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Estado de Minas GERAL

Vacina��o para idosos de 60 a 62 anos em SP tem filas com quase 5h de espera


06/05/2021 13:32

Idosos de 60, 61 e 62 anos tiveram que esperar quase cinco horas na fila das unidades b�sicas de sa�de (UBSs) da capital paulista para se vacinar contra a covid-19 na manh� desta quinta-feira, 6, primeiro dia de imuniza��o para essa faixa et�ria no Estado. De acordo com as estimativas do pr�prio governo, esse grupo cont�m aproximadamente 1,4 milh�o de pessoas.

A reportagem do Estad�o encontrou filas que dobravam o quarteir�o, com centenas de idosos e acompanhantes, em pelo menos cinco UBSs da capital. Na unidade Vila Anglo, em frente ao Allianz Parque, na Barra Funda, zona oeste, quem chegou �s 7h30 s� conseguiu receber a vacina depois do meio-dia. "Tranquilo n�o �, mas a gente vai fazer o qu�? Tem que tomar, n�?", comentou o analista de sistemas Renir Abreu, de 60 anos.

Por ser trombof�lico, Abreu conta que antes foi em outras duas unidades, na Barra Funda e na Pompeia, � procura da vacina da Pfizer, que tamb�m come�ou a ser distribu�da hoje no Estado. O imunizante tamb�m tinha a prefer�ncia do advogado Douglas Giovannini, de 60 anos. "� a que tem mais efic�cia, n�? N�o que eu n�o tomasse as outras, mas prefiro essa", comenta.

Ele e a esposa, a tamb�m advogada Magda Piedade, de 60 anos, chegaram � UBS �s 9h20. Mais de tr�s horas depois, cerca de cem pessoas ainda estavam na frente do casal. Magda conta que aproveitou o tempo de espera e foi at� a lot�rica fazer um jogo, enquanto o marido aguardava na fila lendo um livro. "Se isso fosse uma hist�ria de fic��o, eu diria que todos os personagens morrem de covid no final", ela aponta, reclamando que em um ano e meio de isolamento nunca esteve t�o exposta ao v�rus como agora.

Magda n�o est� errada. Apesar de a m�scara ser uma constante em todos os presentes na fila da vacina��o, o distanciamento social era praticamente imposs�vel de ser praticado, e os idosos acabavam esbarrando com clientes dos estabelecimentos e pedestres. Em toda a cal�ada, pessoas se sentavam no meio-fio ou aproveitavam o toldo de bares e restaurantes e a sombra das �rvores para se protegerem do sol forte que castigava nesta manh�.

"� falta de planejamento e estrat�gia de organiza��o. N�o seria mais f�cil ter duas pessoas com um tablet na m�o, checando se os pr�-cadastros no site est�o certo?", questiona Magda.

Nem o fato de ser cadeirante e ter se cadastrado previamente no site Vacina J�, como o governo do Estado recomenda, ajudou a acelerar o atendimento de Marinalva Santana. Aos 60 anos, ela foi se vacinar com o marido H�lio Antonio de Souza, tamb�m de 60, e precisou contar com a solidariedade dos comerciantes para se proteger do sol. "O pessoal do bar nos abrigou, gra�as a Deus", comemora, enquanto espera sua vez chegar desde as 8h15.

Na entrada, quatro funcion�rias checavam o cadastro das pessoas no sistema, enquanto outras tr�s se revezavam no interior da unidade para aplicar a vacina. Al�m da Vila Anglo, as filas quilom�tricas tamb�m foram registradas nas UBSs de Santa Cec�lia, Santo Amaro, Pirituba e Ch�cara Inglesa durante esta manh�.

Vacina da Pfizer

Na cidade de S�o Paulo, ser�o oferecidas 135,7 mil doses do imunizante contra o coronav�rus da farmac�utica americana Pfizer, cujo primeiro lote chegou ontem, e 400 mil doses da vacina de Oxford/Astrazeneca. A aplica��o da segunda dose da Coronavac ocorre simultaneamente para idosos de outra faixa et�ria.

Devido �s exig�ncias de armazenamento da vacina da Pfizer, cujos frascos devem ficar guardados entre -25� e -15� por at� duas semanas, as doses n�o ser�o aplicadas nos "drive-thrus" e ficar�o dispon�veis nas 468 UBS da capital, conforme orienta��o do Minist�rio da Sa�de.

Segundo o prefeito em exerc�cio, Ricardo Nunes, a distribui��o deve ser uniforme. "N�o ser� uma vacina que estar� especificamente numa regi�o ou outra. A SMS (Secretaria Municipal da Sa�de) decidiu fazer a distribui��o de uma forma igual", afirmou.

Diferentemente da Coronavac e da Oxford/AstraZeneca, o imunizante da Pfizer exige temperaturas entre -90� e -60� para a conserva��o de longo prazo, embora tolere temperaturas de at� -15�C por 14 dias. Se retirados do congelador, os frascos podem ser armazenados por at� cinco dias nas temperaturas entre 2� e 8�.

Para dar continuidade � vacina��o com as doses da Pfizer, a Secretaria Municipal da Sa�de alterou a configura��o de uma de suas c�maras frias de 100 metros c�bicos para -25�C. O munic�pio conta ainda com outras c�maras em quatro pontos de distribui��o, que ser� feita em transporte especializado para vacinas congeladas.

De acordo com o secret�rio municipal da sa�de, Edson Aparecido, a cidade tem capacidade para armazenar quatro milh�es de doses do imunizante. "Todas as nossas unidades foram capacitadas com refrigeradores para receber as vacinas da Pfizer", disse. O pr�ximo lote com as vacinas da Pfizer est� previsto para chegar � capital no dia 17 maio.


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