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Estado de Minas GERAL

Dr. Jairinho vira r�u na justi�a sob acusa��o de torturar filha da ex-namorada


03/05/2021 21:56

A Justi�a do Estado do Rio aceitou nesta segunda-feira, 3, den�ncia contra o m�dico e vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (sem partido), de 43 anos, por tortura praticada nos anos de 2011 e 2012 contra uma menina de 4 anos, filha de uma ent�o namorada dele.

O inqu�rito que investigou o caso foi conclu�do na �ltima sexta-feira, 30, e encaminhado ao Minist�rio P�blico do Estado do Rio (MP-RJ), que providenciou a den�ncia no mesmo dia. Nesta segunda-feira a ju�za Luciana Mocco Lima, da 2� Vara Criminal de Bangu, aceitou a den�ncia e Jairinho ent�o se tornou r�u.

O vereador vai responder por infringir o artigo 1�, inciso II, da lei 9.455/97 e, se for condenado, pode ser punido com at� 10 anos e 8 meses de pris�o. Ele est� preso temporariamente desde 8 de abril e acusado de agredir at� a morte seu enteado Henry Borel, de 4 anos, em 8 de mar�o, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Nesta segunda-feira a Pol�cia Civil concluiu tamb�m o inqu�rito sobre este caso, e Jairinho foi indiciado por homic�dio doloso (intencional) duplamente qualificado e dois crimes de tortura contra o enteado.

Pela acusa��o relativa a 2011 e 2012, Jairinho est� proibido de manter qualquer tipo de contato com a v�tima e seus familiares, em especial os parentes que figuram como testemunhas nos autos e, na hip�tese de ser posto em liberdade, fica proibido de se aproximar de tais pessoas, devendo comparecer mensalmente ao Ju�zo para manter atualizado seu endere�o e justificar suas atividades. O vereador tamb�m est� proibido de sair do munic�pio do Rio sem comunica��o pr�via ao ju�zo.

A reportagem tentou ouvir a defesa de Jairinho a respeito da decis�o judicial, mas n�o obteve retorno at� a publica��o deste texto.

O caso

A v�tima do crime de tortura pelo qual Jairinho foi denunciado � a filha de uma cabeleireira que conheceu Jairinho em 2010 e manteve um relacionamento com ele at� 2013. Nesse intervalo, chegaram a ficar noivos. A menina, que � �poca tinha de 3 a 5 anos e hoje tem 13, disse que o vereador bateu a cabe�a dela contra a parede do box de um banheiro e pisou sobre o corpo dela no fundo de uma piscina, tentando impedir que ela emergisse para respirar.

"� �poca, essa crian�a tinha entre 3 e 5 anos. Essa crian�a sofreu uma s�rie de viol�ncias e at� tortura", disse o delegado Felipe Curi, diretor do Departamento-Geral de Pol�cia Especializada (DGPE), em entrevista coletiva concedida na tarde de sexta-feira para informar sobre o indiciamento.

"A crian�a tinha pavor e p�nico ao ver o carro de Jairinho. A figura dele trazia lembran�as das agress�es. Ela ficava segurando na perna da av� para n�o ir ao encontro do doutor Jairinho. Quando identificaram a �nsia de v�mito e o p�nico da crian�a, ela foi afastada do conv�vio (com ele). A crian�a foi praticamente criada pela av� por quest�es familiares", contou o delegado Adriano Marcelo Firmo Fran�a, titular da DCAV, que tamb�m participou da entrevista coletiva na sexta-feira.

"Por medo, a m�e da crian�a acabou n�o denunciando. Com o caso do Henry, ela criou coragem e acabou denunciando. Esse caso n�o tem nada a ver com o caso Henry, mas surgiu no bojo da investiga��o e serve para corroborar o perfil de viol�ncia do doutor Jairinho contra menores filhos das pessoas com quem ele t�m relacionamento amoroso. Isso ficou comprovado na investiga��o que foi conclu�da e na investiga��o que est� em andamento", completou o delegado Felipe Curi.

A m�e da crian�a � considerada pela pol�cia v�tima de viol�ncia dom�stica e n�o ser� indiciada por n�o ter denunciado as agress�es dele � filha.

Ao ser preso (pela investiga��o referente a Henry), Jairinho prestou depoimento ao delegado Fran�a e negou as acusa��es. Disse que mantinha com a crian�a uma rela��o "amistosa", sem "grau de intimidade", e negou ter sa�do sozinho com ela ou a levado a qualquer lugar que tivesse piscina. Tamb�m contestou as agress�es.

Mas a investiga��o concluiu que ele mentiu. "Toda a vers�o apresentada por doutor Jairinho foi derrubada pelas provas documentais e pelo depoimento", disse Fran�a durante a entrevista coletiva desta sexta-feira. "Em determinados momentos ele (Jairinho) diz n�o estar com determinadas crian�as em determinados locais. Por�m, fotos mostram o contr�rio", afirmou o delegado.


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