
Depois de um m�s, o Minist�rio da Sa�de atualizou o cronograma de previs�o de entrega de vacinas para o Brasil, com menos doses a serem recebidas neste primeiro semestre do que estimado anteriormente pela gest�o de Eduardo Pazuello.
A divulga��o do novo calend�rio foi feita em uma coletiva para jornalistas neste s�bado, 24, ap�s o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), dar cinco dias para o governo atualizar periodicamente as informa��es sobre o tema.
O pedido de esclarecimentos de Lewandowski foi feito em uma a��o movida pela Rede Sustentabilidade, que pede ao tribunal que obrigue o governo a atualizar o calend�rio de entregas dos imunizantes comprados, disponibilizado no site do Minist�rio da Sa�de, pelo menos a cada 15 dias. O partido argumenta que os n�meros defasados comprometem a programa��o de governadores e prefeitos. A �ltima atualiza��o havia sido feita em 19 de mar�o.
"Havia doses previstas no calend�rio inicial, nem sempre o que � tratado � entregue. Fizemos atualiza��o do calend�rio. Vamos atualizar periodicamente esse calend�rio para que se compreenda como se d� esse processo de aquisi��o e entrega de doses � sociedade brasileira", disse o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga. No total, o calend�rio divulgado em mar�o previa 205,897 milh�es de doses entregues no Brasil no primeiro semestre. O atual apresenta uma redu��o de 22,55% desse n�mero, para 159,448 milh�es de doses.
Dados da Sputnik V e Covaxin, imunizantes ainda sem aval da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), ficaram de fora dessa nova vers�o por n�o terem a autoriza��o de uso no Pa�s. Anteriormente, o governo previa 10 milh�es de doses do imunizante russo e 20 milh�es do indiano, com lotes chegando ao Brasil a partir de mar�o at� junho.
Al�m disso, a entrega de 8 milh�es de doses da AstraZeneca pela �ndia foi postergada para o terceiro trimestre deste ano, ao inv�s de quatro recebimentos entre abril e julho.
O secret�rio executivo da pasta, Rodrigo da Cruz, disse que as datas no calend�rio s�o estimativas das entregas. "Cada contrato tem peculiaridade. Tem reuni�es semanais. A ideia � atualizar o calend�rio sempre �s ter�as-feiras no final do dia e ter dados atualizados na quarta pela manh�", disse. Ele listou eventos que podem atrasar o cronograma, como a possibilidade de atraso na entrega de insumos (IFA) para produ��o das vacinas e quest�es log�sticas.
Os primeiros cronogramas de entrega de vacinas foram divulgados em fevereiro, quando o ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello tentava esfriar cr�ticas sobre a demora do governo federal em apresentar estas proje��es. As vers�es iniciais desse documento j� se mostravam invi�veis.
Ao prever o n�mero de doses fornecidas m�s a m�s a Estados e munic�pios, a Sa�de ignorava atrasos na entrega de IFA para a produ��o de vacinas na Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Instituto Butantan. Tamb�m somava dados da Sputnik V e Covaxin, Anvisa.
O governo est� sob press�o para ampliar o ritmo de vacina��o. Por falta de doses, algumas cidades interromperam a campanha de imuniza��o. No come�o de abril, a prefeitura de Belo Horizonte informou que aguarda novos lotes para voltar a aplicar vacinas na capital mineira. O governo do Distrito Federal fez o mesmo.