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Estado de Minas GERAL

Vacina��o lenta no DF � alvo de cr�ticas


12/06/2021 13:10

Governadores e prefeitos do Pa�s abriram uma "corrida" por quem vacinar� toda a sua popula��o primeiro contra a covid-19. No Rio e em S�o Paulo, a expectativa � de vacinar 100% dos acima de 18 anos at� outubro. No Rio Grande do Sul e no Par�, a meta � setembro. No Distrito Federal, por�m, a previs�o � vacinar 70% at� outubro, o que destoa das expectativas mais c�leres de outras regi�es.

Especialistas apontam o excesso de categorias beneficiadas, inefici�ncia no sistema de agendamento e problemas de gest�o como fatores que fazem a imuniza��o avan�ar lentamente na capital do Pa�s. At� ontem, a cobertura vacinal com uma dose da vacina era de 23%. Em Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul, o �ndice ultrapassa os 30%. "O Distrito Federal tem uma �rea menor e uma popula��o menor do que a maioria das outras unidades da federa��o. Era pra fazer tudo bem feito aqui, porque, al�m disso, a gente tem mais capital per capita e mais recursos per capita recebido do SUS", diz o sanitarista Jonas Brant, coordenador da Sala de Situa��o da Universidade de Bras�lia (UnB).

O DF adotou alguns crit�rios pr�prios. Em vez de distribuir as vacinas dispon�veis a todos, tem guardado doses para garantir a segunda aplica��o, contrariando orienta��o do Minist�rio da Sa�de. No domingo passado, dia 6, por�m, apenas 47 pessoas tomaram a segunda dose. Enquanto isso, 98.710 unidades de imunizantes seguiam guardadas nas geladeiras.

As cr�ticas � gest�o do DF tamb�m se devem ao fato de o governo ter cedido a categorias que exercem press�o pol�tica, como os banc�rios, e as priorizado na fila. Por outro lado, n�o h� busca ativa, por exemplo, por idosos que tomaram uma dose e n�o voltaram para a segunda. A estrat�gia, segundo os especialistas, privilegia os mais ricos e com mais acesso a informa��es.

Dados reunidos pelos pesquisadores da UnB mostram que a cobertura chega a 20% no Plano Piloto, �rea central do DF, e n�o passa de 5% em Samambaia, regi�o administrativa, com renda menor. Contudo, a mortalidade segue tend�ncia contr�ria.

Xepa

Na "xepa" da vacina, mais aspectos conflitantes da estrat�gia vacinal. Ao Estad�o, a Secretaria de Sa�de do DF diz que a pr�tica de distribuir doses n�o utilizadas no dia a quem aparece nos postos de sa�de n�o ocorre. No entanto, o fim de tarde nas unidades de sa�de do Distrito Federal revela outra realidade. Moradores v�o �s dezenas na expectativa de serem contemplados, mas os crit�rios de quem pode receber mudam a cada dia. Alguns d�o sorte. A maioria volta para casa sem a agulhada.

Na semana passada, at� a embaixatriz da Indon�sia, Senny Syahfinar, apareceu em um posto de sa�de. Sem falar portugu�s, foi ao local acompanhada pelo marido, Edi Ysusup, embaixador do pa�s no Brasil. Aos 60 anos, ele j� poderia se vacinar. Edi saiu de l� vacinado. Senny n�o. "Estou ansiosa para me vacinar, espero que chegue logo a minha vez", disse.

A reportagem visitou a unidade de sa�de, localizada na 612 Sul, �rea nobre de Bras�lia, em quatro dias diferentes. �s 17 horas, a vacina��o agendada � encerrada e a "xepa" (uso da sobra) come�a. O Estad�o tamb�m percorreu outros dois pontos de vacina��o, no Parque da Cidade e no Parano�. No dia com mais sobras, dez pessoas foram contempladas.

Na cidade de S�o Paulo, a regra � mais clara. Pessoas com mais de 50 anos podem se inscrever em uma lista de espera no posto mais pr�ximo de onde moram ou trabalham. Caso haja sobra, elas recebem telefonemas avisando.

O coordenador da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico do Distrito Federal que acompanha a evolu��o da pandemia na unidade da federa��o, Eduardo Sabo, diz que preocupa a lentid�o da vacina��o no DF, sobretudo no crit�rio de idade. "Existem vacinas que j� v�m com um prazo de validade e n�o podemos ficar dependentes do p�blico aparecer nos postos de sa�de", disse.

Para a professora de Imunologia da UnB Anamelia Bocca, o DF tem um problema muito mais de log�stica para os agendamentos do que de disponibilidade de doses. "Nem toda a popula��o est� aderindo. As pessoas n�o est�o indo por qu�? Falta para o governo fazer a��es espec�ficas por grupo, campanhas de publicidade."

Questionado, o governo do DF respondeu que a estrat�gia garante doses a toda a popula��o. A press�o pela vacina��o mais r�pida, por�m, fez o governador Ibaneis Rocha acelerar o cronograma ontem, ampliando o agendamento para a faixa acima de 53 anos. "N�o houve mudan�a de postura. Temos de lembrar que v�rios Estados usaram a dose reservada para a segunda aplica��o como 1� dose. T�m Estados que ficaram quase 50 dias sem aplicar a 2� dose", disse o secret�rio da Casa Civil, Gustavo Rocha. Ontem, 98.710 unidades estavam guardadas para a 2� dose, sendo 85.790 da AstraZeneca, cuja orienta��o do Minist�rio da Sa�de � que n�o haja reserva.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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