Pela primeira vez neste ano, nenhum Estado brasileiro registrou aumento nas taxas de incid�ncia ou mortalidade relacionadas � covid-19. O resultado, divulgado no Boletim do Observat�rio Covid-19 Fiocruz, considera o intervalo entre os dias 20 de junho e 3 de julho. O levantamento ainda aponta a queda na ocupa��o de leitos de UTIs do SUS pela quarta semana consecutiva. Apesar dos indicadores positivos, as taxas de transmiss�o continuam elevadas.
"Ainda n�o se pode afirmar que essa tend�ncia � sustentada, isto �, que vai ser mantida ao longo das pr�ximas semanas, ou se estamos vivendo um per�odo de flutua��es em torno de um patamar alto de transmiss�o, que se estabeleceu a partir de mar�o em todo o Pa�s", alertam os pesquisadores.
Segundo o boletim, a redu��o da mortalidade pode ser consequ�ncia do avan�o da campanha de vacina��o, que abarcou os grupos mais vulner�veis, como os idosos, em um primeiro momento. O ritmo da campanha nacional de vacina��o e a demora federal para comprar doses foram motivos de cr�tica contra a gest�o Jair Bolsonaro, investigada na CPI.
Nas �ltimas semanas, a vacina��o nacional teve o refor�o de novos imunizantes - como o da Pfizer e da Janssen -, mas o Pa�s ainda convive com epis�dios de desabastecimento em postos de sa�de, como ocorreu na cidade de S�o Paulo em junho.
O texto, por�m, ressalta que mesmo com a diminui��o de casos, muitos Estados ainda registram alta incid�ncia de ocorr�ncias cr�ticas de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG) - em particular nas regi�es Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste. Com a pandemia, a maioria dos casos de SRAG s�o depois diagnosticados como infec��es pelo novo coronav�rus.
Maior parte das regi�es tem queda de ocupa��o das UTIs
Ap�s o colapso do sistema de sa�de no primeiro semestre, com problemas de falta de oxig�nio, leitos e rem�dios para intuba��o, � poss�vel ver melhora da pandemia nos hospitais. A maior parte dos Estados apresentou queda na taxa de ocupa��o de leitos. Os destaques s�o Tocantins (de 90% para 71%), agora na zona de alerta intermedi�rio, e Sergipe (de 88% para 56%), fora da classifica��o de alerta, conforme os par�metros da Fiocruz. Roraima (97%), foi o �nico Estado a registrar taxa superior a 90%, considerada cr�tica.
A maioria das capitais est� na zona de alerta intermedi�rio ou fora da zona de alerta. Apenas seis est�o enquadradas na categoria de alerta cr�tico: Boa Vista (97% de taxa de ocupa��o), S�o Lu�s (83%), Rio (83%), Curitiba (85%), Goi�nia (85%) e Bras�lia (82%).
Cai m�dia de idade dos pacientes
O levantamento estabelece um novo perfil et�rio entre os contaminados. Na primeira semana de janeiro, os idosos eram maioria entre os casos de interna��o, 63,4%, e mortes, 81,3%. Agora, com o grupo mais velho vacinado, eles s�o 28,3% das interna��es e 52,3% das mortes.
A redu��o da doen�a entre os mais velhos e aumento entre os mais jovens � refletida pelos dados de ocupa��o proporcional de leitos por faixa et�ria. Nos �ltimos seis meses, houve redu��o de 63,73% entre os pacientes com mais de 90 anos e aumento de 198,13% entre os de 20 a 29 anos.
Para os pesquisadores, essa tend�ncia traz novos desafios no enfrentamento � pandemia. Entre eles, garantir a cobertura vacinal no maior estrato populacional do Brasil, de 30 a 59 anos, e identificar novas situa��es espec�ficas de vulnerabilidade.
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GERAL
Com vacina��o mais veloz, Estados n�o t�m alta nas mortes por covid pela 1� vez
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