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Estado de Minas

COVID: depois do Maranh�o, Cear� monitora caso suspeito da variante indiana

Homem que desembarcou em Fortaleza vindo da �ndia � acompanhado. Ministro diz que governo trabalha para que micro-organismo n�o se espalhe


22/05/2021 12:11 - atualizado 22/05/2021 12:29

(foto: Mlungisi Mbele/AFP)
(foto: Mlungisi Mbele/AFP)

O Cear� monitora um caso suspeito da variante B.1.617 do coronav�rus, que surgiu na �ndia. O estado informou, nesta sexta-feira (21/5), que havia sido notificado pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) sobre a suspeita no in�cio da semana. Por�m, especialistas acreditam que a muta��o do micro-organismo j� teria se espalhado pelo pa�s.

O paciente, que est� em Fortaleza, voltou de uma viagem � �ndia em 9 de maio. Segundo a Secretaria da Sa�de do Cear� (Sesa), o infectado tem 35 anos, fez dois exames RT-PCR, em 10 e 11 de maio, e ambos deram positivo. Uma semana depois, repetiu o exame e o resultado foi negativo. O colega de empresa que o acompanhou durante a viagem tamb�m fez testes para identificar a infec��o por coronav�rus, em 10 e 12 de maio, que deram negativos.

A secretaria informou que todas as pessoas que chegam ao Cear� oriundas de pa�ses com circula��o de variantes devem cumprir quarentena de 14 dias, o que est� sendo respeitado pelos viajantes e monitorado pela pasta. A Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) est� fazendo o sequenciamento gen�mico para determinar se o homem foi infectado pela variante indiana. A Sesa disse que est� acompanhando o processo.

Na �ltima quinta-feira (20/5), o Maranh�o confirmou os primeiros casos da variante indiana no Brasil. Os pacientes est�o a bordo do navio MV Shandong da Zhi, procedente da �frica do Sul. Ao todo, 15 tripulantes da embarca��o testaram positivo para a COVID-19 e pelo menos seis foram infectados pela cepa B.1.617. Um deles est� internado na UTI em um hospital privado de S�o Lu�s. Nas �ltimas semanas, a variante foi detectada em 44 pa�ses.

O navio est� fundeado a 50 quil�metros da costa e ainda n�o tem permiss�o para atracar no porto maranhense. Todos os tripulantes est�o isolados em cabines individuais.

A variante B.1.617 foi classificada pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) como uma "preocupa��o global" porque pode ter capacidade de transmiss�o maior do que a cepa original do v�rus. No entanto, a institui��o ressalta que as vacinas protegem contra "todas as variantes" do vetor da COVID-19.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro proibiu voos internacionais com origem ou passagem pela �ndia.

Problema

O ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, reconheceu, nesta sexta-feira (21/5), que a variante indiana representa um problema global, motivo pelo qual determinou bloqueios em aeroportos e portos - sobretudo na regi�o Sul, pois a Argentina tem mais casos confirmados com a B.1.617. E disse que a Anvisa foi muito eficiente ao detectar e isolar os suspeitos.

Como forma de tentar frear o avan�o da B.1.617, a cidade de S�o Paulo quer criar barreiras sanit�rias em aeroportos, segundo o secret�rio da Sa�de, Edison Aparecido, e tra�ar um plano conjunto coordenado pelo Minist�rio da Sa�de e pela Anvisa. "Ele (o ministro Marcelo Queiroga) disse que seria muito importante haver uma estrat�gia comum".

(Colaboraram Bruna Lima, Alexia Oliveira* e Gabriela Bernardes*, estagi�rias* sob a supervis�o de Fabio Grecchi)

SRAG avan�a e preocupa


Dados da nova edi��o do Boletim do InfoGripe, da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) - que monitora a situa��o no pa�s de casos de s�ndrome respirat�ria aguda grave (SRAG) -, mostram que alguns estados tendem a ter um aumento no n�mero de casos, inclusive aqueles que apresentaram redu��o nas �ltimas semanas. De acordo com a entidade, as infec��es subiram de forma preocupante em oito das 27 unidades da federa��o.

O levantamento mostra que houve crescimento de casos de SRAG no Amazonas, no Maranh�o, em Mato Grosso do Sul, na Para�ba, no Paran�, no Tocantins, no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.

