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Estado de Minas GERAL

Madeireiros invadem sindicato de trabalhadores rurais em Santar�m


03/05/2021 15:15

Um grupo de aproximadamente cem madeireiros invadiu a sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santar�m (STTR), no Par�, na manh� desta segunda-feira, 3. A invas�o foi motivada por uma decis�o judicial, que suspendeu a explora��o de madeira na reserva extrativista (Resex) Tapaj�s Arapiuns, onde vivem cerca de 22 mil pessoas, entre ind�genas e n�o ind�genas.

Funcion�rios do sindicato atendiam trabalhadores no momento da invas�o. Segundo relatos, n�o chegou a ocorrer ato de viol�ncia f�sica. O clima ficou tenso, com gritaria e bate-boca, at� que agentes da Pol�cia Militar chegaram ao local.

Ao Estad�o, a secret�ria de pol�ticas sociais do STTR, Gracivane Rodrigues de Moura, explicou que, no dia 30 de abril, uma decis�o do Tribunal Regional Federal da 1� Regi�o (TRF-1) suspendeu uma liminar da Justi�a Federal de Santar�m, que permitia a retirada de madeira da reserva. A decis�o do TRF-1 acatou uma a��o movida pelo pr�prio sindicato e pelo Conselho Ind�gena Tapaj�s Arapiuns (CITA) e a organiza��o Terra de Direitos.

"Temos 76 comunidades aqui, das quais 48 s�o aldeias. S�o cerca de 22 mil pessoas que vivem dentro da reserva. O plano da reserva diz claramente que n�o podem sair madeiras em toras daqui, nem fazer abertura de estrada, mas tudo isso tem ocorrido, e sem que os povos tenham o direito de serem consultados antes", disse Gracivane. "Por isso, solicitamos a suspens�o, porque n�o houve consulta pr�via. N�o somos contra os projetos na reserva, mas precisam ser feitos com o acordo de todos, em benef�cio de todos e n�o apenas de alguns, como vinha ocorrendo."

Segundo a representante do STTR, os madeireiros cobram a retirada imediata da a��o. A decis�o de suspender a liminar que liberava a explora��o foi dada pelo desembargador do TRF-1, Souza Prudente, que cobrou "consulta pr�via, livre e informada � ind�genas e comunidades tradicionais da regi�o" antes que os planos de extra��o avancem.

Em 26 de abril, a Justi�a Federal de Santar�m havia concedido uma liminar para liberar a explora��o, sob o argumento de que uma consulta ao Conselho Deliberativo, Conselho Comunit�rio e Associa��o Tapajoara, que atuam na regi�o, j� seria o suficiente para autorizar a atua��o dos madeireiros. Souza Prudente, por�m, entendeu que as reuni�es realizadas com o conselho n�o podiam substituir a consulta aos povos ind�genas e comunidades.


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