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Estado de Minas COVID-19

Pesquisa em Serrana comprova efetividade da Coronavac entre idosos

Dados preliminares foram apresentados nesta segunda-feira, 31, em coletiva de imprensa do Instituto Butantan


31/05/2021 16:31 - atualizado 31/05/2021 17:02

(foto: Divulgação )
(foto: Divulga��o )

A vacina��o em massa da popula��o de Serrana com a Coronavac demonstrou que o imunizante � efetivo tamb�m para evitar hospitaliza��es e mortes entre idosos maiores de 70 anos. Dados preliminares foram apresentados nesta segunda-feira, 31, em coletiva de imprensa do Instituto Butantan.

O munic�pio do interior paulista foi escolhido por pesquisadores para um estudo sobre os efeitos da vacina��o em massa na popula��o adulta. Ao todo, 27.160 mil habitantes acima de 18 anos receberam as duas doses da Coronavac em uma campanha finalizada em meados de abril.

De acordo com dados apresentados pelo diretor m�dico de pesquisa cl�nica do Butantan, Ricardo Palacios, o n�mero de hospitaliza��es e mortes na faixa et�ria superior aos 70 anos foi reduzido a zero ap�s a semana epidemiol�gica 14 (meio de abril), quando 95% dos adultos de Serrana j� estavam vacinados. Foram registradas apenas uma morte e uma interna��o nessa faixa et�ria, mas entre indiv�duos n�o imunizados. Antes da conclus�o da vacina��o de toda a cidade, o n�mero de registros do tipo chegou a cinco por semana nesse grupo populacional.

Na coletiva, o Butantan reafirmou os dados divulgados no domingo de que a oferta de Coronavac � toda popula��o adulta diminuiu em 95% a incid�ncia de �bitos por COVID-19 na cidade do interior paulista, contando popula��o vacinada e n�o vacinada. Os dados preliminares foram divulgados pelo Fant�stico, da TV Globo, e confirmados pelo Estad�o.

A incid�ncia de casos sintom�ticos por 100 mil habitantes caiu 80% e a de interna��es foi reduzida em cerca de 86%. Esses �ndices comparam os �ndices observados entre as semanas epidemiol�gicas 6 e 14 (7 de fevereiro a 10 de abril), quando a aplica��o da segunda dose foi conclu�da na cidade, aos dados das semanas 15 a 19 (11 de abril a 15 de maio), quando toda a popula��o adulta j� estava vacinada.

Os dados absolutos n�o foram detalhados, mas o Butantan explicou que eles ser�o publicados em artigo cient�fico futuramente. N�o � poss�vel saber, portanto, quais foram os n�meros exatos de infec��es, hospitaliza��es e mortes em cada semana nem quantos idosos de mais de 70 anos foram vacinados e se a amostra tem a chamada signific�ncia estat�stica - quando ela � grande o suficiente para conclus�es definitivas.

Um dado parcial apresentado pelo instituto mostrou que o n�mero de hospitaliza��es considerando todas as faixas et�rias foi de 43 no per�odo entre a aplica��o das duas doses, caiu para 5 no per�odo que a popula��o tinha recebido a segunda dose h� menos de duas semanas e baixou para duas interna��es quando j� havia se passado mais de 14 dias da segunda aplica��o, quando o imunizante alcan�a a efici�ncia m�xima.

J� o total de �bitos nos tr�s per�odos mencionados foi de 7, 1 e zero, respectivamente. N�o houve detalhamento sobre as datas consideradas para cada an�lise.

Segundo Palacios, os dados demonstram o efeito tamb�m indireto da campanha de vacina��o em massa na prote��o at� dos n�o vacinados. "Isso reflete a somat�ria do efeito direto e indireto da vacina, ou seja, entre as pessoas que recebem a vacina e o efeito indireto da redu��o da transmiss�o do v�rus. O efeito da vacina � t�o forte que ele consegue proteger aqueles que nao foram vacinados em idades mais avan�adas", declarou Palacios.

Para o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, o resultado da pesquisa indica que n�o h� necessidade de revacinar ou dar dose de refor�o a idosos que receberam a Coronavac. "Os dados que temos n�o indicam isso. Esses resultados (de estudos que indicam menor efetividade da vacina em idosos com mais de 80 anos) s�o preliminares, de bancos de dados. Aqui n�o, aqui a realidade foi estudada, as pessoas foram acompanhadas, ent�o fiquem tranquilos", disse Covas.

De acordo com o diretor, isso vale tamb�m para as crian�as e adolescentes, que n�o podem ser vacinadas porque estudos em menores de idade ainda est�o sendo realizados para comprovar a seguran�a do produto nesse p�blico. O Butantan verificou queda nas hospitaliza��es de menores de 18 anos ap�s a imuniza��o em massa.

"Vacinar os adultos vai criando uma barreira de prote��o nas crian�as. Esse dado � extremamente importante para a retomada das aulas. Vemos que n�o ser� necess�rio vacinar as crian�as para poder retomar as atividades escolares."

Ainda segundo a pesquisa do Butantan, o controle da pandemia no munic�pio se deu quando 75% da popula��o eleg�vel estava vacinada, o que indica que esse � o porcentual de imunizados que precisar�amos ter no Pa�s para atingir a imunidade de rebanho pela vacina e frear o v�rus.

No momento, com a campanha nacional de imuniza��o em ritmo lento, o Brasil tem 21% de vacinados com a primeira dose, dos quais apenas 10% receberam tamb�m a segunda aplica��o.

"Os resultados demonstram de maneira categ�rica o que poderia estar acontecendo no Brasil inteiro n�o fosse o atraso na vacina��o. Demonstra que s� existe um caminho para controlar a pandemia no Brasil: vacina, vacina e vacina para todos os brasileiros", disse o governador Jo�o Doria durante a coletiva.

Os pesquisadores do Butantan destacaram que a pesquisa tamb�m demonstra efetividade da Coronavac contra a variante P.1 j� que o per�odo dos estudos coincide com o momento que a cepa tornou-se predominante no interior do Estado.

Para comprovar que o desempenho de Serrana n�o foi decorrente apenas de uma melhora no cen�rio epidemiol�gico, o Butantan comparou os dados do munic�pio com o de 15 cidades vizinhas. A maioria desses locais registram alta no n�mero de infectados e alguns, como Brodowski, est� � beira do colapso no sistema de sa�de.

Pesquisa teve alta ades�o da popula��o e demonstrou seguran�a do imunizante

Antes da realiza��o da pesquisa em Serrana, o munic�pio precisou realizar um censo para ter o n�mero exato de moradores por faixa et�ria. O inqu�rito mostrou popula��o de 45.644 pessoas, das quais 28.830 t�m 18 anos ou mais, grupo considerado p�blico-alvo da pesquisa. Destes, 27.160 receberam as duas doses da Coronavac, o equivalente a uma ades�o de 95,7%.

Os dados do estudo em Serrana tamb�m reafirmaram a seguran�a da Coronavac. De acordo com dados apresentados por Marcos Borges, diretor do Hospital Estadual localizado na cidade, foram administradas 54.882 doses na popula��o e registrados 67 eventos adversos graves, nenhum deles relacionado � vacina��o.

O �ndice geral de eventos adversos foi de 4,4% da primeira dose, a maioria deles leves. Somente 0,02% dos vacinados tiveram registros de efeitos grau 3 ou superior, mas a maioria teve dor de cabe�a ou muscular.


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