O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), classificou como "absurdo" o corte de recursos a serem usados no desenvolvimento da vacina contra covid-19 "100% brasileira" anunciada pelo Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o no m�s passado. Ao sancionar o Or�amento 2021, o presidente da Rep�blica Jair Bolsonaro (sem partido) vetou R$ 200 milh�es ao projeto.
Baleia � de Ribeir�o Preto, seu principal col�gio eleitoral, onde a vacina seria desenvolvida. Em mar�o, o Pal�cio do Planalto fez quest�o de divulgar que a vacina brasileira apoiada pelo governo federal, desenvolvida por cientistas da Faculdade de Medicina de Ribeir�o Preto da Universidade de S�o Paulo (USP), estava avan�ando. O an�ncio foi feito horas depois de o governo de S�o Paulo informar que pediria aval para iniciar testes cl�nicos da Butanvac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista.
"ABSURDO. N�o h� outra palavra para esse erro do atual governo. Vamos fazer todo esfor�o poss�vel para derrubar esse veto", escreveu Baleia no Twitter neste domingo, 25, ao comentar reportagem do Broadcast/Estad�o sobre o veto.
O ministro Marcos Pontes, respons�vel pelo projeto, por sua vez, chamou o corte na Pasta de "estrago" e disse n�o ser poss�vel "ligar e desligar" pesquisas, em live nas redes sociais realizada no s�bado, 24. "Ontem (sexta-feira, 23) foi um dia muito movimentado em Bras�lia, com divulga��o do or�amento 2021 com grande atraso, j� estamos em abril. Estamos tanto trabalhando pro or�amento do ano que vem, quanto vendo o que vamos fazer com o or�amento deste ano, com o estrago, vamos chamar assim. Realmente foi muito comprimido esse or�amento", afirmou o ministro.
A acelera��o da vacina��o tem sido colocada pela pr�pria equipe econ�mica como uma condi��o necess�ria para a retomada da atividade econ�mica. Recentemente, o governo diversificou os contratos com laborat�rios privados para ampliar a aquisi��o de vacinas.
Queda
Mesmo assim, ontem, o Minist�rio da Sa�de atualizou o cronograma de previs�o de entrega de vacinas para o Brasil, com 22,55% menos doses a serem recebidas neste 1� semestre em compara��o com o estimado anteriormente pela gest�o Eduardo Pazuello. Se considerar s� a revis�o do calend�rio para maio, a queda � de 31%.
Dados da russa Sputnik V e da indiana Covaxin, imunizantes ainda sem aval da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), ficaram de fora dessa nova vers�o, por n�o terem a autoriza��o de uso no Pa�s. Anteriormente, o governo previa 10 milh�es de doses do imunizante russo e 20 milh�es do indiano, com lotes chegando ao Brasil a partir de mar�o at� junho.
Apesar da pandemia e da corrida pela vacina, o Minist�rio da Sa�de tamb�m sofreu cortes. Foram vetados R$ 2,2 bilh�es repartidos em diversos programas, que incluem a adequa��o de sistemas tecnol�gicos, a��es de pesquisa e desenvolvimento, manuten��o de servi�os laboratoriais, assist�ncia farmac�utica e at� constru��es de sedes regionais da Fiocruz.
No s�bado, 24, em coletiva, ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, disse ter a garantia do chefe da Economia, Paulo Guedes, de que n�o vai faltar recursos para a �rea respons�vel pelo combate � pandemia da covid-19 no Pa�s. "Sempre temos um bom di�logo com Guedes, que me assegurou que n�o faltaria recurso para a sa�de", disse o ministro, em entrevista coletiva.
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