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Estado de Minas GERAL

Vereadora negra do RJ critica abordagem policial com xingamento e armas apontadas


28/05/2021 21:41

A vereadora do Rio Tain� de Paula (PT), de 38 anos, foi abordada por quatro policiais militares, na noite de quinta-feira, 28, e chamada de "vagabunda" pelos agentes. Durante uma revista de rotina em uma rua da Tijuca (zona norte), os PMs mantiveram armas apontadas para ela e as outras tr�s pessoas, segundo relatou a petista. Ela e os demais ocupantes do ve�culo s�o negros.

Tain� havia sa�do da C�mara Municipal e seguia para casa, em um carro blindado, acompanhada por dois assessores e o motorista, por volta das 21h. "Quando est�vamos na Mem de S�, uma pessoa em uma moto come�ou a nos seguir", contou a vereadora. "Era uma moto comum, n�o tinha identifica��o da PM, apenas um luminoso vermelho, e a pessoa n�o chegou a dar nenhuma ordem para que par�ssemos. Mesmo se desse, seria imprud�ncia parar, porque n�o havia nenhuma identifica��o."

Quando o carro estava na Rua Doutor Satamini, na Tijuca (zona norte), na altura da Rua Dom�cio da Gama, segundo a vereadora, tr�s policiais, um em cada moto, se juntaram ao homem que estava na moto n�o identificada. Mandaram o carro parar. Para isso, interromperam todo o tr�nsito na rua.

"Havia tr�s homens e uma mulher, que mandaram a gente descer do carro, com as armas apontadas para n�s", relatou. "Fui chamada de vagabunda, e mesmo quando falamos que eu sou vereadora a conduta deles n�o mudou. Continuaram apontando as armas para n�s", afirmou.

Segundo ela, no come�o os policiais aparentemente duvidaram que ela fosse da C�mara Municipal. Vistoriaram o carro e conferiram os documentos de todos, e s� no final se convenceram de que se tratava de uma parlamentar.

"Eles ainda reclamaram que o carro n�o parou quando foi abordado pelo primeiro PM. Ora, ele n�o deu nenhum sinal para parar, e n�o estava identificado", disse a vereadora. "Essa conduta n�o pode ser normalizada. Ficar com a arma apontada pra gente e ser chamada de vagabunda n�o tem cabimento."

Tain� disse que vai registrar uma reclama��o por interm�dio da C�mara. "J� falei com o (Carlo) Caiado (vereador pelo DEM e presidente da C�mara), e a C�mara vai oficiar � secretaria de Pol�cia Militar para que tome provid�ncias. Esse tipo de abordagem n�o pode continuar".

Uma coincid�ncia tornou a abordagem mais assustadora. Aconteceu a apenas 800 metros do local onde a tamb�m vereadora Marielle Franco (PSOL) foi morta, em mar�o de 2018.

Negra e criada na Pra�a Seca, na zona oeste do Rio, palco de constantes confrontos entre milicianos, traficantes e policiais, a vereadora conta que j� foi v�tima de abordagens truculentas outras vezes. "Mas isso n�o torna a atitude correta. Precisamos reclamar, toda vez que isso acontecer", reiterou.

O Estad�o pediu esclarecimentos � Pol�cia Militar. A corpora��o respondeu com uma pergunta: "A comunicante informou se formalizou algum registro na Ouvidoria ou Corregedoria da corpora��o?" A reportagem informou n�o ter conhecimento disso, e a PM n�o se manifestou mais, at� a publica��o desta reportagem.


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