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Estado de Minas GERAL

Opera��o prende dois policiais do Deic de SP por sequestro de chefe do PCC


18/06/2021 14:52

O Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado do Minist�rio P�blico de S�o Paulo deflagrou nesta sexta-feira, 18, a Opera��o Quebec Sierra Juliet para investigar policiais civis do Departamento Estadual de Investiga��es Criminais (DEIC) envolvidos no suposto sequestro de 'Armani', apontado como um dos l�deres da fac��o criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em 24 de julho do ano passado. Os policiais Jos� Lu�s Alves e Carlos Henrique dos Santos foram presos durante a ofensiva.

As apura��es contam com v�deos que mostrariam os policiais suspeitos entrando na casa do l�der do PCC - preso em 18 de novembro do ano passado na Opera��o Fast Track -, al�m de �udios em que a mulher de 'Armani' e a advogada descrevem o ocorrido (veja as grava��es e ou�a os grampos ao fim da reportagem).

Al�m dos mandados de pris�o, agentes cumpriram dez ordens de busca e apreens�o, expedidas pela 2� Vara Especializada em Crimes Tribut�rios, Organiza��o Criminosa e Lavagem de Bens e Valores. Um dos endere�os vasculhados � o da sede do Deic, localizada na zona norte da capital.

Na casa de um dos policiais alvo das dilig�ncias, os agentes apreenderam diferentes armas e valores em esp�cie (veja mais imagens no fim da mat�ria). A ofensiva conta com apoio da Corregedoria da Pol�cia Civil do Estado de S�o Paulo e do 4� Batalh�o de Choque da Pol�cia Militar (GATE/BOPE).

A ofensiva investiga poss�veis crimes de extors�o mediante sequestro, associa��o criminosa, abuso de autoridade por viola��o de domic�lio e recepta��o, diz o MPSP. O nome da opera��o, Quebec Sierra Juliet, faz alus�o � sigla QSJ, a partir do alfabeto fon�tico internacional. Na 'linguagem policial', QSJ significa 'dinheiro'.

De acordo com a Promotoria, o l�der do PCC teria sido seguido pelos policiais sob suspeita assim que deixou sua casa. Os agentes usavam um ve�culo furtado no Rio de Janeiro e desviado para S�o Paulo, informou em nota a Promotoria paulista.

"Quando Armani parou em um posto de gasolina, foi arrebatado pelos agentes, que o algemaram e o colocaram no banco de passageiros do seu pr�prio ve�culo. Os quatro sequestradores, ent�o, dividiram-se entre os dois autom�veis", registrou o MP-SP.

De acordo com os investigadores, os policiais teriam exigido R$ 300 mil para liberar 'Armani', alegando ter conhecimento de que ele ocupava fun��o de comando no PCC e havia recebido cerca R$ 1,5 milh�o para financiamento da c�lula 'federal'.

'Armani' teria negado o pagamento e acabou conduzido pelos policiais at� sua casa, sendo que, mediante coa��o, os agentes teriam entrado no im�vel, 'de forma ilegal e sem mandado judicial'. No local, encontraram R$ 15 mil, subtraindo o valor.

"Em seguida, a v�tima foi levada at� a sede do DEIC, onde os sequestradores prosseguiram com exig�ncia de pagamentos, como condi��o necess�ria � restitui��o da liberdade de Armani. Al�m de mant�-lo privado de liberdade, os policiais disseram ter recebido den�ncias an�nimas que prejudicariam a organiza��o criminosa", relatou ainda o MP-SP em nota.

Duas advogadas da fac��o ficaram respons�veis por negociar com os policiais os valores de resgate e de propina, para que Armani fosse solto e para que os policiais n�o registrassem os fatos supostamente relatados em den�ncia an�nima. Uma das advogadas, denunciada na Opera��o Fast Track, teria providenciado o pagamento imediato de R$ 30 mil aos policiais, prometendo o pagamento de mais R$ 30 mil para dali a 30 dias.


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