobre o medicamento, pois os dados "ainda est�o sendo gerados" e que a aprova��o foi sugerida por sua �rea pela "situa��o de emerg�ncia" da pandemia. Ele destacou que h� a necessidade de revis�o quando for aberto um pedido de registro, como a confirma��o do prazo de validade.

Ele reiterou, ainda, n�o haver dados sobre os resultados em menores de 18 anos ou tampouco para variantes, cuja capacidade de neutraliza��o para novas cepas (como a P1) foi demonstrada exclusivamente in vitro. Al�m disso, destacou que a administra��o em gr�vidas deve ocorrer com "cautela", uma vez que os dados s�o limitados nessa popula��o, com estudos de toxicidade reprodutiva em animais ainda n�o conclu�dos.

Na reuni�o, Liana Kusano Fonseca, gerente substituta de Inspe��o e Fiscaliza��o de Medicamentos e Insumos Farmac�uticos, informou que a equipe t�cnica identificou informa��es "satisfat�rias" para emitir an�lise de boas pr�ticas de fabrica��o, essenciais para a libera��o do uso emergencial.

A avalia��o contou com as tr�s fabricantes envolvidas, desde a produ��o da subst�ncia ativa (ocorrida nos Estados Unidos), o acabamento dos medicamentos (igualmente ocorrida no territ�rio norte-americano) e o embalamento secund�rio (feito na Su��a). O envolvimento de outras plantas fabris nessa cadeia exigir� nova autoriza��o de uso emergencial na Anvisa.

Da mesma forma, Suzie Marie Gomes, gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos � Vigil�ncia Sanit�ria, apontou que os dados s�o suficientes para aprovar o Plano de Gerenciamento de Risco.

Relatora do pedido e uma das diretoras da ag�ncia, Meiruze Sousa Freitas destacou que o tratamento atende �s expectativas quanto aos "requisitos m�nimos". "Espero que essa autoriza��o possa aliviar a carga do nosso sistema de sa�de", destacou, por envolver um tratamento que pode ser "mais uma ferramenta no combate � pandemia", junto com o remdesivir e as vacinas.

Ela destacou que a autoriza��o n�o envolve o uso com a proposta de prevenir o cont�gio, que tamb�m � alvo de estudo pelas fabricantes. Al�m disso, lembrou que os pacientes que receberem o tratamento dever�o aguardar ao menos 90 dias para serem vacinados contra a covid-19, ap�s procurarem avalia��o m�dica.

"� importante a convoca��o dos profissionais de sa�de para a notifica��o de qualquer suspeita de rea��es adversas", salientou. Ela lembrou, ainda, que a Anvisa pode se manifestar novamente sobre o tratamento a "qualquer momento", inclusive com a tomada de "medidas protetivas".


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