
A quadrilha entrou na mira da pol�cia ap�s a delegada-titular da Deam 1, Ana Carolina Litran, fazer um levantamento das ocorr�ncias de estelionato e identificar semelhan�as em diversos registros, como o modus operandi dos criminosos em abordar as v�timas. Para enganar as mulheres, a delegada explica que a maioria dos estelionat�rios se passava por homens brancos, mais velhos e de nacionalidade estrangeira. As v�timas tamb�m tinham um perfil-alvo do grupo. “Geralmente, eles escolhiam mulheres com boas profiss�es, com idades entre 40 e 70 anos, e com independ�ncia financeira”, detalhou a investigadora.
As redes sociais eram o instrumento mais f�cil de encontrar as v�timas, segundo as investiga��es. Os criminosos chegavam a contactar mulheres por meio do Linkedin, plataforma de uso profissional, e at� pelo Twitter. “Eles come�avam uma amizade e, com o tempo, iniciavam um relacionamento. E conversavam por mensagem, e-mail, mas n�o apareciam em videochamada”, frisou a delegada.
De acordo com a apura��o policial, os nigerianos vivem em S�o Paulo. No in�cio do m�s, agentes da PCDF foram at� a cidade paulista para cumprir mandados de buscas e apreens�es nas resid�ncias dos suspeitos. Ningu�m foi preso na �poca.
Modo de agir
Em casos investigados no DF, algumas v�timas chegaram a depositar valores aos criminosos, variando entre R$ 5 mil a R$ 10 mil. Uma delas perdeu R$ 100 mil no “golpe do amor”. A delegada detalha como o grupo enganava e convencia as v�timas para extrair dinheiro. “Eles entravam em contato e falavam que, como prova do relacionamento, enviariam um presente, seja uma joia, um celular, etc. O autor, ent�o, pede o endere�o da v�tima e, em seguida, uma suposta empresa respons�vel pela ‘entrega’ relata que a encomenda deu algum tipo de problema, alegando que ser� necess�rio pagar determinada taxa. Com desculpas diferentes, as v�timas iam perdendo dinheiro”, afirmou Ana Carolina.
A investigadora orienta, ainda, como evitar cair nesse tipo de golpe. Segundo ela, � prefer�vel que sempre fa�a videochamadas, busque o maior n�mero de informa��es da pessoa com quem esteja se relacionando, evite transferir valores e, em caso de d�vidas, acione a Pol�cia Civil pelo n�mero 197.