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Estado de Minas GERAL

COVID-19: Pfizer cobra R$ 1 bilh�o mais caro por novas doses de vacina

O pre�o cobrado do Brasil � inferior ao cobrado da Uni�o Europeia e dos Estados Unidos


07/05/2021 15:00 - atualizado 07/05/2021 15:14

O imunizante da Pfizer sobrevive apenas cinco dias em refrigeradores comuns, com temperatura entre 2ºC e 8ºC(foto: PFIZER/Reprodução)
O imunizante da Pfizer sobrevive apenas cinco dias em refrigeradores comuns, com temperatura entre 2�C e 8�C (foto: PFIZER/Reprodu��o)
O governo federal avalia comprar mais 100 milh�es de doses da vacina contra COVID-19 da Pfizer a US$ 12 a unidade - 20% mais caro do que o negociado no primeiro contrato da farmac�utica americana com o Minist�rio da Sa�de, em que foi adquirida quantidade igual do imunizante. Ao todo, a oferta para nova compra fica perto de R$ 6,6 bilh�es, cerca de R$ 1 bilh�o a mais do que o valor anterior.

As informa��es sobre o pre�o global e o valor por dose constam em nota t�cnica assinada por Laur�cio Cruz, diretor do Departamento de Imuniza��o e Doen�as Transmiss�veis da pasta, e obtida pelo Estad�o. O governo publicou ontem em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o extrato de dispensa de licita��o, com valor global de R$ 6,6 bilh�es. Na CPI da Covid, o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta estava na "imin�ncia de fechar novo acordo com a Pfizer de cem milh�es de doses".

No fim de 2020 e no in�cio do ano, por�m, a gest�o Jair Bolsonaro tinha outra postura em rela��o � empresa. O governo acusou a farmac�utica de incluir cl�usulas "leoninas" na proposta, travou a negocia��o e perdeu lugar na fila. Bolsonaro reclamava que a empresa n�o queria assumir o risco de poss�veis efeitos colaterais da vacina.

A nota do minist�rio agora pede que a entrega desse novo lote seja em duas etapas. A primeira, de 30 milh�es de doses, deve chegar ao Pa�s entre 1.º de julho e 30 de setembro. A entrega do segundo lote, com 70 milh�es de doses, � prevista entre 1.º de outubro e 31 de dezembro.

O documento recomenda a compra pelo governo, mas diz que o valor � maior que o pago no contrato anterior e pede negocia��o do pre�o. Os t�cnicos destacam que talvez seja preciso aplicar doses de refor�o, tendo em vista muta��es do v�rus. "Caso essa necessidade venha a se concretizar, a necessidade de doses ir� aumentar substancialmente", diz o trecho.

N�o h� no documento os motivos para a mudan�a de pre�o. � reportagem, a Pfizer disse n�o comentar negocia��es e afirmou trabalhar com o governo para a imuniza��o dos brasileiros. J� o minist�rio informou ao Estad�o que a compra ainda est� em negocia��o e destacou j� ter contrato assinado para cem milh�es de doses. A 1.ª remessa, de 1 milh�o de unidades, chegou ao Brasil em abril.

A Pfizer tem variado propostas para os governos. O pre�o cobrado do Brasil � inferior ao cobrado da Uni�o Europeia, que desembolsou por volta de US$ 14,70 por dose, e dos Estados Unidos (US$ 19,50). Israel, um dos pa�ses com a vacina��o mais adiantada, pagou US$ 23,50 por dose para receber antes e em grande escala. A farmac�utica j� disse que pa�ses mais pobres teriam pre�os menores.


Perda de doses


Com log�stica complicada, a vacina��o com a Pfizer no Brasil est� restrita �s capitais na maioria dos Estados. Com a amplia��o do volume adquirido, a pasta ressalta a necessidade de adaptar a rede de frio para cidades do interior com mais de 100 mil habitantes. A nota t�cnica prop�e compra inicial de 183 congeladores a serem distribu�dos entre Estados e Distrito Federal.

O imunizante da Pfizer sobrevive apenas cinco dias em refrigeradores comuns, com temperatura entre 2ºC e 8ºC. Para ser armazenado por prazos maiores, de at� seis meses, precisa estar em congeladores cujas temperatura variem entre 60ºC e 80ºC negativos.

O documento tamb�m diz que a aquisi��o tem elevado risco de perdas. O c�lculo do governo � de que 30% das doses da Pfizer sejam perdidas por quest�es operacionais, bem acima da taxa de 10% calculada para Coronavac e vacina Oxford/AstraZeneca. Para chegar a esse �ndice, a Sa�de considera informa��es da Fran�a, que estima desperd�cio entre 25% e 30%. Sobre as proje��es de perda de doses feitas pelo governo, a Pfizer afirmou que "fica a crit�rio dos programas de imuniza��o de cada pa�s, baseados em sua experi�ncia, qualquer estimativa acerca do tema". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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