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Estado de Minas GERAL

PF mira grupo por desvios de R$ 1,5 bilh�o em criptomoedas de 7 mil v�timas


05/07/2021 11:49

A Pol�cia Federal deflagrou na manh� desta segunda-feira, 5, a Opera��o Daemon para investigar um grupo ligado a tr�s corretoras de criptomoedas sob suspeita de ter operado 'um verdadeiro esquema de pir�mide financeira' e desviado R$ 1,5 bilh�o - valor devido a 7 mil credores no �mbito de processo de recupera��o judicial. A ofensiva investiga supostos crimes de estelionato, lavagem de capitais, organiza��o criminosa, al�m de delitos contra a economia popular e o sistema financeiro nacional.

Um efetivo de 90 policiais federais cumprem cinco mandados de pris�o - um de pris�o preventiva e quatro de pris�o tempor�ria - e vasculham 22 endere�os em Curitiba e na regi�o metropolitana da capital paranaense. As ordens foram expedidas pela 23� Vara Federal de Curitiba (PR), que ainda decretou o sequestro de im�veis e bloqueio de valores de investigados.

De acordo com a PF, foram presos na ofensiva o suposto l�der do grupo, sua esposa, uma 'companheira' que teria atuado como sua laranja, seu 'funcion�rio de confian�a' e ainda uma pessoa que teria ajudado a dilapidar o patrim�nio do investigado. A corpora��o indicou que durante as dilig�ncias foram apreendidos ve�culos avaliados em cerca de R$ 2,5 milh�es, al�m de joias, rel�gios e valores em esp�cie.

As apura��es que culminaram na Opera��o Daemon tiveram in�cio em 2019, pela Pol�cia Civil do Paran�, em raz�o de den�ncias de v�timas. Naquele ano, o grupo empresarial sob suspeita bloqueou todos os saques de valores das plataformas das corretoras, sob a alega��o de ter sido v�tima de um ataque hacker. Os administradores prometeram aos clientes o ressarcimento dos valores depositados, mas tais d�bitos n�o foram quitados.

As alega��es dos investigados sobre o ataque hacker chegaram a ser alvo de apura��o da Pol�cia Civil, mas os investigadores apontaram que, na verdade, havia ind�cios de que os donos das corretoras de criptomoedas teriam praticado crimes de estelionato, quadrilha e contra a economia popular. Ap�s o desfecho de tal investiga��o, o grupo sob suspeita obteve um pedido de recupera��o judicial, diz a PF.

J� em 2020, foi identificado que o grupo oferecia ao p�blico contratos de investimento coletivo sem registro junto � Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) e assim as investiga��es foram deslocadas para a PF. A partir de tal momento a corpora��o passou a apurar poss�vel pr�tica de crime contra o sistema financeiro nacional , sendo que com o aprofundamento das investiga��es, os investigadores dizem ter observado que o 'grupo empresarial teria operado um verdadeiro esquema de pir�mide financeira'.

"Os investigados apostavam na promo��o da imagem de sucesso do grupo, com exibi��o de posses e bens de luxo e realiza��o de grandes eventos. No entanto, da maneira ardilosa, os valores ingressos nas plataformas virtuais das corretoras do grupo (tanto por transfer�ncia de criptomoedas, quanto por dep�sitos banc�rios), eram em grande parte desviados em benef�cio pr�prio do l�der do conglomerado empresarial, de sua esposa e de outros investigados", explicou a PF em nota.

De acordo com a corpora��o, as investiga��es apontam ainda que o o l�der do grupo empresarial sob suspeita j� havia sido condenado na Su��a pelos crimes de estelionato e falsifica��o de documentos.

Os investigadores tamb�m descobriram supostas fraudes no mecanismo criado pela �rea de TI das corretoras para que os clientes movimentassem valores. "Ao consultar as plataformas virtuais das corretoras, os clientes acompanhavam uma suposta posi��o de seus investimentos que, desde o momento em que ingressavam nas contas das empresas, eram empregados de maneira indevida para o enriquecimento dos gestores. Desta forma, os clientes acreditavam que estavam realizando opera��es nas corretoras e obtendo lucros di�rios e garantidos, suspeitando das irregularidades somente em 2019, ap�s o bloqueio dos saques", explicou a corpora��o.

No �mbito da recupera��o judicial, foram verificados 'diversos ind�cios da pr�tica permanente' de crimes falimentares - fraudes que podem gerar preju�zo aos credores recuperanda.

Para justificar o pedido de recupera��o, o l�der do grupo investigado alegou � Justi�a que tinha cerca de 7 mil bitcoins, o que seria suficiente para quitar de todas as d�vidas decorrentes dos bloqueios de saques dos clientes. No entanto, os investigadores apontam que o l�der do grupo teria usado 'nova e complexa realidade das negocia��es virtuais com criptomoedas para ludibriar o administrador judicial e o pr�prio Ju�zo Falimentar, apresentando como garantia uma carteira com bitcoins que nunca foram de sua propriedade'.

De acordo com a PF, o nome da opera��o, Daemon, faz refer�ncia � mitologia grega, 'a um ser sobrenatural trabalhando em plano de fundo', e � computa��o, 'a um programa que executa um processo em plano de fundo que n�o est� sob controle direito do usu�rio interativo'.

"As refer�ncias encontram correspond�ncia no modus operandi dos investigados, que desenvolveram diversos artif�cios para induzir as v�timas em erro, inclusive com a cria��o de ferramenta de registro de transa��es de criptoativos que, em plano de fundo, permitia o desvio dos recursos e enriquecimento il�cito dos investigados", explicou a corpora��o em nota.


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