
O engenheiro foi preso por guardas municipais no local do crime e segue detido. O juiz considerou que, caso fosse solto, o acusado poderia coagir testemunhas do crime. Ressaltou tamb�m que o engenheiro tem parentes na It�lia e a concess�o de liberdade aumentaria o risco de fuga e de que ele permane�a impune ao crime.
A m�e da ju�za, Sara Vieira do Amaral, contou em depoimento � Justi�a que a v�tima e o engenheiro foram casados por 11 anos, per�odo em que os contatos entre ela e a filha ocorriam mais por telefone. O marido mantinha a mulher e as filhas isoladas. Em raz�o do comportamento violento do engenheiro, em setembro de 2020 Viviane prop�s a separa��o. A ju�za foi morar com a m�e, mas o ex-marido nunca aceitou o div�rcio. O irm�o da ju�za, Vinicius, confirmou em depoimento o comportamento violento do cunhado, e informou que ele n�o assumia as despesas da fam�lia.

Testemunhas do crime tamb�m prestaram depoimento � Justi�a, e contaram ter notado um comportamento estranho do engenheiro, que andava de um lado para o outro pela cal�ada enquanto aguardava a chegada da ex-mulher. Assim que ela desceu do carro com as filhas, foi atacada pelo ex-marido com uma faca. Ele tinha outras facas guardadas na mochila que transportava.
Segundo o juiz, o r�u usou recurso que impossibilitou a defesa da v�tima, o que deve aumentar sua pena, caso condenado. "Os ind�cios sugerem que o crime tenha sido cometido mediante recurso que impossibilitou a defesa da v�tima, j� que o acusado teria iniciado os golpes de inopino, logo ap�s a v�tima desembarcar de seu ve�culo durante a entrega das filhas menores", escreveu na senten�a. "H� ind�cios de que houve na hip�tese o que se convencionou chamar feminic�dio, eis que cometido contra mulher por raz�es de sexo feminino, em contexto de viol�ncia dom�stica e familiar, na presen�a f�sica das tr�s filhas do casal".