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Estado de Minas GERAL

Bahia identifica novas manchas de �leo no litoral


03/07/2021 14:35

Novas manchas de �leo foram encontradas no litoral da Bahia, quase dois anos ap�s o maior vazamento registrado na costa brasileira, em termos de extens�o. Desta vez, o material foi visto na praia de Itacimirim, munic�pio de Cama�ari, na regi�o metropolitana de Salvador. Segundo o professor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Francisco Kelmo, entre 300 kg e 400 kg da subst�ncia foram retirados do local.

A Capitania dos Portos da Bahia informou que as manchas foram identificadas por moradores na segunda-feira, 28. Uma opera��o foi iniciada na quarta para remover os res�duos, que estavam presos em rochas. Parte do material foi recolhido para an�lise do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), da Marinha, e do Instituto de Geoci�ncias da UFBA, que devem apontar se a subst�ncia � a mesma que come�ou a surgir em praias do Nordeste no fim de agosto de 2019.

Na �poca, estudos realizados pela Federal baiana apontaram que o �leo foi produzido na Venezuela. At� hoje, no entanto, investiga��es de �rg�os do governo federal n�o conseguiram atestar a origem do material que atingiu mais de 1 mil localidades dos nove estados da regi�o Nordeste, al�m de parte do Esp�rito Santo e do Rio.

De acordo com Kelmo, a subst�ncia tem o mesmo perfil da que provocou o acidente ambiental h� quase dois anos. Por causa da sua densidade, fica concentrado em profundidades que dificultam a identifica��o at� por imagens de sat�lites. "� um material de alta densidade, endurecido, que viaja em torno de 1 m e 1,20 m de profundidade e fica preso ao substrato. A gente s� v� quando chega na zona rasa, pr�ximo ao continente", afirma o bi�logo.

O professor explica que o �leo fica preso a recifes de corais pr�ximos da zona costeira e acaba encoberto pela areia das praias. Com o inverno e mudan�as nas correntes mar�timas, a subst�ncia � "desenterrada" e aparece. "Este material chegou em 2019, aderiu � superf�cie do recife, e a parte do recife que fica pr�xima � areia, que fica voltada para o continente, � recoberta pela areia sazonalmente. Estamos em inverno, frentes frias, movimentos anticiclone, ondas altas, tudo isso contribui para desenterrar aquela areia e mostrar esse �leo", explica Kelmo.

Outro fator que aponta para a similaridade com o �leo de 2019 � o estado da subst�ncia encontrada esta semana, que possui res�duos de areia, esqueletos de animais e materiais espec�ficos do ambiente marinho, o que aponta que o material sofreu a a��o do tempo. Kelmo pondera que, apesar de os gases caracter�sticos do mau cheiro do �leo j� terem evaporado, outros elementos continuam a contaminar o ecossistema marinho e, por isso, � necess�rio remov�-lo. "Temos na composi��o do �leo metais pesados e outras subst�ncias prejudiciais � vida dos animais marinhos. Pode afetar seu crescimento, em sua reprodu��o, o funcionamento da sua biologia."

Na avalia��o dele, outras manchas de �leo devem continuar sendo encontradas nos pr�ximos anos, quando houver mudan�as no tempo que interfiram no movimento das correntes mar�timas. A Capitania dos Portos da Bahia recomenda que, caso a popula��o veja algum vest�gio da subst�ncia, ligue para o n�mero 185 para solicitar remo��o.


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