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Estado de Minas GERAL

Delegados de pol�cia prestam 'pleno e irrestrito apoio' � opera��o que matou 28


08/05/2021 20:22

Se, de um lado, a opera��o Pol�cia Civil que deixou ao menos 28 mortos na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, vem sendo criticada pela viol�ncia policial e pelo saldo de vidas, de outro, recebeu guarida da classe. A Associa��o dos Delegados de Pol�cia do Brasil (Adepol) divulgou uma nota prestando �pleno e irrestrito apoio� � incurs�o.

"Informamos que a Adepol do Brasil n�o aceitar� qualquer pr� condena��o � leg�tima e necess�ria a��o empreendida pela gloriosa Pol�cia Civil do Estado do Rio de Janeiro, sendo repugnante presenciar alarmas descontextualizados e pr�-julgamentos com vi�s estigmatizante diante do resultado da opera��o policial em comento", diz um trecho da nota.

No texto, a associa��o afirma que eventuais excessos no uso da for�a letal policial devem ser apurados "sem vieses ideol�gicos ou sensacionalistas". Nas redes sociais, moradores relataram abusos dos agentes.

"O uso progressivo da for�a se coaduna totalmente com o emprego de for�a letal nos casos de atentados � vida de Policiais e de cidad�os, notadamente quando h� utiliza��o desenfreada de equipamentos de guerra por narcoterroristas que adotam t�ticas de guerra irregular", afirma o texto.

A entidade ainda lamentou a morte do inspetor de Pol�cia Civil Andr� Frias e prestou solidariedade aos familiares do agente.

Investiga��o

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, uma investiga��o sobre o caso. Fachin viu ind�cios de �execu��o arbitr�ria� no epis�dio. O chefe do Minist�rio P�blico Federal solicitou esclarecimentos ao governador do Rio, Claudio Castro (PSC), ao procurador-geral de Justi�a do Estado, Luciano Mattos, e �s pol�cias Civil e Militar fluminenses.

Em agosto do ano passado, o STF referendou uma liminar e restringiu opera��es policiais em comunidades do Rio de Janeiro at� o fim da pandemia do coronav�rus. A decis�o estabelece que as a��es nas favelas s� podem ocorrer em hip�teses �absolutamente excepcionais�, desde que sejam justificadas por escrito pela autoridade competente e comunicadas ao Minist�rio P�blico do Estado.

Em entrevista � imprensa ap�s a opera��o no Jacarezinho, o delegado Rodrigo Oliveira disse que todos os protocolos estabelecidos pelo Supremo Tribunal Federal foram seguidos na a��o, mas que a situa��o era �mais do que uma excepcionalidade�. A a��o minha como objetivo prender 21 acusados de aliciar crian�as e adolescentes para o tr�fico de drogas na comunidade.

"Por for�a de algumas decis�es e de um ativismo judicial que se v� hoje muito latente na discuss�o social, a gente foi de alguma forma impedido ou minimamente dificultada a atua��o da pol�cia em algumas localidades. O resultado disso nada mais � do que o fortalecimento do tr�fico", disse Oliveira.

O delegado tamb�m criticou o que chamou de �ativismo judicial�. "Parte deste ativismo que de alguma forma orienta a sociedade em uma determinada dire��o, ele definitivamente n�o est� do lado da Pol�cia Civil e definitivamente n�o est� do lado da sociedade de bem. O interesses s�o diversos. Eu queria deixar muito claro que o sangue do policial que faleceu hoje em prol da sociedade, de alguma forma est� nas m�os dessas pessoas, ou dessas entidades, ou de quem quer que seja", concluiu.

Viola��es

As den�ncias de viola��es pelas tropas chegam com frequ�ncia � Defensoria do Estado, que chegou a instituir uma for�a-tarefa para rodar as comunidades orientando moradores sobre seus direitos e colhendo relatos de viol�ncia policial. No caso do Jacarezinho, que sofreu a opera��o policial mais letal da hist�ria da cidade do Rio, a defensora p�blica Maria J�lia Miranda, do N�cleo de Direitos Humanos, afirmou que se deparou com becos e casas repletos de sangue e muros cravejados de balas. Um homem teria sido executado no quarto de uma menina de 8 anos, que assistiu a cena.

Leia a �ntegra da nota da Adepol:

A ADEPOL DO BRASIL manifesta perante toda opini�o p�blica nacional e internacional , bem como a todo pa�s pleno e irrestrito apoio � opera��o desencadeada na data de ontem pela Pol�cia Civil do Estado do Rio de Janeiro na comunidade do Jacarezinho, a qual culminou com a morte de 25 criminosos ligados ao Comando Vermelho e apreens�o de dezenas de armas de fogo de uso restrito que eram manejadas ilicitamente por tais delinquentes.

Com enorme tristeza, manifestamos nosso pesar pela covarde morte do Inspetor de Pol�cia Civil Andr� Frias em sobredita opera��o, bem como solidariedade total a seus familiares e entes queridos.

Informamos que a ADEPOL DO BRASIL n�o aceitar� qualquer pr� condena��o � leg�tima e necess�ria a��o empreendida pela gloriosa Pol�cia Civil do Estado do Rio de Janeiro , sendo repugnante presenciar alarmas descontextualizados e pr�-julgamentos com vi�s estigmatizante diante do resultado da opera��o policial em comento.

Quaisquer excessos no uso da for�a letal policial devem ser apurados no �mbito da legalidade escrita , sem vieses ideol�gicos ou sensacionalistas, al�m de principalmente se considerar as circunst�ncias que permeiam as confronta��es armadas das for�as policiais no Rio de Janeiro, infelizmente alvejadas constantemente por fac��es criminosas dotadas de armamento de infantaria de guerra e at� antitanque, exatamente como pode-se atestar empiricamente ao longo de tantas apreens�es de armas e muni��es usadas por organiza��es criminosas vinculadas ao narcotr�fico.

O uso progressivo da for�a se coaduna totalmente com o emprego de for�a letal nos casos de atentados � vida de Policiais e de cidad�os, notadamente quando h� utiliza��o desenfreada de equipamentos de guerra por narcoterroristas que adotam t�ticas de guerra irregular , com consequ�ncias nefastas � sociedade carioca.

Portanto, ressaltamos que estaremos acompanhando os desdobramentos de tal cen�rio com aten��o e em defesa primacial � dignidade dos milhares de integrantes heroicos da Pol�cia Civil do Rio de Janeiro.


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