
Ap�s reuni�o com governadores, nesta ter�a-feira (13/7), o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, anunciou que o minist�rio vai discutir com estados e munic�pios uma orienta��o nacional sobre a possibilidade ou n�o de redu��o do intervalo entre a primeira e a segunda dose de vacinas contra a COVID-19.
Durante o encontro, Queiroga criticou gestores locais que t�m anunciado, isoladamente, redu��es no tempo entre as duas aplica��es da AstraZeneca e da Pfizer para aumentar a seguran�a contra a variante Delta do novo coronav�rus.
Ele lembrou que o Programa Nacional de Imuniza��o (PNI) se re�ne semanalmente para discutir decis�es na Comiss�o Intergestores Tripartite (CIT), que re�ne o Minist�rio da Sa�de, o Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass) e o Conselho Nacional de Secret�rios Municipais de Sa�de (Conasems), e ponderou que a decis�o de alterar o prazo para aplica��o da segunda dose vai na contram�o do que define o PNI.
"Ocorre que alguns secret�rios tomam delibera��es baseados, naturalmente, no entendimento deles, e que isso, de uma certa maneira, rompe o pacto que foi tratado no PNI. Ent�o a decis�o que n�s tomamos hoje � que se mantenha a higidez do PNI", declarou o ministro da Sa�de. "De nada adianta essas discuss�es em redes sociais, que 'fulano de tal fez isso', 'fulano de tal fez aquilo', isso n�o resolve", refor�ou.
O ministro tamb�m ressaltou que ainda n�o est� cientificamente comprovada a efic�cia da redu��o do tempo entre doses da vacina contra variantes da COVID-19. "Variante Delta. Quais s�o as evid�ncias de que temos uma progress�o da Variante Delta no Brasil? N�o temos. No entanto, n�s n�o devemos esquecer que, n�o s� a variante Delta, como outras variantes, podem surgir. A AstraZeneca: se fala em reduzir o prazo de aplica��o. Os pesquisadores de Oxford falam que se alargar o per�odo de aplica��o entre a primeira e a segunda dose isso poderia ter um cen�rio mais favor�vel", afirmou o ministro.
"Ent�o, vamos deixar os t�cnicos decidirem isso. Eles s�o as pessoas mais indicadas para tomarem as decis�es t�cnicas, at� porque voc�s mesmos, como n�s, defendemos a medicina baseada em evid�ncias", completou Queiroga.
Na reuni�o, que foi solicitada pelo F�rum Nacional de Governadores, o governador do Piau�, Wellington Dias (PT), anunciou que, at� quinta-feira (15/7), o f�rum entregar� ao PNI um pedido para que seja definida nacionalmente uma orienta��o sobre o intervalo entre as duas doses das vacinas contra a COVID-19.
"N�s vamos encaminhar formalmente ao PNI, � Comiss�o Intergestores Tripartite, para ser uma decis�o nacional, em rela��o a antecipar ou n�o a segunda dose, se tiver antecipa��o o que � poss�vel, quais as vacinas", disse o governador do Piau�. "N�s tomamos a decis�o de trazer hoje aqui, nessa reuni�o do minist�rio com todos os estados, e vamos adotar aquilo que for aprovado pelo Plano Nacional de Imuniza��o", acrescentou.
Outras demandas
Durante a reuni�o, os governadores tamb�m pediram uma orienta��o nacional sobre a vacina��o de pessoas abaixo de 18 anos sem comorbidades. Outra demanda � para que os minist�rio da Sa�de e da Educa��o elaborem um protocolo para o retorno seguro dos estudantes �s salas de aula. Foi discutida tamb�m a Rede Nacional de tratamento P�s-COVID 19, para atendimento a pacientes sequelados pela doen�a.
Durante a reuni�o, os governadores tamb�m pediram uma orienta��o nacional sobre a vacina��o de pessoas abaixo de 18 anos sem comorbidades. Outra demanda � para que os minist�rio da Sa�de e da Educa��o elaborem um protocolo para o retorno seguro dos estudantes �s salas de aula. Foi discutida tamb�m a Rede Nacional de tratamento P�s-COVID 19, para atendimento a pacientes sequelados pela doen�a.
Em nome do f�rum, Dias entregou a Queiroga um documento com uma s�rie de demandas, incluindo a que pede a defini��o de um cronograma de entregas de vacinas pelo minist�rio aos estados para julho, agosto, setembro e outubro.
"Ele (cronograma) nos permitir� seguran�a nas decis�es, em cada munic�pio e, claro, em cada estado. Tendo o cronograma, � poss�vel que a gente, com base em evid�ncia cient�fica, possa tratar de um intervalo menor para algumas vacinas", destacou.
Ap�s a reuni�o, durante coletiva de imprensa, Wellington Dias anunciou, junto a Queiroga, que o cronograma foi definido parcialmente. Ser�o entregues 41 milh�es de doses em julho e um total de 134 milh�es em agosto e setembro. As entregas de outubro, segundo o governador do Piau�, ainda ter�o o planejamento discutido pela Secretaria-Executiva do minist�rio.
Quanto � Vacina Sputnik V, cuja importa��o foi recentemente autorizada pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria, Dias afirmou que o cronograma tamb�m ser� elaborado.
Reuni�o com a OMS
Ao final da entrevista coletiva, o ministro da Sa�de disse que teria uma reuni�o, ainda nesta ter�a-feira, com o diretor-geral da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), Tedros Adhanom. Ele disse que um dos itens da pauta � a entrega de vacinas do cons�rcio Covax Facility, da OMS, ao Brasil. Segundo o ministro, das 44 milh�es de doses previstas, suficientes para imunizar 10% da popula��o, s� foram entregues 6 milh�es.
Ao final da entrevista coletiva, o ministro da Sa�de disse que teria uma reuni�o, ainda nesta ter�a-feira, com o diretor-geral da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), Tedros Adhanom. Ele disse que um dos itens da pauta � a entrega de vacinas do cons�rcio Covax Facility, da OMS, ao Brasil. Segundo o ministro, das 44 milh�es de doses previstas, suficientes para imunizar 10% da popula��o, s� foram entregues 6 milh�es.