
Um dos posts foi publicado um dia depois do crime. Na carta, Ana se refere a Jonathan como “a �nica pessoa que tem al�m do filho”. “A per�cia fez seu trabalho. Os policiais fizeram o trabalho deles. Foi leg�tima defesa. Mas eu daria tudo pra voltar no tempo e ter levado mais o que fosse e ficado quieta, at� voc� se acalmar. Preferia termos nos separado e termos seguido nossas vidas, termos uma amizade. Mas, dessa vez, eu n�o fiquei quieta. Minha vida acabou. Amor, me perdoa!!! Eu queria ter te arranhado, era uma faca de mesa pequena, a primeira coisa que vi na minha frente, pra voc� parar de nervosismo e me pedir perd�o como sempre acontecia e tudo se normalizar”, escreveu.
Jonathan foi atingido com uma facada no peito. Como consta no boletim de ocorr�ncia registrado na 27ª Delegacia de Pol�cia (Recanto das Emas), Ana alegou em depoimento que estava na companhia do marido, quando os dois come�aram a discutir, momento em que, segundo ela, o homem a teria lhe dado um soco no peito e a enforcado. Ap�s soltar ela, a mulher foi at� a cozinha, pegou uma faca com serra e desferiu contra o peito do rapaz. No momento do golpe, o rapaz estava com um colch�o � frente do corpo.
“Quando voc� baixou o colch�o e eu vi, entrei em desespero. Me vesti r�pido e gritei por ajuda, chamei os vizinhos pra te colocar no carro. Corremos pra UPA. Eu voltei para casa pra pagar seu documento e busquei minha m�e pra me acompanhar. Deixei ela entrar e fiquei orando no carro. Eu fiz votos, promessas, pedi tanto a Deus”, desabafou Ana por meio das redes.
Em uma outra publica��o postada nesta segunda-feira (7/6), Ana afirma que o filho do casal est� adoecendo e gripado. “Perguntei algo e ele me respondeu: ‘M�e, se voc� morrer com essa idade, por tristeza e n�o por velhice, eu te busco at� no inferno. Eu suportaria perder qualquer pessoa, menos a senhora. [...] Estou destru�da, amor. �ramos s� n�s tr�s. Caramba, amor! N�o era f�cil convivendo. Mas longe era muito pior. Agora eu me arrependo amargamente por n�o termos procurado ajuda para parar com as brigas. [...] Tenho que lidar com minha dor sozinha, amor. N�o tem voc�. Agora parece que n�o tem nada mais. S� o Vitor mesmo. Eu morri”, finalizou.
O crime
Policiais militares foram acionados por funcion�rios da UPA do Recanto das Emas sobre o ocorrido e chegaram ao local poucos minutos depois, onde localizaram a jovem e a prenderam em flagrante. Na delegacia, ela alegou leg�tima defesa, o que n�o ficou comprovado.
Durante a audi�ncia, o juiz que presidiu a sess�o, Newton Mendes de Arag�o, entendeu que, “apesar da gravidade dos fatos, h� indicativos que antes da conduta em si houve uma briga com investida f�sica, o que recomenda prud�ncia com eventual ado��o de medidas cautelares mais dr�sticas”. A defesa de Ana Cl�udia se manifestou pela concess�o da liberdade provis�ria, sem a fixa��o de fian�a.
“N�o h� indicativos concretos de que o custodiado pretenda furtar-se � aplica��o da lei penal, tampouco de que ir� perturbar gravemente a instru��o criminal ou a ordem p�blica”, justificou o juiz ao conceder a liberdade provis�ria. A mulher, no entanto, ter� de cumprir algumas medidas cautelares. Ela ter� de comparecer a todos os atos do processo e est� proibida de ausentar-se do DF por mais de 30 dias ou de mudar de endere�o sem comunicar a Justi�a.