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Estado de Minas GERAL

Com isolamento social, Brasil registra um feminic�dio a cada 6 horas e meia


15/07/2021 16:45

Em meio ao isolamento social, o Brasil contabilizou 1.350 casos de feminic�dio em 2020 - um a cada seis horas e meia, segundo o F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica. O n�mero � 0,7% maior comparado ao total de 2019. Ao mesmo tempo, o registro em delegacias de outros crimes contra as mulheres caiu no per�odo, embora haja sinais de que a viol�ncia dom�stica, na verdade, pode ter aumentado.

Os casos de homic�dio motivado por quest�es de g�nero subiram em 14 das 27 unidades federativas, de acordo com o relat�rio. Houve crescimento acentuado em Mato Grosso (57%), Roraima (44,6%), Mato Grosso do Sul (41,7%) e Par� (38,95). Em Rond�nia, os feminic�dios tamb�m saltaram de sete ocorr�ncias, em 2019, para 14 no ano passado.

Entre os Estados, Mato Grosso � o que tem a maior taxa de feminic�dio, com 3,6 casos por 100 mil habitantes. Na situa��o inversa, o Distrito Federal � o respons�vel pelo melhor �ndice (0,4), seguido por Rio Grande do Norte (0,7), S�o Paulo (0,8), Amazonas (0,8) e Rio (0,9).

Tr�s a cada quatro v�timas de feminic�dio tinham entre 19 e 44 anos. A maioria (61,8%) era negra. Em geral, o agressor � uma pessoa conhecida: 81,5% dos assassinos eram companheiros ou ex-companheiros, enquanto 8,3% das mulheres foram mortas por outros parentes.

Ao contr�rio dos homic�dios comuns, em que h� maior preval�ncia de arma de fogo, as armas brancas foram mais usadas contra as mulheres. Em 55,1% das ocorr�ncias, as mortes foram provocadas por facas, tesouras, canivetes ou instrumentos do tipo.

J� os registros de les�es corporais e de estupros feitos na pol�cia ca�ram em 2020. Pelo levantamento, foram notificadas 230.160 agress�es contra mulheres - 7,4% a menos em rela��o ao ano anterior.

"Neste contexto, ainda � cedo para avaliar se estamos diante da redu��o dos n�veis de viol�ncia dom�stica e sexual ou se a queda seria apenas dos registros em um per�odo em que a pandemia come�ava a se espalhar, as medidas de isolamento social foram mais respeitadas pela popula��o e muitos servi�os p�blicos estavam ainda se adequando para garantir o atendimento n�o-presencial", escreveram as pesquisadoras Samira Bueno, Marina Bohnenberger e Isabela Sobral.

Apesar das redu��es verificadas nos dados oficiais, haveria ind�cios de que o cen�rio de crimes contra mulheres se acentuou. Por exemplo: o n�mero de liga��es para o 190, que aciona a Pol�cia Militar, subiu 16,3% e chegou a 694.131 chamados por viol�ncia dom�stica no ano passado.

Por sua vez, as medidas protetivas de urg�ncia tamb�m subiram 4,4% em 2020. Foram 294.440 decis�es concedidas pela Justi�a brasileira, ao todo, de acordo com o F�rum. "Diante das diferen�as apontadas pelos registros das Pol�cias Civis, Militares e Tribunais de Justi�a, se faz necess�rio o monitoramento destes indicadores e a garantia de acolhimento e prote��o �s mulheres em situa��o de viol�ncia dom�stica."

De acordo com o relat�rio, o Pa�s somou 60.460 boletins de ocorr�ncia de estupro no ano passdo, ou uma queda de 14,1% comparado a 2019. Ainda assim, isso representa um caso a cada oito minutos. A maioria das v�timas � do sexo feminino (86,9%) e tem no m�ximo 13 anos (60,6%).

Do total de crimes sexuais, 73,7% dos casos foram contra v�timas vulner�veis - ou seja, menores de 14 anos ou pessoas incapazes de consentir ou de oferecer resist�ncia. Entre os agressores, 85,2% eram conhecidos da v�tima.

Em n�meros absolutos, a maior parte das ocorr�ncia de estupro foi notificada em S�o Paulo, com 11 mil registros feitos. J� proporcionalmente, o Mato Grosso do Sul segue com o pior resultado do Pa�s, apresentando taxa de 68,9 casos por 100 mil habitantes. Em 2019, esse �ndice chegava a 82 estupros por 100 mil.


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