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Estado de Minas GERAL

Greve no Metr� paralisa 4 linhas; passageiros buscam alternativas de transporte


19/05/2021 07:29

Os funcion�rios do Metr� de S�o Paulo entraram em greve a partir da 0h desta quarta-feira, 19. A previs�o � que a paralisa��o dure 24h. A decis�o foi tomada durante assembleia da categoria na noite de ter�a-feira - ap�s as negocia��es com o governo estadual n�o terem avan�ado na �ltima semana.

Com a paralisa��o, paulistanos que usam o metr� para se locomover ter�o de recorrer a outros meios de transporte. No in�cio da manh�, passageiros n�o sabiam como chegar aos seus destinos e se aglomeravam em frente a esta��es. Na esta��o Barra Funda, na zona oeste da capital, por volta das 7h, grandes filas de formavam na busca por �nibus, que eram insuficientes para o volume de pessoas.

'Atitude desumana e intransigente'

Em nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos afirma que o Metr� de S�o Paulo enviou uma proposta de acordo salarial "muito acima do que � praticado no mercado de trabalho e previsto na legisla��o brasileira", e que a empresa "manteve todos os servi�os e seus empregados", mesmos com os preju�zos de R$ 1,7 bilh�o no �ltimo ano e de mais de R$ 300 mil no primeiro trimestre de 2021.

"O sindicato certamente vive em uma realidade diferente do restante do Pa�s, que sofre com desemprego, perda de renda e fome", diz o texto, que classifica a greve como "inadmiss�vel".

A STM tamb�m afirma ter oferecido � categoria a manuten��o de benef�cios "muito al�m dos exigidos pela CLT", como o pagamento de vales refei��o e alimenta��o, previd�ncia suplementar, plano de sa�de sem mensalidade, hora extra de 100%, adicional noturno de 35%, abono de f�rias em 60%, complementa��o salarial para afastados e aux�lio creche/educa��o, dentre outros.

"Reivindicar novos aumentos salariais e de benef�cios, punindo a popula��o com a paralisa��o do transporte p�blico e deixando milhares de pessoas que cuidam de servi�os essenciais, como sa�de e seguran�a sem transporte � uma atitude desumana e intransigente", afirma o texto. A STM ainda frisa que uma liminar da Justi�a do Trabalho determina que pelo menos 80% dos trabalhadores trabalhem no metr� durante os hor�rios de pico (de 6h �s 9h e de 16h �s 19h) e 60% nos demais hor�rios, sob pena de R$ 100 mil di�rios.

'Desrespeito � categoria'

Os funcion�rios do Metr� de S�o Paulo decidiram na noite de ter�a-feira entrar em greve. Foi realizada ontem uma reuni�o com representantes dos metrovi�rios e do Tribunal Regional do Trabalho, com o objetivo de criar um acordo entre a categoria e o governo de S�o Paulo. Entretanto, nenhum representante da administra��o compareceu � reuni�o desta tarde. Dirigentes do sindicato classificaram a atitude como "um desrespeito � categoria".

"N�o estamos pedindo aumento, estamos pedindo o reajuste inflacion�rio (do sal�rio). � claro que, se vier alguma proposta de negocia��o, estamos dispostos a conversar e n�o paralisar o metr�. Mas isso est� nas m�os do governo e do Metr�", afirmou mais cedo Camila Lisboa, uma das coordenadoras do sindicato.

Os dirigentes alegam que a categoria est� h� dois anos sem reajuste salarial e sem receberem a Participa��o nos Resultados (PR) referentes aos anos de 2019 e 2020. Em comunicado oficial, a categoria afirma tamb�m que o Minist�rio P�blico do Trabalho (MPT) sugeriu uma proposta de acordo na segunda-feira, 17, que foi descartada pela Companhia do Metropolitano de S�o Paulo.

Altino Prazeres, um dos dirigentes do sindicato, afirma que a �ltima proposta apresentada � categoria s� inclu�a o reajuste com base no IPC de maio de 2019 a abril de 2020 (2,61%), que tamb�m n�o foi pago, sem incluir o de 2020 para 2021 (7,79%). Ao mesmo tempo, ele alega que a empresa tentou reduzir os adicionais noturno e de f�rias, assim como a gratifica��o por tempo de servi�o.

"Estamos dispostos a negociar em qualquer hor�rio, mas � preciso de alguma proposta. Sem isso, n�o voltamos a trabalhar", afirma. Segundo Prazeres, a categoria "apenas soube por terceiros" que a aus�ncia de algum representante da empresa ou do governo estadual na reuni�o desta tarde deu-se porque "n�o tinham mais nada para apresentar" nas negocia��es.

Prazeres diz ainda que a categoria est� disposta a "lan�ar um desafio" ao governo. "Se deixarem a catraca aberta (sem cobrar pela passagem), voltamos a trabalhar na mesma hora. Sempre dizem que quando entramos de greve, isso atrapalha o transporte p�blico. Mas se o governo topar, a gente topa tamb�m."

Est�o paralisadas as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. As linhas 4-Amarela e 5-Lil�s, assim como a CPTM, continuar�o funcionando normalmente.


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