
De secre��o de naso-faringe, as amostras j� passaram por testes preliminares no Laborat�rio Central do Estado (Lacen/RS) e no Centro de Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (CDCT). Mas eles n�o s�o considerados conclusivos.
Os testes que v�m sendo aplicados pela Secretaria da Sa�de indicam apenas se determinada amostra � uma prov�vel VOC (variante de preocupa��o, da sigla em ingl�s) com base na identifica��o genes espec�ficos que s�o diferentes entre os tipos de v�rus.
Na Fiocruz, as amostras ser�o submetidas a exames mais detalhados para confirma��o ou n�o da variante Delta. O material passar� por um sequenciamento gen�mico, que fornece detalhes do perfil de muta��es e classifica a linhagem de cada amostra com precis�o.
Os casos suspeitos, de acordo com a Secretaria, referem-se a um morador de Gramado e outro de Santana do Livramento. Al�m desses dois casos de prov�veis Delta, tr�s poss�veis casos da variante Alfa, identificada originamente no Reino Unido, foram identificados e est�o em investiga��o para confirma��o.
Na �ltima quinta-feira, 7, o governo de S�o Paulo afirmou que a variante Delta j� � aut�ctone no Estado. Ou seja, ela j� est� circulando em pessoas que n�o tiveram hist�rico de viagem, nem contato com algu�m que tenha viajado no per�odo recente.
Por que a variante Delta gera preocupa��o?
A preocupa��o com a r�pida dissemina��o da variante Delta vem for�ando um n�mero crescente de pa�ses a impor novamente medidas restritivas mais rigorosas na tentativa de impedir que uma nova onda da COVID-19 atrapalhe os esfor�os globais para conter a pandemia e a retomada da normalidade. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), a cepa circula por 104 pa�ses.
Detectada pela primeira vez em fevereiro na �ndia, a variante Delta se tornou uma preocupa��o global nos �ltimos meses. Devido � acelerada transmissibilidade, a cepa gera temores de sobrecarga nos sistemas de sa�de e amea�a reverter planos de reabertura mundo afora.
Respons�vel por 91% dos casos no Reino Unido e 96% em Portugal, a variante tamb�m avan�a na Alemanha, Fran�a e Espanha, de acordo com uma an�lise do Financial Times do fim do m�s passado. Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC) aponta que a cepa � respons�vel por 10% dos casos no Pa�s. A B.1.617.2, nome original da variante, tamb�m est� presente na Oceania e �frica.
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), em maio, classificou a Delta e suas sublinhas como "variantes de preocupa��o". A designa��o significa que uma variante pode ser mais transmiss�vel ou causar doen�as mais graves, n�o responder ao tratamento, evitar a resposta imune ou n�o ser diagnosticada por testes padr�o.
Especialistas atrelam a variante � onda de infec��es que abalou a �ndia no primeiro semestre. No pior dia da pandemia no Pa�s, a �ndia chegou a concentrar 49% dos infectados e 28% dos �bitos do mundo em 24h, foram 3.980 mortes.