Nos demais, h� ind�cios de interrup��o da tend�ncia de queda na Bahia, no Esp�rito Santo, em Goi�s, em Mato Grosso, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, em Sergipe e em S�o Paulo. Minas Gerais e Piau� apresentariam estabiliza��o, por�m, segundo o InfoGripe, n�o se pode afirmar que realmente est�o em condi��o est�vel. Os n�meros se referem � Semana Epidemiol�gica 19, de 9 a 15 de maio.

A incid�ncia de doen�as respirat�rias, que, em casos graves, demandam hospitaliza��o ou resultam emn mortes, podem ser causadas por v�rios v�rus respirat�rios, mas, atualmente, s�o em grande parte provocadas por infec��es da COVID-19. Neste ano, aproximadamente 99% dos �bitos por SRAG foram originados em infec��es pelo novo coronav�rus.

De acordo com Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, a retomada das atividades de maneira precoce pode levar a um quadro de interrup��o da queda ainda em valores muito distantes de um cen�rio de seguran�a. A pesquisa tamb�m revelou que os �bitos por SRAG, independentemente de presen�a dos sintomas da COVID-19, encontram-se muito altos. Desde 2020 at� o �ltimo boletim, foram registrados 306.079 �bitos.

* Estagi�rias sob a supervis�o de Andreia Castro

 
Sa�de, agora, testar� em massa


Com 446.309 mortos e quase 16 milh�es de positivos para a COVID-19, o Minist�rio da Sa�de pretende, finalmente, ampliar a testagem em massa para detectar o v�rus para romper cadeias de transmiss�o. O objetivo � "possibilitar uma retomada das atividades econ�micas de forma mais segura", como afirmou, nesta sexta-feira (21/5), o ministro Marcelo Queiroga. A estrat�gia - de testar n�o somente os casos sintom�ticos, mas de buscar infectados - se assemelha ao planejamento feito durante a gest�o de Luiz Henrique Mandetta, que n�o saiu do papel com a sa�da do ex-ministro.


"Vamos checar a capacidade de testagem dos estados e munic�pios para que a gente, de fato, consiga adotar essa estrat�gia t�o importante nesse cen�rio para retomar atividades", disse o secret�rio-executivo Rodrigo Cruz. O tema ser� pauta da pr�xima reuni�o tripartite, com os conselhos estaduais e municipais de sa�de (Conass e Conasems), nesta segunda-feira (24/5).


O minist�rio tem um plano detalhado de como ser� essa testagem em massa, mas aguarda o aval dos gestores locais para divulg�-lo na �ntegra. Se aprovado, a ideia � que entre em a��o j� na pr�xima semana, com a distribui��o de tr�s milh�es de testes r�pidos, do tipo ant�geno, que detectam a presen�a da covid-19 enquanto a pessoa est� infectada - assintom�tica ou n�o.


A estrat�gia, a princ�pio, ser� dividida em tr�s eixos: um que garanta a testagem de todos os casos sintom�ticos; outro que fa�a busca ativa, ou seja, alcance pessoas que n�o apresentam indica��es para a doen�as ou estejam em fase pr�-sintom�tica; e um de soropreval�ncia, testando uma amostra populacional para acompanhar a transmissibilidade do v�rus.


O �ltimo eixo deve realizar os testes nas casas das pessoas, escolhidas aleatoriamente. J� na busca ativa, a estrat�gia � fazer diagn�sticos em locais de grande circula��o, entre profissionais que est�o em constante circula��o. "Vamos buscar de forma ativa testar essas pessoas para identificar o come�o da infec��o, isolando e evitando a transmissibilidade do v�rus", explicou Cruz.


Questionado pelo Correio sobre o impacto de uma tardia testagem em massa, Queiroga preferiu apenas ressaltar a import�ncia do rastreamento da transmiss�o que, com a vacina��o, � o caminho para a volta ao normal. "Temos que olhar para frente. A vacina��o cresce a cada dia e o governo tem feito um esfor�o muito forte para isso", disse.


Apesar da chegada da testagem em massa mais de um ano depois de sugerida como estrat�gia contra o avan�o do novo coronav�rus, a ideia realizar de 10 milh�es a 25 milh�es de provas mensalmente, variando de acordo com a gravidade da transmiss�o.


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