O Boletim do Observat�rio Covid-19 Fiocruz constatou tend�ncia de crescimento de casos de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG) em 12 Estados do Pa�s e no Distrito Federal, na 21� semana epidemiol�gica, entre 23 e 29 de maio. H� duas semanas, a tend�ncia de aumento era registrada em apenas oito das 27 unidades da federa��o.
Segundo o boletim, todas as regi�es apresentam indicadores preocupantes, mas a situa��o � mais grave nos Estados da regi�o Sul e Centro-Oeste. Aproximadamente 96% dos casos de SRAG s�o causados pelo novo coronav�rus. Os especialistas alertam para o risco iminente de um recrudescimento da pandemia no Pa�s nas pr�ximas semanas.
Os pesquisadores chamam a aten��o para a proximidade do inverno, quando o atual cen�rio da pandemia pode se exacerbar, com o surgimento de mais casos de covid-19 e de outras doen�as respirat�rias, que tamb�m demandam leitos hospitalares.
A situa��o � igualmente preocupante no que diz respeito � ocupa��o de leitos de UTI para covid-19. Todos os Estados das regi�es Nordeste, Sul e Centro-Oeste e a maior parte da Sudeste (com exce��o do Esp�rito Santo) est�o com a ocupa��o em n�veis considerados cr�ticos (igual ou maior que 80%) ou extremamente cr�ticos (igual ou maior que 90%). Dezessete capitais tamb�m est�o em n�veis cr�ticos ou extremamente cr�ticos.
Especialistas explicam que as taxas de ocupa��o de leitos de UTI s�o "a ponta do iceberg" e que o Brasil ainda n�o alcan�ou uma queda sustentada do n�mero de casos e �bitos.
"H� duas semanas j� havia um sinal de piora da situa��o que agora se confirmou", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. "Quando olhamos a tend�ncia de crescimento nesses Estados e de estabiliza��o nos outros, isso aponta para um piora da situa��o. Nos pr�ximos dias vamos ver tamb�m um aumento no n�mero de �bitos."
Gomes voltou a falar da import�ncia da ado��o de medidas preventivas de distanciamento social. "Neste momento ainda n�o podemos contar com o efeito de prote��o coletivo das vacinas", explicou. "Ent�o a �nica sa�da � adotarmos o quanto antes as medidas que j� conhecemos, distanciamento social, redu��o de servi�os presenciais, evitar aglomera��es; n�o tem outro jeito."
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