
A mulher era presidente do Canta Liberdade, grupo fundado por ela e direcionado � presta��o de servi�o e apoio a familiares de pessoas privadas de liberdade. Frequentemente, a p�gina exp�e den�ncias de falta de informa��o e at� agress�es a presos em unidades prisionais do estado. Emanuelly, que tem um familiar preso, gerenciava as redes sociais do grupo e tamb�m aparecia como a porta-voz desses parentes de forma p�blica.
Al�m de denunciar maus-tratos, o Canta Liberdade atuava como canal de informa��o para as fam�lias. Nas postagens, era comum Carol, como era conhecida pelas mulheres que acompanham a p�gina, fazer cobran�as aos �rg�os p�blicos sobre as condi��es prec�rias oferecidas dentro do sistema carcer�rio.
Recentemente, junto a outras esposas de reeducandos, a militante passou a cobrar o retorno das visitas presenciais nos pres�dios. Em mar�o, uma publica��o denuncia a falta de informa��es sobre a situa��o de um reeducando que havia sido agredido no pres�dio de Itaquitinga.
"� verdade que no s�bado teve mais uma ocorr�ncia de agress�o grave em Itaquitinga, mas felizmente sem morte. O preso foi encaminhado para o hospital. O que pesa nesse caso � a falta de informa��o da unidade prisional e a falta de respeito com a fam�lia, pois a ocorr�ncia foi no s�bado e a fam�lia s� tomou conhecimento na segunda-feira, atrav�s do hospital", diz a postagem. Em abril deste ano, outra den�ncia de viol�ncia foi feita, dessa vez sobre a atua��o dos chaveiros da unidade prisional localizada na Mata Sul do estado.
Al�m de ativista e presidente do Canta Liberdade, Emanuelly fazia parte da Comiss�o Popular da OAB.
Entenda o caso
Emmanuelly Carolina Barbosa Fragoso, de 33 anos, tinha acabado de almo�ar em um restaurante localizado na Encruzilhada, na Zona Norte do Recife. O v�deo de uma c�mara de seguran�a do estabelecimento mostra quando ela sai do local e vai conversar com um homem, que nas imagens aparece sentado em uma cadeira na cal�ada da Rua In�cio Galv�o dos Santos.
Cerca de um minuto depois, um Fox branco para na via e um homem de camisa azul e cal�a jeans desce correndo e efetua diversos disparos contra a v�tima. Um segundo homem de camisa e bermuda preta aparece depois e tamb�m atira v�rias vezes depois de Emanuelly j� estar ca�da. Um deles, puxa a bolsa da mo�a e, em seguida, ambos fogem no ve�culo.
Ainda pr�ximo ao local do assassinato, o motorista perdeu o controle do carro na Rua Fernando C�sar. Na ocasi�o, o ve�culo capotou e, mais � frente, os dois roubaram um carro e seguiram em fulga. Posteriormente, o ve�culo foi encontrado abandonado no bairro de Dois Unidos. O carro passou por uma per�cia e dentro dele foram encontrados a bolsa e documento da v�tima, al�m de um celular, um revolver e uma esp�cie de carta.
O delegado Jo�o Felipe Furtado disse que, al�m de latroc�nio — roubo seguido de morte — outra hip�tese pode ser considerada sobre o caso. "A bolsa foi levada. Mas al�m disso outra possibilidade, somada a essa situa��o, realmente vai ser tratada".