Para conter cepa indiana, Sa�de implementa barreiras sanit�rias

Para tentar conter a entrada da variante indiana da covid-19 no Brasil, o Minist�rio da Sa�de anunciou neste s�bado, 22, a implementa��o de barreiras sanit�rias em aeroportos, rodovi�rias e grandes rodovias. O governo tamb�m envia neste domingo, 23, 600 mil testes r�pidos de ant�geno ao Maranh�o, onde j� houve confirma��o de um paciente com a nova cepa, para que sejam usados em estrat�gias de bloqueio. Outras 2,4 milh�es de unidades ser�o destinadas aos demais Estados, com foco principalmente em �reas de fronteira e terminais com grande fluxo de passageiros.

No Maranh�o, os testes ser�o usados em aeroportos e demais locais de entrada no Estado. As pessoas que apresentarem resultado positivo far�o exame do tipo RT-PCR, considerado "padr�o ouro", cujos resultados ser�o submetidos a uma investiga��o mais detalhada para identificar qual variante foi respons�vel pela contamina��o.

"A variante indiana � algo que tem nos causado preocupa��es. Nosso receio � que esse tipo de variante passe a ter uma transmiss�o comunit�ria", afirmou o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, em entrevista coletiva convocada para o in�cio da noite deste s�bado, 22. A nova estrat�gia foi anunciada no momento em que as a��es do governo para combater a covid-19 s�o alvo da CPI da Covid no Senado Federal.

A pasta tamb�m vai, em parceria com a Prefeitura de S�o Paulo, monitorar passageiros provenientes do Maranh�o que se dirigirem � capital paulista por estradas. Ser�o realizados exames nas principais estradas como Fern�o Dias e Dutra, e na Rodovi�ria do Tiet�. Essas medidas, segundo o minist�rio, ser�o ampliadas para outras capitais e Estados.

Apesar das medidas emergenciais, o ministro frisou que ainda n�o h� qualquer ind�cio de transmiss�o comunit�ria da variante indiana no Brasil. Ele reconheceu, por�m, que antes da proibi��o dos voos vindos da �ndia, pode ter havido entrada de passageiros vindos daquele Pa�s. Esses casos, segundo ele, ser�o avaliados pelo minist�rios. "Trabalharemos para conter poss�vel transmiss�o comunit�ria da variante indiana", disse.

Os testes que ser�o enviados ao Maranh�o s�o de ant�geno e chegaram recentemente ao Brasil. O Minist�rio da Sa�de, por�m, j� foi alvo de determina��o do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) para que distribua outros 3 milh�es de testes do tipo RT-PCR armazenados em um galp�o de S�o Paulo, prestes a terem os prazos de validade vencidos, como revelou o Estad�o em novembro.

Outras medidas. Queiroga tamb�m ressaltou a import�ncia de medidas n�o farmacol�gicas, como distanciamento social e uso de m�scara, para conter a transmiss�o do v�rus. No entanto, ele n�o fez nenhuma men��o � aglomera��o provocada pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, 21, durante agenda no Maranh�o, justamente o Estado onde foi registrado o caso da nova variante.

"Enfrentar uma pandemia � muito complexo. Preciso trabalhar aqui de maneira harm�nica, determinada, para que consigamos vencer essa situa��o. Contamos com a colabora��o de todos. Das autoridades sanit�rias, mas, sobretudo, de cada um dos brasileiros", disse o ministro.

Ap�s a entrevista, o governador do Maranh�o, Fl�vio Dino (PCdoB), criticou Queiroga e disse que n�o foi acionado para tratar dos riscos da nova variante.

"Incr�vel essa entrevista coletiva do ministro da Sa�de. Ele diz que debateu sobre o Maranh�o com os secret�rios municipais de Sa�de de S�o Paulo e do Rio. E com o prefeito de Guarulhos. Menos com o governo do Maranh�o. � imposs�vel at� entender o que eles far�o", escreveu, no Twitter.

O crit�rio para o envio aos demais estados dos outros 2,4 milh�es de testes r�pidos ser� definido em reuni�o com os conselhos de secret�rios estaduais e municipais de sa�de na pr�xima segunda.