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Estado de Minas GERAL

Roche oferece testes gratuitos ap�s ter parecer contr�rio de coquetel pelo SUS


27/05/2021 15:04

Ap�s a Comiss�o Nacional de Incorpora��o de Tecnologias (Conitec) emitir um parecer inicial contr�rio � inclus�o do coquetel de anticorpos Regn-Cov2 no SUS, a farmac�utica Roche, uma das desenvolvedoras do produto, prop�s ofertar gratuitamente ao sistema p�blico testes r�pidos de detec��o da covid para facilitar a log�stica de uso do rem�dio.

A dificuldade de aplica��o do medicamento dentro do per�odo indicado pelo fabricante (em at� 10 dias ap�s o in�cio dos sintomas) foi uma das raz�es apontadas pela Conitec para n�o recomendar a incorpora��o da droga.

"A aplica��o do medicamento traz um desafio log�stico, j� que a tecnologia � de uso hospitalar e deve ser aplicada nos primeiros 10 dias de infec��o pelo v�rus Sars-CoV-2. Assim, caso se realize o teste no terceiro dia de doen�a e o resultado seja comunicado em mais tr�s dias, haveria apenas quatro dias para localizar o paciente", apontou a comiss�o em parecer divulgado no �ltimo dia 17.

Diante do empecilho apontado pela comiss�o federal, a Roche diz ter feito uma nova proposta de negocia��o junto ao Minist�rio da Sa�de para ofertar at� 600 mil testes de ant�geno, que detectam a infec��o aguda pelo coronav�rus.

"Compreendemos o argumento de que o uso da medica��o adiciona complexidade ao sistema de sa�de, mas, frente ao benef�cio que ele traz para evitar interna��es, poderemos oferecer testes sem custo que podem detectar a doen�a em 30 minutos e facilitar esse uso", explica Lenio Alvarenga, diretor de Acesso e M�dico da Roche Farma Brasil.

O volume de 600 mil testes foi calculado com base em 150 mil doses do medicamento que seriam incorporadas em caso de parecer favor�vel da Conitec. Alvarenga explica que como a taxa de positividade de exames de covid tem sido de cerca de 25% no Pa�s, a previs�o � de oferta de quatro testes para cada um positivo. Cada dose � suficiente para o tratamento de um paciente (a terapia � feita com uma �nica aplica��o por infus�o).

Cada tratamento custaria cerca de R$ 6,9 mil, mas, segundo an�lise da Conitec, geraria uma economia anual de R$ 76 milh�es ao SUS ao evitar custos maiores com hospitaliza��es.

O coquetel recebeu autoriza��o para uso emergencial da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) em abril e � indicado apenas para pacientes com quadros leves e moderados de covid e com algum fator de risco para o agravamento da doen�a. Os testes, portanto, privilegiariam esse grupo. Para essa popula��o, o coquetel � capaz de reduzir em 70% o n�mero de interna��es pela covid, segundo estudos cl�nicos conduzidos pela farmac�utica.

Mas a dificuldade de uso n�o � a �nica justificativa da Conitec para n�o recomendar a inclus�o do medicamento no SUS. Embora a comiss�o reconhe�a um poss�vel benef�cio na preven��o de interna��es e �bitos e economia ao sistema de sa�de, ela considera que o n�vel de evid�ncias sobre o desempenho da droga ainda � baixo.

"Os dados sobre o uso do medicamento s�o preliminares e a descri��o dos m�todos de condu��o dos estudos n�o foram apresentados com detalhes, podendo apresentar alto risco de confus�o nos resultados", declarou a comiss�o no parecer.

Alvarenga justifica que essa interpreta��o deve-se ao fato de a an�lise da Conitec ter sido feita antes da publica��o dos resultados do estudo em revista cient�fica revisada por pares.

"A comiss�o avalia que o n�vel de evid�ncia n�o � ideal porque trabalhou s� com os dados apresentados pela empresa, mas, desde ent�o, j� finalizamos o artigo e publicamos em uma plataforma pr�-print", diz o diretor, referindo-se ao site MedRxiv, onde a primeira vers�o do artigo foi publicada no dia 21.

Ele afirma ainda que o trabalho j� foi submetido a peri�dicos cient�ficos para a revis�o de outros cientistas e que o medicamento j� est� em uso nos sistemas de sa�de de pelo menos oito pa�ses, como Estados Unidos, Alemanha e Fran�a.

Ele destaca ainda que, na ter�a-feira, 25, a FDA, ag�ncia regulat�ria americana, recomendou o uso da medica��o em pacientes de risco que vivem em �reas de circula��o da P.1, variante brasileira do coronav�rus mais transmiss�vel, diante de ind�cios de que o coquetel � capaz de frear a atividade da cepa.

Ap�s o parecer inicial da Conitec, o assunto foi colocado em consulta p�blica que segue aberta at� esta quinta-feira, 27. Ap�s a an�lise das contribui��es, a comiss�o dever� se reunir novamente para emitir um parecer final sobre a incorpora��o da droga no sistema p�blico de sa�de.

O Minist�rio da Sa�de foi questionado sobre a negocia��o com a Roche e o prazo para a elabora��o do parecer final pela Conitec, mas n�o respondeu.


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