(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

Pol�cia de Goi�s investiga organiza��o criminosa por tr�s dos crimes de L�zaro


05/07/2021 18:29

Investiga��o da Pol�cia Civil de Goi�s aponta a exist�ncia de uma organiza��o criminosa por tr�s dos crimes praticados por L�zaro Barbosa, de 32 anos, o �serial killer� do Distrito Federal, morto pela pol�cia no dia 28 de junho. Suspeito da morte de sete pessoas, quatro delas da mesma fam�lia, L�zaro pode ter agido a mando de fazendeiros, empres�rios e pol�ticos da regi�o de Cocalzinho de Goi�s, segundo a pol�cia. A ca�ada ao criminoso mobilizou 270 policiais.

Um dos ind�cios de que L�zaro fizesse parte dessa organiza��o seria o suporte financeiro dado a ele. Quando o criminoso foi morto, os policiais encontraram
R$ 4,4 mil entre seus pertences. "O volume de dinheiro apreendido que estava em poder do foragido, bem como a forma com que estava acondicionado, s�o ind�cios de que tivesse acontecido um aporte financeiro recente para sua fuga", informou, em nota, a Secretaria da Seguran�a P�blica de Goi�s (SSP-GO).

At� a tarde desta segunda-feira, 5, apenas uma pessoa tinha sido presa, acusada de ter ajudado o criminoso a fugir: o fazendeiro Elmi Evangelista Caetano, de 73 anos.

Conforme a investiga��o, al�m de ter dado abrigo e fornecido refei��es para o fugitivo, o fazendeiro teria atrapalhado o trabalho da pol�cia, fornecendo informa��es falsas sobre o paradeiro de L�zaro. Enquanto outros propriet�rios da regi�o abriram as propriedades para as buscas policiais, Caetano teria mantido os port�es de acesso fechados com cadeado. Em seu celular, a pol�cia encontrou uma mensagem de voz indicando que o criminoso usava a fazenda como esconderijo. "Ele est� dormindo l� naquele barraco onde a m�e dele morava", disse Elmi.

O caseiro Alain Reis de Santana, de 35 anos, chegou a ver o fugitivo na propriedade e falou sobre isso com o patr�o, que teria desconversado. O caseiro chegou a ser preso com Elmi, mas foi solto ap�s colaborar com a pol�cia.

Ele disse que n�o denunciou a presen�a de L�zaro na fazenda porque foi amea�ado por ele e temia pela sua vida. Segundo Santana, o criminoso permaneceu na fazenda por pelo menos cinco dias e, durante esse per�odo, teve livre acesso �s depend�ncias da casa.

Ainda segundo a SSP-GO, h� outros elementos indicando que L�zaro n�o agia sozinho, como o fato dele ter conseguido acesso � internet, no per�odo em que estava cometendo crimes na zona rural de Cocalzinho de Goi�s.

A pasta divulgou uma carta encontrada no bolso do foragido, em que ele "presta contas" de um prov�vel assassinato. "Eu fui numa fita que deu o m� (maior) peteco como ce mesmo deve t� sabendo. O cara estava armado e antes de eu consegui enquadrar a v�tima ainda conseguiu avisar uma pessoa que quando eu vi j� foi s� os tiros."

Em outro trecho, L�zaro conta que estava sem muni��o e se dispunha a pagar para obter um novo suprimento. "J� tive 2 confrontos com eles e to zerado de muni��o. Cara, por favor, arruma o tanto de muni��o de 38 e de 380 para mim. Eu tenho 35 muni��o de 380 l� naquele barraco que eu tava com a... pra pegar pra mim. Eu vou te adiantar 500 reais por esse corre, por favor, mano, n�o me deixa na m�o... Se eu n�o arrumar comprado, eu vou ter que ir atr�s e pode morrer mais gente".

Para a pol�cia, a cita��o da "fita" que deu errado pode se referir � chacina de Ceil�ndia, que deu origem � ca�ada ao criminoso. O fazendeiro Cl�udio Vidal e os dois filhos, Gustavo e Carlos Eduardo, foram assassinados com tiros e facadas na propriedade da fam�lia.

A mulher de Cl�udio, Cleonice Marques de Andrade, foi feita ref�m e levada para um c�rrego, onde foi estuprada e morta com um tiro na cabe�a. Segundo a investiga��o, a fam�lia devia dinheiro ao fazendeiro Elmi, que pode ter contratado L�zaro para fazer a cobran�a.

Essa, pelo menos, foi a hip�tese levantada pela delegada Rafaela Azzi, da Delegacia-Geral da Pol�cia Civil que investiga o caso, durante entrevista exibida domingo, 4, pelo Fant�stico. "N�o descartamos a hip�tese de que ele (Elmi) tenha realmente usado L�zaro para cobrar a d�vida e, n�o recebendo, matar aquelas pessoas", disse.

Na entrevista, a policial afirmou haver "pessoas importantes" por tr�s de L�zaro, como empres�rios, fazendeiros e pol�ticos. Rafaela disse ainda que a morte de L�zaro durante o cerco policial dificultou a investiga��o sobre eventuais mandantes. "N�s quer�amos a rendi��o dele", afirmou ao programa.

Procurada pela reportagem nesta segunda-feira, 5, a delegada informou que apenas a SSP-GO se manifestaria sobre o caso. "� ressaltado que a for�a-tarefa tentou o tempo todo a rendi��o do foragido, pois sempre foi do interesse da for�a-tarefa que L�zaro Barbosa Sousa respondesse por seus crimes. A for�a-tarefa tinha o prop�sito de restabelecer a paz da popula��o da regi�o, garantir que L�zaro Barbosa Sousa n�o cometesse mais crimes e que ele fosse capturado", informou a pasta.

O Minist�rio P�blico de Goi�s (MP-GO) apresentou den�ncia � Justi�a contra o fazendeiro Elmi no �ltimo dia 30 - ele continua preso. O propriet�rio rural foi indiciado pela suspeita de ter auxiliado o criminoso na fuga. Ele tamb�m foi enquadrado por posse ilegal de arma de fogo. Um filho do fazendeiro tamb�m � investigado por ter, supostamente, apoiado o pai no abrigo a L�zaro.

O advogado do fazendeiro, Ilvan Barbosa, disse que a hip�tese levantada pela Pol�cia Civil de Goi�s sobre poss�vel v�nculo de seu cliente com a fam�lia assassinada em Ceil�ndia � "fant�stica e midi�tica". Segundo ele, n�o h� prova de que Elmi tenha ajudado na fuga de L�zaro. "Se for imputada alguma conduta ao meu cliente, ser� apenas a de posse de muni��es. As demais imputa��es carecem de provas e laudos", disse.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)