Laudo divulgado pela Pol�cia Civil de Goi�s aponta que a mulher assassinada pelo criminoso L�zaro Barbosa, de 32 anos, em Ceil�ndia, pode ter sido estuprada e teve uma orelha decepada antes de ser morta. Conhecido como "serial killer" do Distrito Federal, L�zaro foi morto com 38 tiros na segunda-feira, 28, ap�s ser ca�ado durante 20 dias pela pol�cia. O corpo de Cleonice Marques, de 42 anos, foi encontrado de bru�os, sem roupas, em um c�rrego, a 8 km da ch�cara onde ela morava com o marido e dois filhos, tamb�m assassinados pelo criminoso.
Conforme o laudo, divulgado na tarde desta ter�a-feira, 29, a mulher foi morta com um disparo de arma de fogo na cabe�a. O delegado-chefe da 24� Delegacia de Pol�cia do Setor O/Ceil�ndia, Raphael Seixas, disse que o laudo mostra ind�cios de viol�ncia sexual, mas a confirma��o do estupro depende da an�lise dos vest�gios biol�gicos colhidos no corpo. O exame deve apontar tamb�m se o padr�o gen�tico desse material � compat�vel com o DNA de L�zaro. O resultado deve sair ainda esta semana.
No dia 9 de junho, tr�s dias antes de ser encontrado o corpo da mulher, o "serial killer" matou a tiros e facadas o marido de Cleonice, Claudio Vidal, de 48 anos, e os filhos dela, Gustavo, de 21 anos, e Carlos Eduardo, de 15. Segundo o delegado, a autoria desses crimes j� ficou comprovada, pois foram encontradas impress�es digitais de L�zaro na porta de vidro da casa das v�timas.
A motiva��o para os crimes ainda � desconhecida, mas o delegado n�o exclui a possibilidade de a fam�lia ter sido morta por mais de uma pessoa, por interesses imobili�rios. Os familiares j� haviam sido assaltados no dia 17 de maio. Segundo o policial, � preciso esclarecer a origem da quantia de R$ 4,4 mil encontrada com o criminoso. H� suspeita de que ele fosse uma esp�cie de jagun�o, pago para intimidar ou assassinar propriet�rios ou posseiros de terras em Cocalzinho. A regi�o tem hist�rico de conflitos fundi�rios.
O fazendeiro suspeito de ajudar o "serial-killer" a fugir da pol�cia, Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos, foi formalmente indiciado nesta quarta-feira, 30, pela suposta cumplicidade com o criminoso e, tamb�m, por porte ilegal de arma. Em depoimento, Elmi negou envolvimento com L�zaro. O inqu�rito est� em segredo de Justi�a. No in�cio da noite desta quarta, o corpo do criminoso continuava no Instituto M�dico-Legal (IML) de Goi�nia, sem ter sido retirado pela fam�lia para o sepultamento.
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