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Estado de Minas RIO DE JANEIRO

Petr�polis: arque�logos resgatam vest�gios do per�odo imperial

Peda�os de lou�a inglesa, brinquedos, lembran�as da imigra��o alem� e fragmentos de constru��es da cidade est�o sendo separados por t�cnicos e arque�logos


25/05/2021 09:40

(foto: Luana Bastos/TM/Divulgacao)
(foto: Luana Bastos/TM/Divulgacao)
Em Petr�polis, na regi�o serrana do Rio de Janeiro, o que ficou sob a terra h� pelo menos 137 anos passou a ser resgatado a partir desta segunda-feira (24/5). Peda�os de lou�a inglesa, de brinquedos, lembran�as da imigra��o alem� e fragmentos de constru��es da cidade que, por muitas vezes, serviu � corte no per�odo do imp�rio est�o sendo separados por uma equipe de t�cnicos e arque�logos. Tudo isso no entorno do Pal�cio de Cristal, um dos pontos tur�sticos mais famosos da cidade.

O resgate das pe�as hist�ricas enterradas a poucos palmos do ch�o come�ou meio que por efeito colateral. Em 2019, a prefeitura da cidade decidiu fazer obras de melhorias na Pra�a da Conflu�ncia, onde foi constru�do o Pal�cio de Cristal. As interven��es visavam adequar o local a boas pr�ticas de acessibilidade, construir banheiros e resolver um problema cr�nico da �rea: o sistema el�trico.

Desde sempre - e isso remonta ao s�culo 19 -, a pra�a abriga feiras, exposi��es e outros eventos. E, toda vez que isso acontecia, a prefeitura se via obrigada a puxar cabos de energia pelo alto, atrapalhando a vista do belo pal�cio. A solu��o encontrada foi aterrar os cabos. Mas bastou a construtora respons�vel pelo trabalho abrir as primeiras valas para o Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) embargar a obra, em fevereiro do ano passado. O motivo: aus�ncia de Projeto de Monitoramento Arqueol�gico. Desde ent�o, a �rea est� fechada.

O projeto de monitoramento foi aprovado recentemente. E ontem, finalmente, os t�cnicos come�aram a busca por pe�as enterradas na �rea que podem ajudar a contar um pouco mais sobre a rica hist�ria de Petr�polis.
"Este � um espa�o que foi utilizado para festas, feiras, exposi��es e outros eventos isolados. Toda essa forma de ocupa��o deixa um reflexo. Em princ�pio, n�o se encontrar�o vest�gios dom�sticos, de uma casa, mas alguma coisa que foi perdida, alguma coisa de obra, ou associadas a essas exposi��es", explicou � reportagem Giovani Scaramella, cuja empresa, a Grifo Arqueologia, foi contratada para acompanhar as escava��es.
(foto: Luana Bastos/TM/Divulgacao)
(foto: Luana Bastos/TM/Divulgacao)
Por ora, o trabalho vai se concentrar nas valas que j� haviam sido abertas antes que o Iphan determinasse a interrup��o dos trabalhos. "Pelo que j� deu para observar nessas trincheiras, temos tijolos, fragmentos de constru��o, de lou�a, vidro e alguma coisa de tubula��o", contou.

Apesar de, em um primeiro momento, tais fragmentos por si s� n�o parecerem um grande atrativo aos olhos do p�blico, para os estudiosos eles t�m valor consider�vel, porque ajudam a entender melhor a pr�pria forma��o do local. "A gente consegue resgatar o passado n�o apenas pelos registros escritos, mas tamb�m com os registros materiais", ponderou a historiadora Roselene Martins, que tamb�m atua no levantamento.

Todas as pe�as que forem recolhidas ser�o levadas para um laborat�rio, higienizadas e passar�o por an�lise. Um peda�o de lou�a ou um simples caco de vidro, por exemplo, podem ser suficientes para pesquisadores descobrirem de onde eles vieram - e isso � capaz de ajudar a entender um pouco mais sobre a pr�pria din�mica de constru��o da cidade.

Al�m disso, h� a inten��o de se criar uma pequena �rea para exposi��o de algumas das melhores pe�as no p�rtico de acesso � Pra�a da Conflu�ncia - isso, claro, quando o Pal�cio de Cristal voltar a receber p�blico. A previs�o inicial � de que os trabalhos durem cinco meses.


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