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Estado de Minas GERAL

Mesmo com redu��o de �bitos, n�mero de casos ainda mant�m Amazonas em alerta


08/07/2021 19:11

O Amazonas n�o registrou nenhuma morte por covid-19 nesta ter�a-feira, 6, segundo dados divulgados pelo governo do Estado. Mesmo ap�s essa marca simb�lica, especialistas alertam que os registros di�rios de casos da doen�a estacionaram em patamares elevados, o que exige cautela e preven��o diante de poss�veis muta��es do v�rus.

Enquanto o tr�gico auge de 14 de janeiro apontava 176 �bitos e 258 hospitaliza��es em 24 horas, al�m dos mais de 5 mil casos s� no dia 17 daquele m�s, as mortes di�rias pelo novo coronav�rus no Amazonas se mantiveram abaixo de dez por dia desde o fim de mar�o e inferiores a cinco desde junho, com oscila��es de interna��es pela doen�a entre 14 e 36 por dia a partir de meados de abril. Os dados s�o do boletim epidemiol�gico da Funda��o de Vigil�ncia em Sa�de do Amazonas (FVS).

No Servi�o de Pronto Atendimento (SPA) do bairro Alvorada, zona oeste de Manaus, o n�mero de pacientes internados voltou ao patamar pr�-pandemia, de acordo com um trabalhador do local. Durante o caos da segunda onda, a unidade chegou a registrar 12 mortes em uma s� noite. J� o atendimento de alta complexidade ficou restrito a somente dois hospitais. S�o 339 UTIs exclusivamente para covid dispon�veis nas redes p�blica (265) e privada (74), no qual 62% dos leitos estavam ocupados at� ter�a-feira.

O que sugere uma sensa��o de al�vio, contudo, rememora a experi�ncia do segundo semestre de 2020, quando a regi�o apresentava n�meros reduzidos de casos e mortes pelo v�rus. A falsa impress�o de que a pandemia estava superada reduziu cuidados, naturalizou aglomera��es e a cidade se viu diante da variante P1 (gama), mais transmiss�vel e, por consequ�ncia, mais letal.

"Foi exatamente o que aconteceu em julho e agosto de 2020, momentos que marcaram o comportamento dessa curva de hospitaliza��es", comparou o epidemiologista da Fiocruz-Amaz�nia, Jesem Orellana. "Esse freio que estamos vendo � modesto e totalmente diferente da curva observada para o n�mero de casos novos, porque n�s estamos com praticamente todas as medidas de distanciamento f�sico em logradouros comerciais e p�blicos relaxados", observou.

Atualmente, Manaus est� na fase laranja de cuidados na pandemia, que � considerada de risco moderado. H� restri��o de circula��o entre meia-noite e 6h da manh�. Estabelecimentos comerciais em geral est�o liberados para receber clientes, com restri��es, e as escolas p�blicas j� recebem alunos em regime h�brido, com revezamento.

Enquanto as mortes e hospitaliza��es d�o sinais de queda gradual e motivam o retorno de atividades econ�micas, o n�mero de casos se mant�m alto, com oscila��es entre 200 e 800 por dia, desde abril. "Os cont�gios est�o em um padr�o ascendente. Se voc� olha o n�mero de casos de RT-PCR confirmados nas �ltimas semanas, voc� v� que s�o bem altos. (Nos testes) por ant�geno, estamos numa crescente de positividade desses exames. Voc� tem uma curva ascendente para adoecimentos e infec��es e outras que aparentam uma estabilidade. Uma falsa sensa��o de que as coisas est�o bem."

Estado tem 20% da popula��o vacinada com as duas doses

At� 6 de julho, foram aplicadas 2.142.505 doses de vacina contra a covid-19 no Amazonas, o que corresponde ao in�cio do ciclo vacinal para 57% da popula��o adulta do Estado e 20% desse grupo atendido com as duas doses. De acordo com a FVS, 15 munic�pios j� imunizam a partir dos 18 anos e o restante a partir dos 30 anos. Na capital Manaus, a campanha chegou ao grupo de pessoas a partir de 24 anos.

A m�dica infectologista Ana Galdina observa que a imuniza��o tem sido uma importante aliada para conter novos colapsos no sistema de sa�de. "A gente continua tendo novos casos, mas a parcela da popula��o que est� precisando de interna��o caiu drasticamente. Se a pessoa adoecer de forma grave, ela tem assist�ncia � sa�de. No �pice do caos, as pessoas morriam sem conseguir atendimento. Esse cen�rio mudou e parte disso � por conta da vacina��o."

Ana perdeu colegas de trabalho semanalmente no in�cio do ano. Com a imuniza��o dos trabalhadores da sa�de na primeira etapa da campanha, a interna��o desses profissionais se tornou rara. "Os mais idosos, que estavam fazendo forma grave da doen�a, eram acima de 60 anos e, hoje, mudou o perfil do internado, que � em torno de 40 anos", revelou.

A esperan�a da vacina, no entanto, n�o � motivo para afrouxar as medidas de preven��o ao v�rus, conforme ressalta a infectologista. "A gente ainda tem uma circula��o viral importante", destacou. "Apesar de estar vacinado, � preciso se proteger do v�rus com o uso da m�scara, higieniza��o das m�os e distanciamento social. O risco de uma variante � real e � alto."


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