O Carrefour fechou nesta sexta-feira, 11, um acordo em que prev� o pagamento de R$ 115 milh�es no �mbito de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com autoridades do Rio Grande do Sul ap�s o espancamento e morte de Jo�o Alberto Silveira Freitas, o Beto Freitas. O crime ocorreu em novembro de 2020 em uma unidade do supermercado em Porto Alegre. O valor vai ser aplicado ao longo de tr�s anos em uma s�rie de a��es divulgadas pela empresa.
"O termo assinado n�o reduz a perda irrepar�vel de uma vida, mas � mais uma medida tomada com o objetivo de ajudar a evitar que novas trag�dias se repitam. Com este novo passo, o Grupo Carrefour Brasil refor�a sua postura antirracista, ampliando sua pol�tica de enfrentamento � discrimina��o e � viol�ncia, bem como da promo��o dos direitos humanos em todas as suas lojas", afirmou em nota � imprensa No�l Prioux, presidente do Grupo Carrefour Brasil.
O grupo disse que, passados seis meses do caso, os membros da fam�lia da v�tima foram indenizados, o modelo de seguran�a nas lojas foi reformulado e compromissos assumidos v�m sendo postos em pr�tica com objetivo de combater o racismo e promover a equidade.
O TAC foi celebrado entre o Carrefour e o Minist�rio P�blico do Estado do Rio Grande do Sul, o Minist�rio P�blico Federal, o Minist�rio P�blico do Trabalho, a Defensoria P�blica do Estado do Rio Grande Do Sul, a Defensoria P�blica da Uni�o e as entidades Educafro e Centro Santo Dias.
Os recursos do acordo dever�o ser voltados para educa��o. "Boa parte do recurso financeiro ser� destinado � concess�o de bolsas de estudos para pessoas negras, de n�vel superior e de p�s-gradua��o. Haver� ainda bolsas voltadas para a aprendizagem de idiomas, inova��o e tecnologia, com foco na forma��o de jovens profissionais para o mercado de trabalho. Ao todo ser�o mais de 10 mil bolsas", informou o grupo.
O plano de a��es, acrescentou, conta tamb�m com a promo��o do empreendedorismo entre pessoas negras e acelera��o de empresas. "H� ainda a implementa��o de pol�tica de Toler�ncia Zero, treinamento cont�nuo de todos os profissionais que atuam no Grupo Carrefour Brasil em rela��o ao letramento racial e ao combate de todo o tipo de discrimina��o e viol�ncia, bem como o fortalecimento do canal de den�ncias. Todas as tr�s a��es j� em implementa��o na Companhia."
Beto Freitas foi morto na noite de 19 de novembro de 2020, v�spera do Dia da Consci�ncia Negra no Brasil, ap�s ser espancado por dois seguran�as do hipermercado Carrefour localizado na zona norte de Porto Alegre.
A morte foi filmada e divulgada nas redes sociais, causando revolta e acusa��es de racismo contra os seguran�as Magno Braz Borges e Giovane Gaspar. Al�m deles, tamb�m estava envolvida no crime, segundo a pol�cia, a fiscal do Carrefour Adriana Alves Dutra.
De acordo com o Minist�rio P�blico do Rio Grande do Sul (MP-RS), atualmente os dois seguran�as continuam presos em regime fechado, enquanto Adriana est� em pris�o domiciliar e os outros tr�s est�o soltos. O MP-RS quer que todos sejam presos.
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Carrefour fecha acordo e vai pagar R$ 115 milh�es ap�s morte de Beto Freitas
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