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Estado de Minas GERAL

No Senado, Queiroga cita 'dificuldade' para entrega de 2� dose da Coronavac


26/04/2021 14:03

O ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira, 26, que h� preocupa��o sobre a falta da 2� dose da vacina Coronavac. Em audi�ncia p�blica no Senado, ele citou atrasos na entrega de novos lotes do imunizante envasado pelo Instituto Butantan. Sem entrar em detalhes, o ministro disse que ir� divulgar nota t�cnica sobre a aplica��o da vacina neste cen�rio.

No fim de mar�o, o governo federal passou a orientar que n�o era mais preciso reservar metade dos lotes da Coronavac para garantir a segunda dose. No �ltimo dia 13, a Sa�de disse que mais de 1,5 milh�o de pessoas n�o retornaram para receber o complemento da vacina��o dentro do prazo. "Agora, em fase de retardo do insumo, h� dificuldade com essa segunda dose", disse o ministro. Segundo Queiroga, nova entrega da Coronavac s� deve ocorrer em 10 dias.

O ministro citou decis�o da Justi�a para garantir o estoque da vacina complementar em Jo�o Pessoa (PB). "S� que, se todos judicializarem, n�o tem doses para todo mundo. N�o � a judicializa��o que vai resolver esse problema", declarou.

O minist�rio tem cobrado que munic�pios se organizem para garantir que o intervalo entre as aplica��es das vacinas da covid-19 seja respeitado. Segundo levantamento da Confedera��o Nacional de Munic�pios (CNM), divulgado no �ltimo dia 16, cerca de 1.426 munic�pios n�o reservaram a segunda dose da vacina. A entidade recebeu cerca de 3 mil respostas sobre o tema.

Queiroga tamb�m disse aos senadores que mudan�as feitas por prefeitos e governadores na ordem de prioridades da vacina��o atrapalham a campanha nacional contra a covid-19. O ministro pediu respeito � lista elaborada pelo Programa Nacional de Imuniza��es (PNI). "Ocorre que na 'bipartite' (reuni�o entre Estados e munic�pios), �s vezes se muda orienta��o para incluir um grupo ou outro. Isso termina por alterar a harmonia do nosso programa. Atrapalha o processo de vacina��o", disse o ministro.

Segundo Queiroga, n�o h� raz�o para criar pol�mica sobre a diferen�a entre vacinas distribu�das e j� utilizadas, pois muitas foram reservadas para a segunda aplica��o ou est�o em rota de entrega at� os munic�pios. "Tudo o que n�o precisamos nesse momento � pol�mica", disse. Essa diferen�a tem sido usada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para criticar o desempenho de governadores de prefeitos.

Uso de m�scaras

O ministro foi questionado por senadores sobre as aglomera��es promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro, al�m da falta de campanha eficaz de comunica��o do governo federal sobre o uso de m�scara e o distanciamento social. Na sua resposta, Queiroga ignorou o comportamento do presidente e disse que as campanhas devem ser ampliadas. "A gente ainda n�o conseguiu convencer a popula��o brasileira em rela��o aos malef�cios dessas aglomera��es f�teis", afirmou.

Na semana passada, o ministro acompanhou Bolsonaro em agendas em Manaus (AM) e Bel�m (PA). O presidente desrespeitou o distanciamento social e se aglomerou com apoiadores, mesmo ap�s o governo do Amazonas alertar sobre risco de nova alta da doen�a no Estado.

Queiroga chegou a citar que o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) andava de bicicleta, sem m�scaras, no momento da audi�ncia, mas ponderou que n�o era uma cr�tica. O senador, ent�o, disse que h� "muita d�vida" sobre a possibilidade de dispensar a m�scara ao praticar esportes em locais abertos. "A gente n�o sabe, porque n�o h� uma campanha, como deveria ter", disse Izalci. Queiroga respondeu que h� "controv�rsia" sobre a "real utilidade" da m�scara nessas situa��es, mas que o minist�rio ir� editar um protocolo como se comportar em transportes p�blicos, por exemplo.

A reuni�o no Senado ocorreu na v�spera da escolha de presidente e relator da CPI da Covid-19. Queiroga esteve na sess�o por cerca de 1 hora. Em seguida, deixou seus auxiliares respondendo aos questionamentos dos parlamentares. Presidente da comiss�o mista da covid-19, senador Conf�cio Moura (MDB-RO) disse que o ministro teve de deixar o debate para se reunir com a Pfizer. Ao deixar a audi�ncia, Queiroga afirmou que iria a uma agenda no Pal�cio do Planalto. O governo negocia a compra de 100 milh�es de vacinas para a covid-19 da empresa para a campanha de 2022.

Queiroga afirmou que h� uma redu��o de casos e �bitos da covid-19 no Brasil, mas n�o mostrou dados sobre o cen�rio da pandemia. Ele reconheceu que os n�meros ainda s�o "muito elevados". O ministro tamb�m disse que a escassez de oxig�nio medicinal "n�o tem sido t�o forte como foi h� 1 m�s" e prometeu a entrega de mais medicamentos usados para a intuba��o de pacientes graves da covid-19.

Cronograma das vacinas

O ministro afirmou que n�o reduziu metas de vacina��o, mas que retirou do cronograma de entrega as previs�es sobre doses que n�o receberam ainda o aval da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), como a indiana Covaxin e a russa Sputnik V. No s�bado, 24, o minist�rio voltou a apresentar esse calend�rio ap�s mais de 1 m�s e por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). A atualiza��o do documento tem previs�o de 22% de doses a menos no primeiro semestre.

Segundo Queiroga, o minist�rio mant�m di�logo com empresas e embaixadas para conseguir a compra de novos imunizantes. Ele citou que h� negocia��o com marcas chinesas, mas disse que n�o pode dar detalhes sobre as conversas.

O ministro tamb�m declarou que h� conversas "t�cnicas" sobre a viabilidade de produzir vacinas contra a covid-19 em f�bricas de imunizantes para animais. "� uma excelente alternativa." Queiroga minimizou o corte de recursos paro desenvolvimento de uma vacina nacional e disse que ir� tratar sobre o tema com o ministro da Economia, Paulo Guedes, "no momento oportuno".

Queiroga disse que ir� pedir para a Comiss�o Nacional de Incorpora��o de Tecnologias no SUS (Conitec) avaliar a cria��o de um protocolo cl�nico para a covid-19, que trate desde casos leves aos graves. O ministro afirmou que a Sa�de n�o ir� "emitir ju�zo de valor sobre f�rmacos", no primeiro momento, pois a pasta pode ser acionada em recurso contr�rio � decis�o da Conitec.

O minist�rio deve pedir para a comiss�o avaliar se inclui neste protocolo desde drogas com aval da Anvisa para a covid-19, como o coquetel Regen-Cov2, al�m da cloroquina, que n�o tem efic�cia para a covid-19, mas se tornou bandeira do governo Bolsonaro.


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